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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mãe Preta - Ecos

Do blogue:  Moçambique para todos: "MÃE PRETA", de Celeste Cortez
15 out. 2011 ... E começa assim: I Moçambique — Chimoio, Vila Pery: Apesar da dor que sentia
no peito, que mal me deixava respirar, não poderia parar.

macua.blogs.com/moambique.../mãe-preta-de-celeste-cortez.html - Em cache - SemelhanteApresentação do Livro "Mãe Preta" de Celeste Cortez

Romance "Mãe Preta" de Celeste Cortez
A escritora, poetisa e académica Celeste Cortez vai publicar mais um dos ...

Celeste Cortez lançou o romance MÃE PRETA na Fundação Lapa ...
23 out. 2011 ... Celeste Cortez lançou o romance MÃE PRETA na Fundação Lapa do Lobo.
Imagem 002.jpg. Sexta-feira, 21 de Outubro, à noite, o auditório ...

www.faroldanossaterra.net/celeste-cortez-lancou-o-romance-mae-preta-na-fundacao-lapa-do-lobo/ - Em cache - Semelhante... e Vento Kultural: Lançamento do Livro "Mãe Preta" de Celeste ...

24 out. 2011 ... Celeste Cortez vem por este meio convidar V/Exa para o lançamento do Livro "
Mãe Preta" de Celeste Cortez, no dia 27 de Outubro às 19h30 ...

eventokultural.blogspot.com/.../lancamento-do-livro-mae-preta-de.html - Lançamento do romance “Mãe Preta” no Auditório Maria José ...

19 out. 2011 ... A Fundação Lapa do Lobo acolhe o lançamento do romance “Mãe Preta” da

autoria da escritora carregalense Celeste Cortez, no dia 21 de ...

pedrobritofotografia.wordpress.com/.../lancamento-do-romance-“mae-preta”-no-auditorio-maria-jose-cunha/ - Letras à solta: ROMANCE MÃE PRETA PUBLICADO ONTEM - 01-10-2011

2 out. 2011 ... com brilho nas letras Mãe Preta e Celeste Cortez..........; com separador ......

...................................................... ; ...
celestecortez.blogspot.com/2011/10/ontem-01-10-2011.html - Em cache - SemelhanteConvite Apresentação do Romance "Mãe Preta" de Celeste Cortez

www.slideshare.net/slideshow/embed_code/9720830 - Em cache - SemelhanteApresentação do Romance "Mãe Preta" de Celeste Cortez - Kulone ...

21 out. 2011 ... Apresentação do Romance 'Mãe Preta' de Celeste Cortez - Kulone Portugal.

www.kulone.com/.../2692313-Apresentação-do-Romance-Mãe-Preta-de-Celeste-Cortez - Em cache - SemelhanteCEMD - Celeste Cortez

Nota Biográfica Celeste Almeida de Campos Cortez Silvestre, natural de ... o
Romance "O meu Pecado" em 2007 e tem o Romance "Mãe Preta" no prelo. ...
cemd.orgfree.com/crbst_85.html - Em cache - SemelhanteLinks PatrocinadosCeleste Cortez

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

MÂE PRETA 
Revelações de 40 anos de vida. Um amor incondicional que resistiu a tudo: doenças, intrigas, milandos, maldades, problemas circunstânciais... 
Glossário de linguas e dialectos (moçambicanismos).

DA CAPA- SINOPSE
Deus, Chicuembo, Cuxe-cuxe, trilogia que não correspondeu aos pedidos de Lina para ser mãe.
Destroçada após anos de violência conjugal, tendo apanhado com "chambôco" por não ter conseguido ser mãe- apesar dos pedidos a Deus e a Chicuembo e das idas ao cuxe-cuxe - Lina sente-se muito só.
Numa visita à casa dos seus ricos ex-patrões, constata que, como de costume, cada um foi passar o fim-de-semana habitual - jogos de canasta, bridge, corridas de cavalos, bailes.
Seguindo o som de choro, encontra num quarto com a janela aberta uma criança branca, recém nascida, sem agasalhos.
No instinto de a salvar, num delírio do momento, leva-a para a aldeia indígena, com todas as consequências que isso lhe possa vir a causar.
Culpada ou inocente? 

Páginas ............................................................................................ 448;
Medida do livro........................................ 15 cms largura x 230 de altura;  
Capa......................................................................................... a 4 cores;
Capa com relevo     ................................................................... .............;
Brilho nas letras Mãe Preta e Celeste Cortez.............................................;
Com MARCADOR de página ................................................................ ;

Custo de cada exemplar, com Iva incluído............................... 14,99 €uros;
Para Portugal: Envio pelos correios, em envelope especial,
sob registo (portes a dividir entre o requerente e a autora) ....................................................   16.99€uros

No email não se esqueça de referir o seu endereço postal.
Ofereça um exemplar de MÃE PRETA à sua irmã, a qualquer familiar, a um amigo, amiga. Ao seu chefe, à sua professora,ao Padre da sua Igreja, porque o romance Mãe Preta é conhecimento para uns e recordação para outros: de usos, costumes, linguagem, (moçambicanismos).

