DIA DOS NAMORADOS - O NEGÓCIO DO AMOR, por Celeste Cortez
ESTHER HOWLAND (1828-1904) contemporânea da Poeta
EMILY DICKINSON. Apesar de ter estado 15 anos numa cadeira de rodas antes de
falecer, apesar de nunca ter casado, viveu por certo uma das maiores histórias
de amor – pelo menos uma história mágica de amor – reinventando e fazendo em
quantidade, os famosos “Cartões do Dia dos Namorados”, da América. Quando se formou aos 19 anos, Esther Howland recebeu
de um dos sócios do pai, um cartão que achou muito interessente, do Dia dos
Namorados. Viu ali uma oportunidade de que era capaz de fazer outros
semelhantes ou ainda melhores. Convenceu
o pai a encomendar papel rendado e outros materiais necessários, da Inglaterra
e da cidade de Nova York e, com a sua força de vontade e determinação (hoje
diríamos resiliência), fez uma dúzia de
amostras, que o seu irmão adicionou ao seu “stock” da empresa de seu pai, para vender
na sua viagem seguinte. Estimou, com muita esperança, vender até 200,00
dolares de encomendas, mas ficou surpreendida, assim como toda a família,
quando o irmão ao regressar, lhe apresentou mais de 5 mil dólares de vendas
antecipadas, além do que poderia esperar fazer. Teve de recrutar amigos, criar
uma linha de montagem que se tornou famosa, garantindo uma fonte de rendimento
a esta mulher engenhosa, que ficou com um lugar na história. Acreditem. Se ela
não estivesse na história, eu não estaria
aqui a falar dela, nem vocês a ler esta mensagem. Os seus cartões eram reconhecidos
do Maine à Califórnia, e os colecionadores desde então até agora – se ainda os
houver - reconhecem-nos pelos seus maravilhosos detalhes e pelo seu gosto
refinado. Não foi ela – Esther Howland – a criar o primeiro cartão do Dia dos
Namorados (lembra-se que ela recebeu um quando se formou?), mas foi ela que,
com a sua capacidade e tudo o que lhe foi afeto, criou a sua importância,
impulsionando a indústria dos mesmos, por toda a América e talvez no
estrangeiro. Criar palavras de amor, belas e memoráveis, que ficaram e estão
na história dos cartões e das frases que se tornaram normais neste dia
especial, exigia dedicação, inspiração, arte, sabedoria, magia, fantasia, romance
e tudo o que foi possível, para que durassem e perdurassem por uma longa época.
Apesar de haver outros fabricantes que tentaram competir, nenhum chegou a ficar
na História dos Cartões do Dia dos Namorados. Por isso, após a sua morte,
Esther Howland foi reconhecida por um jornal americano, como “a Mãe dos
Namorados Americanos”. (Pesquisa e coordenação de Celeste Cortez, escritora de
Portugal).
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