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quinta-feira, 12 de julho de 2012

SINTRA

Caros visitantes:

Estou a recuperar da operação que fiz aos olhos, dedico-me menos à escrita. Mas sei que irão adorar estas fotos de SINTRA, por isso não resisti em copiar do blogue de minha filha, (com sua autorização). Neste meu blogue Letras à solta, há fotos sobre "Sintra", sob a designação Monumentos.  Como sabem, querendo traduzir para outra língua, basta usar o tradutor do lado direito deste blogue.  

Sintra - the Royal country retreat, by Sami Cortez Silvestre Veloso

Sintra - a town 28km from Lisbon is located in a spectacular mountainous region, housing a Palace that was used by the Portuguese royals before the 1910 revolution, as their summer holiday residence.

The hills and surrounding area of Sintra, have been classified by Unesco as a world heritage site due to their cultural significance as well as natural beauty.

Moorish Fountain (Fonte Mourisca)


The interesting narrow cobbled streets are full of restaurants, coffee shops and souvenir shops

Castelo dos Mouros, was built in the 8th century by the Moors and conquered in 1147 by Afonso Henriques, known as "The conquerer" and the first King of Portugal.

Castelo dos Mouros (Moorish Castle) on top of the hill, as seen from the centre of Sintra
From the old town centre, there is a stone pathway to the ruins of the Moorish Castle (Castelo dos Mouros) starting on the Rampa do Castelo. It´s a steep climb that can take up to 1 hour, so you have to be fit, but the views are rewarding. (get a map from the Tourist office in town or at the train station)

From these ruins it´s a short walk to the Pena Palace (Palácio da Pena), which was built in 1839 by a German nobleman - Dom Ferdinand of Saxe-Coburg-Gotha, who became King Fernando II of Portugal, due to his marriage to Queen Mary II. The palace built by a German architect, Baron Eschwege, was modeled on Bavarian palaces. The entry fee is expensive (13.50Euros), so it´s only worthwhile if you have a few hours to visit the huge gardens and the inside of the palace.
(photo from Wikipedia)
The entrance gates to the Pena Palace and gardens

If you don´t want to climb the hill, you can board the 434 bus, at the train station or other stops in the town centre, en route to the Palácio da Pena, Castelo dos Mouros and other sights. The bus runs every 40min, and you can buy your ticket from the driver for 3Euros.
In the centre of Sintra you can see the National Palace or Royal Palace of Sintra (Palácio Nacional ou Paço Real) with its two huge white chimneys. It was built in the 14th century, and was used as a summer house for Portuguese kings since the early 14th century. New wings were added over the centuries and the design became somewhat haphazard with a mix of various styles. The interior has some of the oldest and most valuable tiles in Portugal. It is now used as as Museum and each room has an interesting story to be discovered.

National Palace of Sintra
I didn´t get time to visit the next two attractions, but check with the Tourist office for opening times, guided tours and entry prices.
Monserrate - a romantic botanical garden with a Victorian house. The gardens were first landscaped by a wealthy Englishman, William Beckford - in the 18th century when he rented the place. Later another wealthy Englishman, Sir Frances Cook - had the mansion built and transformed the gardens installing lawn, camellias and sub-tropical trees from all over the world.
Quinta da Regaleira (Regaleira Farm) - in the historical centre of Sintra, it is a Unesco heritage site. Designed by an Italian architect for a wealthy Brazilian merchant in the beginning of the 20th century. The gardens have lakes, fountains, terraces and the mansion is a mixture of various styles with turrets, towers and tiles.
Other attractions in Sintra are the Toy Museum and the Modern Art Museum.
And while you are in Sintra try a chocolate cup with a tot of sour cherry liqueur - "ginja or ginjinha".
You can get it in Lisbon as well.

