segunda-feira, 4 de abril de 2016

EU ME CONFESSO - III

EU ME CONFESSO - CONTINUAÇÃO DE APANHADOS SOBRE A MINHA ESCRITA:          


      Escrevi mais romances, mais livros de criança, mais poesia, do que publiquei. Muito mais. Mas as editoras, pelo menos as que tenho contatado são dispendiosas. 

Haverá editoras que publicam gratuitamente, ou que de acordo com percentagens a receber do produto da venda do livro, se consideram pagas. Eu não tive até hoje essa sorte.  
Tenho livros acabados outros que "estão presos por um fio", como se costuma dizer,  para finalização. Razão? Repito, falta de verba para publicação.

      Não posso nem quero dar a ideia de que escrever romances, é por os dedos no computador e de seguida colocar um papel na impressora, carregar e já saiu o livro pronto... Para fazer um livro há que lhe dar muitas voltas, embora me sinta muito agradecida por ter sempre facilidade em escrever, por nunca chegar ao computador e ficar a olhar para a folha em branco. 
       Felizmente tenho tantas ideias, que escrevo, escrevo, escrevo e por fim levo meses a cortar, cortar, cortar, precisamente por saber que a publicação é cara, não convém ter livros demasiado grandes. Quando corto na escrita, há que voltar a ligar todos os capítulos. É o que mais custa: cortar o que nos parece certo, o que escrevemos por acharmos ser necessário e, depois termos de cortar. Dói o coração, porque há ali parte de nós, há ali o que se escreveu com amor e com dor. Dor de costas, dor do tempo que se perdeu!... Mas, desculpem a repetição,  um livro demasiado grande, fica caro e não é fácil ser aceite pelas editoras. A não ser a autores consagrados. 


          Dizer que é tudo fácil, ou tem sido tudo simples para mim na escrita, não é assim. Às vezes, muitas vezes, não consigo encontrar um nome para um personagem! Dirão: Coisa mais fácil. Será, mas não para mim. Comparo os nomes aos nomes dos meus amigos e amigas. Olha se a Teresa, que é minha amiga,  pensa que esta pérfida Teresa é ela. E mais ainda: Se a Teresa pensa que este é um capítulo da sua vida, mas camuflado pela sua amiga escritora? 
         Também tenho dificuldade e muita, a acabar o livro. Como finalizar? Por isso continuo a escrever, escrever, escrever... e no fim corto, corto, corto. Afinal subo ao céu ou desço ao inferno, que é como quem diz em bom português "suo as estopinhas", para dar aos meus leitores um fim que eles adorem, ou seja, uma amostra do céu... que eles merecem.  Será que nem sempre o consegui? Tenho a consciência de que tentei.   
Eu sou assim, pelos meus leitores, faço o meu melhor.  Sei que eles me recompensarão comprando os meus livros, fazendo publicidade na sua página de facebook, no seu blogue,  recomendando-os aos seus amigos e, sempre que um amigo ou familiar faz anos, lá vão eles comprar um livro meu para lhe oferecerem.


Que mensagem quer passar? Perguntam-me.  

R – Quero passar uma mensagem de amor fraternal, de amor entre as pessoas, o ser humano, e uma mensagem de paz. É isso que tenho em mente sempre que escrevo. Faz parte de mim, é minha obrigação passá-la.
          Não poderia acabar este artigo, sem desejar aos meus leitores, a melhor leitura, a leitura e releitura dos meus livros. 

           E desejar-lhes também muita saúde, felicidade e paz.  


Celeste Cortez   

2 comentários:

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