domingo, 24 de maio de 2020

Ecos da leitura do livro: A Viagem do Nicolau pelo Mundo da Fantasia.

 
"Embora tenha feito o agradecimento por mensagem logo que o recebi, estou em falta num agradecimento público à minha querida amiga escritora Celeste Cortez, por quem tenho muita estima, pelo livro que me enviou da sua estreia na escrita para um público infanto-juvenil, "A viagem do Nicolau pelo mundo da fantasia". Recebi-o em fevereiro, chegada de uma grande viagem e logo a seguir se deu a quarentena..., fiquei de o ler e lhe dar a minha opinião, mas estes 3 meses foram meses conturbados para todos...
Mas como eu sou como o Nicolau, uma rapariga de palavra,
entretanto já o li e gostei. Tenho pena de não o poder ler nas minhas leituras video porque é longo demais para esse formato. Mas aconselho os meus ouvintes das As leituras da Mariana - Mariana Storyteller à sua leitura. Contatem a autora para o poderem adquirir.
O pequeno Nicolau aventureiro e sonhador com a teimosia e inconsciência própria de uma criança da sua idade acaba por aprender uma grande lição com o resultado do seu comportamento desobediente e também através de vários encontros sensatos que foi tendo e que o chamaram à razão! É uma pequena viagem de aprendizagens e lições para a vida e da importância de valores como a família, os afetos, o respeito por nós próprios e pelos outros! Um livro que conjuntamente com o estilo das ilustrações de Carla Monteiro, a meu ver "vintage", me transporta para a minha infância para as histórias do Tom Sawyer e para outros livros da minha infância. Uma história de todos os tempos, com ensinamentos para todos os tempos!"
Muito obrigada Celeste Cortez! Forte abraço!
Ficamos à espera de mais aventuras do pequeno Nicolau!

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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Olga Savary: poeta, não poetisa

Olga Savary: poeta, não poetisa:

Beatriz Azevedo relata seu primeiro e último encontro com a poeta, jornalista e tradutora Olga Savary, que morreu no dia 15 de maio, aos 86 anos

sexta-feira, 15 de maio de 2020

O BOSQUE - Um ensinamento para refletir - Carlos Brandão de Almeida


O bosque
N
um churrasco em que participei, ali para as bandas de Alcobaça, a convite de uma gentil amiga,  tive oportunidade de conversar com o feitor da sua propriedade. Homem ponderado, olhos nos olhos, conhecedor profundo de todos os segredos que a terra guarda.
A minha profunda ignorância sobre matérias agrícolas levou-me, para alimentar o diálogo, a fazer comentários pacóvios de crítica às pessoas que se desleixavam na rega das plantas dos seus jardins. O meu interlocutor riu-se e esclareceu-me que nem sempre as plantas pedem água. E, a propósito, contou-me uma história que confessou não saber se era verídica ou forjada. Ei-la:
Havia um médico que vivia numa casa rodeada por um enorme terreno. O clinico, nos seus momentos de ócio, gostava de tratar da sua gleba. Nela plantou uma enorme quantidade de árvores das mais variadas espécies.

Uma vizinha sua que admirava a dedicação do médico pelo seu torrão, estranhou, no entanto, que ele raramente regasse o sequioso arvoredo. Pensou então que o vizinho, poderia até ser um bom esculápio, mas não era, de certeza, um abalizado agricultor. E, na realidade, as pobres das árvores demoravam muito tempo a medrar.
Um dia, a senhora ganhou coragem e perguntou ao vizinho se não receava que as árvores morressem de sede.
Respondeu-lhe o doutor, com ar sapiente, que se as regasse as raízes acomodar-se-iam na superfície, sempre esperando a água fácil vinda de cima. Assim, como ele as não regava, as árvores demoravam realmente mais tempo a crescer, mas, por outro lado, as suas raízes infiltrar-se-iam mais profundamente na terra em busca de água e nutrientes.
Assim, segundo a sua teoria, as árvores ganhariam raízes mais fundas e seriam mais resistentes às intempéries.
A vizinha ficou ciente da explicação mas duvidou dos argumentos do clínico.
Passaram alguns anos e, entretanto, a senhora foi morar para casa da filha que ficava longe da sua antiga residência. Nunca mais encontrou o seu anterior vizinho.
Um dia, a senhora, de passeio com os netos, passou pela rua onde anteriormente vivera e espantou-se ao ver um bosque que ali não existia antes. Aproximou-se e constatou que a mata se situava no terreno do médico. O arvoredo estava pujante e constituía já um bonito parque. Lembrou-se ainda que, há uns meses atrás, ocorreu um tremendo vendaval que tinha derrubado enorme número de árvores naquela zona. Aquelas, porém, tinham resistido à tempestade.
Afinal o seu vizinho tivera razão: as dificuldades que aquelas árvores tiveram ao serem privadas de água pareciam tê-las tornado mais fortes e resistentes.
REFLEXÃO
Esta história, real ou ficcionada, pode conter um ensinamento que nos convida a cogitar. Qual ensinamento, questionamos? Tentemos aplicá-lo aos pais que sempre desejam aplanar, ao máximo, o caminho dos seus filhos, na tentativa de suprimir as dificuldades e agressões deste mundo e tornando-lhes a vida o mais fácil possível. Mas, ao eliminarem-lhes os obstáculos, aniquilam também o poder da sua reação e a criatividade para ultrapassarem os problemas emergidos.
Será bom para eles superprotegê-los dos entraves que, mais tarde, poderão atingi-los, sem que eles estejam preparados para lhes resistir? Ou será mais prudente apetrechá-los com raízes mais fortes e profundas para, quando as adversidades sobrevierem, a elas resistirem bravamente, ao invés de serem subjugados e varridos para longe?
Boa tese, para meditação!Carlos Brandão de Almeida

2019-05-29

quarta-feira, 6 de maio de 2020

SÚPLICA À HUMANIDADE , por Celeste Cortez (escritora e poeta de Portugal)




Súplica à humanidade - Celeste Cortez (©)registado, direitos de autor

livro a editar brevemente.  

Eis que a natureza se revolta
Contra as injustiças dos homens
E em oposição à omnisciência da sociedade
Que pensa que tudo sabe, no culto do poder,
Deixando o mais pequeno de fome morrer. 

Um minúsculo vírus que se propaga,
bicho que não se vê a olho normal,
põe uma civilização de milénios
totalmente de pernas para o ar

-          Não é a primeira vez
-          E não será a última
-          Para nosso mal e nosso bem

Quando esta pandemia acabar
Tenhamos aprendido a lição
Que o amor, apenas o amor, reine em cada coração,
Que a humildade e a bondade
façam parte do futuro que nos é oferecido
não se continue com a onda da poluição,
e
cumprindo a excelsa missão

consiga igualar-se todo o ser humano, a humanidade

Aproveitando o tempo do tempo que nos foi dado
para trabalhar e viver em paz,
Aprenda a humanidade a fazer o que devia ter sido feito
Porque virá o tempo
-novamente-
Em que alguém (lhe) perguntará :
-          O que fizeste do teu tempo?
E ninguém saberá nem terá tempo de responder,
Porque parou o tempo
Deixou de haver tempo para viver.

Celeste Cortez © direitos reservados-livro em publicação. 
Se copiar, terá de associar ao texto ou mesmo a parte dele, o nome da autora.
Celeste Cortez, é escritora, com livros publicados: romances, poesia, crónicas, literatura infantojuvenil. 

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