A autora: Celeste Cortez

sábado, 3 de setembro de 2011

BATUQUES - MÃE PRETA

Agora que eu já falava melhor português............expliquei à senhora grande e à senhora pequena o que era um batuque:
..."Rompem o silêncio da noite, com os seus sons especiais, ritmados, mesmo sem ensaios prévios, sem professores. Por vezes ao longe ouvem-se os rugidos das feras. Prestando-se atenção, ouvem-se mais perto as cigarras com os seus …
- Cantares, disse ansiosa a senhora grande.
-Com os seus estridentes fretenidos, corrigiu a senhora pequena, com a sua sabedoria de professora. E se houver lânguas por perto, ouve-se o coaxar das rãs, não é Lina?
É isso mesmo senhora! Se estivermos acordados, ouvem-se sempre  as rãs.
No batuque...

Extraído do romance MÃE PRETA, a sair no corrente mês de Setembro. Venda direta para todo o mundo.
Peça através do email: celeste.cortez@hotmail.com 
ou contacte-me no facebook: Celeste Cortez (imagem de fotos sobrepostas).  

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MÃE PRETA - romance - Pedido de matambira para ir nas minas do Jonas

Um excerto do romance MÃE PRETA, a sair em Setembro de 2011:


embondeiro ou imbondeiro
Ouvi bater muito levemente à porta. Mais um toque suave.
– Senhora Lina, senhora Lina.
Quem seria? Chamava tão baixinho que mal se ouvia. Abri a porta. Ao ver uma vizinha de meia-idade, que se curvou pondo as duas mãos num cumprimento e quase se ajoelhou à minha frente, perguntei-lhe o mais meigamente que me foi possível:
– Diga, Regina Mbumba, precisa de alguma coisa? A mulher olhou para o chão, sem dizer palavra.
– Diga, Regina, diga. – Como ela não respondeu, mexendo e remexendo as mãos e olhando sempre para o chão como quem tenta descobrir uma quinhenta escondida debaixo da terra, sinal de nervosismo e de dificuldade em transmitir o que precisava, peguei-lhe nas mãos e ajudei-a a sentar-se na soleira da porta, sentando-me a seu lado.
– O que precisa? diga, Regina.
Numa voz que mal se ouvia, disse a medo:
– O Paulo quer ir trabalhar nos mina do Jones.
Sorri-lhe, encorajando-a a prosseguir. Como ela não continuou, tive de a pôr à vontade, percebi de antemão a atrapalhação da minha conterrânea.
– Ele tem estado a trabalhar na Companhia de Açúcar no Dondo, não é?
– Sim, juntou pouco dinheiro, agora quer ir trabalhar nos mina.
– O dinheiro não chega, precisa de mais dinheiro para a viagem, não é?
A mulher olhou pela primeira vez de frente, com um semblante mais desanuviado. Tinha sido entendida sem precisar de pedir aquilo que tanto lhe custava.
– De quanto precisa, Regina?
– Quinhento escudo, senhora Lina. Depois paga quando ele mandar matambira.
– Espere um pouco, Regina, vou já trazer o dinheiro.
– Eu pode pagar com cabrito. Agora ter dois, e cabra vai ter cabrito.
– Não, Regina, guarde o cabrito para quando o Paulo vier no Natal, para comer com a família e os amigos.Ele paga quando vier. E se ele não pagar da primeira vez que vier, paga na segunda. Não se preocupe, Regina.

Enquanto estava a tirar o dinheiro do lugar onde o tinha guardado, pensei mais uma vez que havia uma submissão da mulher africana ao seu marido. A mulher africana, principalmente a que nunca saiu da aldeia, não tinha direitos. Ela era escrava do homem, servindo apenas para trabalhar e ter filhos. E o homem podia ter várias mulheres. Sofriam caladas, por hábito, por costumes antigos, ou com falta de coragem para lutar contra esta situação. Precisavam de ajuda para fazerem valer os seus direitos. Eu poderia ser essa guia. Mas como? Não me poderia intrometer nas suas vidas, não conhecia os seus problemas, não partilhava as suas dores, não conhecia os seus sonhos. Será que também tinham sonhos, as mulheres simples da minha aldeia?
Se elas gostassem de mim, de certeza que partilhariam comigo os seus problemas. A culpa era minha, porque nunca fui capaz de lhes inspirar confiança, mostrar-lhes a minha disponibilidade para as ouvir, envolvê-las na minha amizade. Seria altiva demais para elas? Tentei sempre não o ser, mas ter saído muito novita da terra não ajudou. E os estudos também nos distanciaram. Tinha-se cavado um fosso entre irmãs.

