Antecedendo a Quaresma (Igreja Católica), está o Carnaval. E no Carnaval usam-se máscaras, não só para imitar alguém diferente mas, também, por vezes, para disfarçar a própria identidade dos que as usam.
Vamos falar de máscaras usadas no Carnaval, estas a seguir, proliferam na internet. Pintei a meu gosto. Alguns anos já se passaram.
Ficaram assim. Gostam? A de baixo, acrescentei-lhe umas orelhas, franzidas, para tapar mais a cara e a tornar diferente do seu original. Que tal?
A moda das máscaras difundiu-se por toda a Europa nos bailes de máscaras que tanto se propagaram, nos princípios do século XVIII.
A moda das máscaras difundiu-se por toda a Europa nos bailes de máscaras que tanto se propagaram, nos princípios do século XVIII.
Na França, em Paris, o carnaval converteu-se numa continuidade de máscaras, para, como disse acima, disfarçar a própria identidade dos que a usavam, nos bailes. Nesse disfarce, quer fosse para se apropriar da identidade de alguém, isto é, para imitar outra pessoa, quer seja porque o próprio indivíduo quis esconder a sua, a diversão durava a noite inteira. Foi no reinado de Luis XIV, (O Rei Sol) que a França viveu uma explosão de alegria depois das guerras que definiram o seu reinado.
Provavelmente as máscaras que atraíram mais pintores, foram a Colombina, Arlequim e Pierrot.
Aqui à sua esquerda, uma pintura do célebre pintor Paul Cezanne, do Pierrot e Arlequim, em 1888.
Quem eram Colombina, Arlequim e Pierrot (ou Pierrô).
Provavelmente as máscaras que atraíram mais pintores, foram a Colombina, Arlequim e Pierrot.
Aqui à sua esquerda, uma pintura do célebre pintor Paul Cezanne, do Pierrot e Arlequim, em 1888.
Quem eram Colombina, Arlequim e Pierrot (ou Pierrô).
Colombina, Arlequim e Pierrot, personagens da Comédia Italiana,
nascida na Itália no século XVI. Também em França se difundiu a Commedia
dell’Arte, entre os séculos XVI e XVIII.
Era uma forma teatral com textos improvisados, de sátira social. Os seus personagens, Colombina, Arlequim e
Pierrot, representam serviçais envolvidos em um triângulo amoroso: Pierrot ama
Colombina, que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina.
Este estilo surgiu como alternativa à chamada Comédia Erudita, de
inspiração literária, que apresentava atores falando em latim, naquela época
uma língua já inacessível à maioria das
pessoas. A história do trio enamorado sempre foi um autêntico entretenimento
popular, de origem influenciada pelas brincadeiras de Carnaval. Apresentadas
nas ruas e praças das cidades italianas, as histórias encenadas ironizavam a
vida e os costumes dos poderosos de então. Para isso, entravam em cena muitos
outros personagens, sendo estes os mais famosos.
Colombina -
era uma criada de quarto, sedutora, volúvel, esperta, amante do Arlequim.
Vestia trajes de cores variadas, como os de seu amante Arlequim.
Arlequim –
Entre o Arlequim e Pierrot havia rivalidade pelo amor de Colombina. Arlequim usava
traje feito a partir de retalhos triangulares de várias cores. Representa o cómico,
o palhaço, o farsante. Também é personagem da Commedia dell’Arte.
Pierrot (ou
Pierrô)– Além da rivalidade que havia com Arlequim pelo amor de Colombina, o carater dele é de todo ingénuo. É
também uma personagem da Commedia
dell'Arte.
Neste poema seguinte, de Menotti del Picchia, percebe-se a distinção do amor de Colombina, por Pierrot e Arlequim:
POEMAS DE
Neste poema seguinte, de Menotti del Picchia, percebe-se a distinção do amor de Colombina, por Pierrot e Arlequim:
POEMAS DE
Menotti Del Picchia, AS MÁSCARAS
O teu beijo é tão doce, Arlequim...
O teu sonho é tão manso, Pierrô...
Pudesse eu repartir-me
encontrar minha calma
dando a Arlequim meu corpo...
e a Pierrô, minha alma!
Quando tenho Arlequim,
quero Pierrô tristonho,
pois um dá-me prazer,
o outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra:
Um me fala do céu...outro fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar
e , em verdade, toda razão do amor
está na variedade...
Penso que morreria o desejo da gente
se Arlequim e Pierrô fossem um ser somente.
Porque a história do amor
só pode se escrever assim:
Um sonho de Pierrô
E um beijo de Arlequim!
O teu sonho é tão manso, Pierrô...
Pudesse eu repartir-me
encontrar minha calma
dando a Arlequim meu corpo...
e a Pierrô, minha alma!
Quando tenho Arlequim,
quero Pierrô tristonho,
pois um dá-me prazer,
o outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra:
Um me fala do céu...outro fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar
e , em verdade, toda razão do amor
está na variedade...
Penso que morreria o desejo da gente
se Arlequim e Pierrô fossem um ser somente.
Porque a história do amor
só pode se escrever assim:
Um sonho de Pierrô
E um beijo de Arlequim!
A seguir duas mascaradas de carnaval, o carnaval da brincadeira, que deu para alegrar, para dar vida à vida.
Divirta-se, seja feliz.
Divirta-se, seja feliz.
A cultura, o teatro, as máscaras, a Itália e o carnaval. Colombina, Pierrô e Arlequim sempre presentes nas histórias e representações carnavalescas. Aqui no Brasil são muito cultuados levando os foliões a se fantasiarem relembrando os personagens do teatro italiano.
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ResponderEliminarObrigada amiga por seus comentários. É agradável saber que temos seguidores que comentam. Assim, leva-nos a melhorar a nossa "performance". Muito grata, que tenha passado um alegre carnaval aí no Brasil.
Agora... desejos de uma feliz 4ª. feira de Cinzas e um período de Quaresma muito especial. Abraço.