My family and I had a thoroughly enjoyable day visiting historic, romantic and beautiful places, and of course I will have to return with plenty of time to visit what I couldn´t visit now!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

SINTRA - viagem

Naquele tempo…

A VIAGEM A SINTRA

No início do já distante ano de 1900, o fim de semana (só o domingo, porque ao sábado ainda se trabalhava) dos lisboetas que pretendiam espairecer fora de portas, tinha como destino as quintas dos arredores ( Benfica, Caneças, Loures, etc.), as praias de Algés, Dafundo e Cruz Quebrada ou um passeio a Sintra, a idílica vila romântica.
A digressão era preparada nas vésperas com todo o cuidado e muito entusiasmo. No sábado, a “dona da casa” tratava de confecionar a petisqueira para o ansiado “pic-nic” pois as refeições em restaurantes eram inacessíveis à maioria e tal só acontecia quando o rei fazia anos!...
No domingo de manhã os membros da família esmeravam-se nas suas vestimentas domingueiras, reuniam os cestos dos comes, o garrafão de vinho e ala que se faz tarde!
Dirigiam-se os “turistas” à Estação Central do Rossio, compravam o bilhete e postavam-se nos duros bancos de madeira. A máquina a vapor resfolgava e bufava por tudo o que era buraco! Com uns tantos solavancos, lá partia o engenho rumo ao apetecido Éden de Lord Byron.
 Nos antigos comboios as carruagens tinham várias portas e, a justificar a “luta de classes”, haviam três categorias de lugares: a 1ª classe para os abastados; a 2ª. para os remediados e a 3ª. para os restantes.
Na primeira classe o preço do bilhete era de 530 réis. Em segunda, custava 360 réis e em terceira ficava por 230 réis.
Também existiam duas espécies de comboios: os rápidos e os regulares. O percurso no “rápido” era feito (pasme-se!) em pouco mais de meia hora. Os “regulares”, que paravam em todas as estações, demoravam o dobro do tempo.
A viagem, porém, não tinha nada de fastidioso pois a paisagem era encantadora. Os olhos dos passageiros deslumbravam-se com as verdejantes vistas das quintas, das matas, das hortas e das aldeias que salpicavam o panorama.
Logo que o trem galgava o túnel, a fumarada lambia os rostos dos passageiros e tornava as faces e as camisas dos passageiros de plúmbea cor.
Apesar de tudo, era uma festa naquelas carruagens, animadas por pessoas alegres. Tudo servia para propiciar boa disposição, desde a brejeira anedota ao chiste mais apimentado. Era o escape duma semana dura de trabalho, com excessivas horas de esforço e de entrega.
E o comboio prosseguia, “pouca terra, pouca terra”, a sua marcha, abrindo-se à nossa vista extensos campos, desde os terrenos por cultivar, até ao campo mais viçoso; desde o pomar bem cuidado até ao jardim mais florido.
Do Cacém para diante já se avistava o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, monumentos maravilhosos.
E, daí a pouco, se chegava à bela estação de Sintra, revestida com preciosa azulejaria de inspiração mourisca. Saíam então os veraneantes no meio de uma algazarra feliz. Esperava-os uma bem puxada caminhada rumo ao local da merenda, caso esta se desenrolasse para além das faldas da serra.
A cada um cabia depois uma missão: estender as mantas, as toalhas, os pratos, talheres, tachos, copos etc.
Que grande festa era aquela para os alegres excursionistas. Os comentários jocosos prosseguiam, entremeando o pastel de bacalhau com o copázio de tinto.
Uff! Comi que nem um abade, confessa aquele que se lança sobre o cobertor para curtir uma repousante sesta ou se preparar para uma disputada suecada. Mais tarde, ainda se lancham os excedentes do almoço.
O regresso custa mais, “ Vêem da festa!”. E, de novo, sobem para o comboio que os vai repor na capital O ambiente é agora mais calmo. O cansaço fez alguma mossa naquela gente.
Mas a satisfação era geral e já se combinava nova festarola lá mais para diante Que lindo dia lhes tinha sido proporcionado em Sintra. A bela e sempre misteriosa Sintra.
Há um provérbio espanhol que diz: “Chegar a Sintra é ver o Mundo inteiro”.

Carlos Brandão de Almeida

2011-08-04

Obrigada ao meu amigo Carlos, por este belo trecho sobre o passado... Naquele tempo... A viagem a Sintra.
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