A terra em que nascer: e Portugal
será fecundo e belo, e o mundo inteiro.
Fortes e unidos trabalhai assim…
- A Pátria não é mais do que um jardim
Onde nós todos temos um canteiro.
In “A Alma das Árvores”
António Correia de Oliveira (1879-1960)
Sob a presidência
do Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes
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Prémio
Internacional Terras sem Sombra entregue em Sines a 2 de Julho
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Torne fecunda e bela a terra em que nascer e Portugal será fecundo e belo e
o mundo inteiro, são palavras que aprendi quando bem pequena li o poema do
nosso grande poeta ANTÓNIO CORREIA DE OLIVEIRA (1879-1960), o poeta português
que mais vezes foi proposto (15 vezes) para prémio Nobel da Literatura.
As palavras soltaram-se de
imediato do meu pensamento para aplaudir com rasgados elogios e uma longa salva
de palmas a entrega do prémio à Associação dos Amigos do Parque Ecológico do
Funchal, no dia 2 de Julho 2016, pelo
júri do prémio Internacional “Terras sem sombra”.
Para os leitores do meu
blogue Letras à solta – http://celestecortez.blogspot.com e da minha página do facebook Celeste Cortez Autora e da página do face
Celeste Cortez, vou explicar por que razão a referida associação recebeu o tão
valioso troféu. Retiro de escritos que me foram enviados juntamente com o
convite para aquela cerimónia que, por motivo da distância não me foi possível
estar presente.
…”Em 1994, a Câmara Municipal criou o Parque Ecológico do Funchal na zona
montanhosa sobranceira à cidade. A vasta propriedade concelhia tinha estado
sujeita a intenso pastoreio, na parte mais alta, e à expansão descontrolada de
eucaliptos e acácias nas terras mais baixas. Em 1996 começou um programa de
reflorestação para recuperar as formações vegetais primitivas; minimizar as
condições de propagação de fogos; reduzir a erosão e
diminuir os efeitos
catastróficos das cheias; aumentar a infiltração das águas e reforçar as
nascentes.
A AAPEF – Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal - nasceu com o intuito de mobilizar voluntários
para os trabalhos de reflorestação. Em 2001, solicitou autorização à Câmara
para concentrar a sua atividade na zona mais alta do parque, na área do Pico Areeiro, (que bem conheço, fui lá duas vezes) entre os 1700 e os 1800 metros de altitude.
Onde a rocha madre aflorava só com a criação dum novo solo em cada caldeira
seria possível instalar as plantas pioneiras para uma nova sucessão biológica.
Desde então os seus voluntários trabalham na plantação e manutenção de espécies
adequadas às características daquele ecossistema. Uma área que estava
completamente desertificada começou a ostentar as cores da biodiversidade.
A Associação dos Amigos do
Parque Ecológico do Funchal, surgiu em 1996, por iniciativa de Raimundo
Quintal, mobilizando voluntários para a recuperação de uma zona muito
degradada, entre os 1700 e os 1800 metros de altitude, onde a autorregeneração
era praticamente impossível, porque todo o coberto vegetal tinha desaparecido e
em alguns espaços já nem solo havia. O risco era grande, mas maior era o
desafio de criar um oásis num deserto de montanha, o que se conseguiu. Porém,
em Agosto de 2010, um incêndio destruiu aproximadamente 90% da vegetação
plantada; a AAPEF voltou a plantar cerca de 50.000 plantas, exclusivamente com
trabalho voluntário, pertencentes a 41 espécies endémicas e indígenas da
Madeira. Tudo isto faz dela – tal como afirmaram na cerimónia de entrega do
prémio, um exemplo de intervenção da sociedade civil na defesa da
biodiversidade.
Parabéns merecidos. Com aplausos e desejos de saúde para a
continuidade. Celeste Cortez (escritora de romances,
poesia e literatura infanto-juvenil)
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