sexta-feira, 29 de julho de 2011

Extractos de um texto da escritora Margarida Rebelo Pinto, que transcrevo com a devida vénia, por concordar "inteiramente" com os seus dizeres. Eu  - e os que viveram como eu em África  (42 anos , Moçambique 25 anos ou seja um quarto de século e 17 na Africa do Sul) melhor do que ninguém, compreendemos, " em primeira mão", o que ela escreveu. As palavras entram-nos pelo coração dentro": 

África só pode ser absorvida, entendida e sentida in loco, com as suas cores e os seus cheiros, a sua beleza e a sua miséria, a sua música e a sua magia, a sua imensidão e as suas gentes. Foi preciso ir a África para finalmente perceber a nostalgia incurável, qual malária do coração, dos que lá nasceram, cresceram ou viveram, e que a descolonização obrigou a uma partida forçada )palavras de Margarida Rebelo Pinto).

O que mais me tocou em Moçambique foi o povo moçambicano: educado, afável, tranquilo, feliz. Apesar da miséria, apesar da fome, apesar das doenças, apesar de tudo. África é um continente sem filtro; tudo se vive à flor da pele e em carne viva. E tudo é brutal, seja o belo ou o horrendo. Mas os moçambicanos possuem uma doçura que deve ser só deles... " 

E em outro paragrafo continua: "A paz puxa a paz, a bonomia puxa a bonomia, a empatia gera empatia."

E, prossegue: ..."me ficou na pele aquela forma de ser e de estar moçambicana, os sorrisos que dão a volta à cara toda, as músicas entoadas,  a alegria natural e espontânea que nunca pode ser fingida nem fabricada. Há muito amor em Moçambique. Muito amor e muito prazer, apesar da fome, apesar da miséria, apesar de tudo."

Subscrevo o que diz, por concordar integralmente. Celeste Cortez














































































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