- CANTO I
ESTROFES 4 E 5 - Invocação:
O poeta invoca as "Tágides" *(ninfas do Tejo).
* "Tágides" , porque do rio Tagus, Tejo.
As caravenas quinhentistas de Portugal |
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mi um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mi vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo (*) e corrente,
Por que de vossas águas Febo ordene
Que não tenham enveja às de Hipocrene.
(*)
grandíloquo (que tem linguagem nobre, pomposa, eloquente)
Estrofe (ou estância 5)
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no universo,
Se tão sublime preço cabe em verso
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