Autora Celeste Cortez. 
Faça a sua encomenda. Envio à cobrança ou com depósito prévio através do NIB.  












quarta-feira, 21 de julho de 2010

MÃE PRETA










Num dia longíncuo, numa terra bonita onde o sol nos acordava manhã cedo, minha mãe mandou-me um recado de amor pelo meu pai: se eu arranjasse uma pretinha, uma macaíaia para a minha filha mais velha,a Sami, bebé de seis meses,não precisaria de meter a menina no Infantário que, apesar de ser bom, as crianças em convívio pegam o sarampo, a varicela, as gripes umas às outras. É claro que não levei tempo a responder que as crianças quando convívem, também se tornam mais sociáveis, aprendem a partilhar (mesmo às vezes chorando: este brinquedo é meu!) comem melhor porque estão ao despique (olha Sami, a Joaninha já comeu a papa toda!). E de pequeninas começam a cultivar um sentimento muito especial para toda a vida: o sentimento da amizade.


Meus pais moravam no prédio do Conselho de Câmbios, por meia parte estar alugada à Junta de Comércio Externo, e meu pai ser funcionário destes serviços. Junta de Comércio Externo, onde os comerciantes iam para obterem os boletins de exportação (as madeiras: Pangapanga, Jambire, etc. eram exportadas para a Europa. Fruta, (a melhor é que se exportava) girassol, também madeiras, etc. a exportação era mais para o Malawy, Rodésia e África do Sul.


E quanto aos boletins de importação? Claro que se importava de Portugal Continental (a água de Lisboa, que era vinho!), e de tudo o que Moçambique precisasse e houvesse ou se fabricasse em Portugal, mormente matéria prima. Também se importava da Africa do Sul, dos países limítrofes.


No final dos anos 50 e anos 60, Moçambique começou a ser cada vez mais auto-suficiente, com montagem de fábricas. Só na Beira havia fabricas de: sabão, de cabos eléctricos, (onde meu marido entrou como chefe de laboratório de ensaios e veio a ser Director de Produção), óleo, cerveja, ( a nossa cerveja Manica, eu não bebia, mas era famosa!) fábrica de pregos, tintas.


No Dondo: a Lusalite, administrada pelo famoso Engº. Jorge Jardim e a Fábrica de Cimentos. Até Fábrica de Açucar havia em Mafambisse!


O que é que não havia na Beira? Tudo o que era preciso. Até lindas praias:
Da Praia dos Pinheiros, perto do Grande Hotel, prolongava-se até ao Savane ou até para além disso, mas eu só conhecia até ali.
Na Beira até havia bares, com cantores, cantadeiras, com nomes pomposos como: Moulin Rouge, ali perto da estação dos caminhos de ferro e da Ponte do Chiveve. O Primavera e o Campinho, mais atrevidos, dizia-se à boca pequena que não era só para noites de fados...
O distrito de Manica e Sofala, tinha de tudo. No distrito do Chimoio: a Sociedade Algodoeira de Portugal, (Soalpo) a S.H.E.R. (Sociedade Hidro-Eléctrica do Rovuma) para aproveitamento das barragens do Mavuzi e da Chicamba, para fornecimento de energia à Africa do Sul e à cidade da Beira.
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E foi neste pequeno paraíso, onde também havia problemas, e quem nunca os teve não sabe o que é viver!... paraíso pincelado com essas cores que só a África proporciona, que eu tive a sorte de encontra LINA, pela mão de um empregado de minha mãe. Era ainda pequenina, talvez uns doze anitos, e seria a primeira vez que ia aprender a pôr a chuchinha a uma bébé, que iria andar com o carrinho quando a menina choramingasse, que iria brincar com ela quando a Sami crescesse. Sua tez parecia luzir, iluminada por dois olhinhos muito abertos que parecia querer aprender português não só com os ouvidos mas também com os olhos! Seu nome era LINA, só Lina, nada mais.
Um dia pensei que seria bom nunca nos separarmos das pessoas de quem gostamos. E a única maneira, é imortalizar as pessoas. Da Lina teria algumas fotos em conjunto com a Sami, mas as nossas viagens de Moçambique para a África do Sul, fez com que enviássemos algumas recordações por alguém conhecido que ia para a Rodésia. Fotos grandes, das nossas filhas pequenas, fotos lindas, lindas, que só poderia ter sido tiradas por alguém que tinha a arte dentro de si. Tinham sido tiradas por um querido sobrinho a quem foi ceifada a vida em condições trágicas: O JORGE DE CASTRO QUADROS.
Quando meu marido foi propositadamente da Africa do Sul à Rodésia para ir buscar as fotos e algumas pequenas recordações, 2 candieiros de cabeceira, alguns quadros de valor estimativo, disseram-lhe que não tinham chegado ao local. Pena. Não posso assim recordar Lina olhando para uma foto! Terei de a imortalizar de outro modo...


E ASSIM NASCEU A IDEIA DE ESCREVER O ROMANCE .... MÃE PRETA.

A autora, Celeste Cortez





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