segunda-feira, 31 de outubro de 2011

AVISO AOS INCAUTOS - FRAUDE

Acabo de receber este email. Tantos que tenho recebido ultimamente do mesmo teor. Como é possível o mundo estar tão corrompido que as pessoas não se coíbem de inventar mentiras destas, para em troca receberem (se eu respondesse!!!!!!), os meus elementos de identidade, o número da minha conta bancária, (se eu a tiver!!!!) etc. São FRAUDADORES.
Transcrevo: 
..."Querida en el Señor,
Saludo en nombre de nuestro Señor Jesucristo, yo soy la señora Ann Zaky, de Kuwait. Estoy casada con el Sr. John zaky que trabajó con la embajada de Kuwait en Costa de Marfil durante nueve años antes de morir en la 2005.We año se casaron por once años sin un niño. Murió después de una breve enfermedad que duró sólo cuatro días. Antes de su muerte éramos ambos cristiano nacido de nuevo.
Desde su muerte he decidido no volver a casarse o conseguir a un niño fuera de mi hogar conyugal que la Biblia está en contra. Cuando mi último marido estaba vivo que depositó la suma de EE.UU. dólar $ 3,5 millones en un banco aquí, en Abidján, Côte d'Ivoire. Actualmente, este dinero es todavía en el banco. Recientemente, mi doctor me dijo que yo no iba a durar el período de nueve meses debido al problema del cáncer. La que más me molesta es mi enfermedad del movimiento. Sabiendo mi condición decidía donar este fondo a una organización de caridad que utilizará este dinero la manera que voy a mandar adjunto. Quiero una organización que utilice este fondo para los orfanatos, la escuela y la iglesia, las viudas, propagando la palabra de Dios y procurar que se mantenga la casa de Dios.
La Biblia nos hizo entender que "Bendito es la mano que da". He tomado esta decisión porque no tengo ningún niño que herede este dinero y mis parientes del marido no son cristianos y no quiero que los esfuerzos de mi marido para ser utilizados por los incrédulos. No quiero una situación donde este dinero será utilizado en una manera diabólica. Es por eso que estoy tomando esta decisión. No tengo miedo de la muerte por lo tanto, yo sé a dónde voy. Sé que voy a estar en el pecho del Señor. Éxodo 14 CONTRA 14 dice que "el señor luchará mi caso y yo llevará a cabo mi paz". No necesito ninguna comunicación del teléfono en este sentido a causa de mi salud por lo tanto la presencia de los parientes de mi marido alrededor de mí siempre. No quiero que sepan sobre este desarrollo. Con Dios todo es posible.
Tan pronto como recibamos su respuesta, yo te daré el contacto del banco en Abidján, Côte d'Ivoire. Yo también le entregará una carta de la autoridad que te pruebe el actual beneficiario de este fondo. Quiero que tú y la iglesia a orar siempre para mí porque el Señor es mi pastor.
Mi felicidad es que viví una vida de un cristiano digno. