segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

DIA DOS NAMORADOS - O NEGÓCIO DO AMOR

 

DIA DOS NAMORADOS - O NEGÓCIO DO AMOR,  por Celeste Cortez

ESTHER HOWLAND (1828-1904) contemporânea da Poeta EMILY DICKINSON. Apesar de ter estado 15 anos numa cadeira de rodas antes de falecer, apesar de nunca ter casado, viveu por certo uma das maiores histórias de amor – pelo menos uma história mágica de amor – reinventando e fazendo em quantidade, os famosos “Cartões do Dia dos Namorados”, da América. Quando se formou aos 19 anos, Esther Howland recebeu de um dos sócios do pai, um cartão que achou muito interessente, do Dia dos Namorados. Viu ali uma oportunidade de que era capaz de fazer outros semelhantes ou  ainda melhores. Convenceu o pai a encomendar papel rendado e outros materiais necessários, da Inglaterra e da cidade de Nova York e, com a sua força de vontade e determinação (hoje diríamos resiliência),  fez uma dúzia de amostras, que o seu irmão adicionou ao seu “stock” da empresa de seu pai, para vender na sua viagem seguinte. Estimou, com muita esperança, vender até 200,00 dolares de encomendas, mas ficou surpreendida, assim como toda a família, quando o irmão ao regressar, lhe apresentou mais de 5 mil dólares de vendas antecipadas, além do que poderia esperar fazer. Teve de recrutar amigos, criar uma linha de montagem que se tornou famosa, garantindo uma fonte de rendimento a esta mulher engenhosa, que ficou com um lugar na história. Acreditem. Se ela não estivesse na história,  eu não estaria aqui a falar dela, nem vocês a ler esta mensagem. Os seus cartões eram reconhecidos do Maine à Califórnia, e os colecionadores desde então até agora – se ainda os houver - reconhecem-nos pelos seus maravilhosos detalhes e pelo seu gosto refinado. Não foi ela – Esther Howland – a criar o primeiro cartão do Dia dos Namorados (lembra-se que ela recebeu um quando se formou?), mas foi ela que, com a sua capacidade e tudo o que lhe foi afeto, criou a sua importância, impulsionando a indústria dos mesmos, por toda a América e talvez no estrangeiro. Criar palavras de amor, belas e memoráveis, que ficaram e estão na história dos cartões e das frases que se tornaram normais neste dia especial, exigia dedicação, inspiração, arte, sabedoria, magia, fantasia, romance e tudo o que foi possível, para que durassem e perdurassem por uma longa época. Apesar de haver outros fabricantes que tentaram competir, nenhum chegou a ficar na História dos Cartões do Dia dos Namorados. Por isso, após a sua morte, Esther Howland foi reconhecida por um jornal americano, como “a Mãe dos Namorados Americanos”. (Pesquisa e coordenação de Celeste Cortez, escritora de Portugal).

 

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