HOMENAGEM A ZECA AFONSO, NO DIA 23 DE FEVEREIRO, ANIVERSÁRIO DA SUA MORTE.
Luís de Camões 1524-1580 e Zeca Afonso 1929-1987 - Mais de quatro séculos separam estes dois
nomes. Luis de Camões no
século XVI escreveu “Verdes são os campos” que Zeca Afonso musicou e cantou no século
XX. E continua a ser cantado por outros no século XXI.
No século XVI, época em
que Luís de Camões viveu, a influência do Renascimento italiano, expande-se por
toda a Europa.
Analisando estes simples mas belos versos, vê-se o romantismo que, de tão simples tanto significam. Encantam-nos com a visão da natureza, lugar idílico, harmonioso, dependendo da presença ou ausência da mulher por ele amada.

Analisando estes simples mas belos versos, vê-se o romantismo que, de tão simples tanto significam. Encantam-nos com a visão da natureza, lugar idílico, harmonioso, dependendo da presença ou ausência da mulher por ele amada.
O magistral Camões, compara a verdura dos campos e dos limões com os olhos
da sua amada. Menciona que as ovelhas sobrevivem
desses campos, assim como ele, poeta,
sobrevive das lembranças do seu coração, sentindo tristeza, nostalgia e a
saudade dos olhos da sua amada. São aqueles olhos da sua amada, da cor das
ervas dos campos que o fazem viver alegremente, assim como o gado pasta e se
alimenta com alegria nos campos que são da mesma cor. O poeta insiste que os
animais estão a comer a verdura bela, o pasto especial que trás o verão dos
quais se alimentam, assim como ele se alimenta das lembranças do seu coração.

Verdes são os
campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso
que comeisDe cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
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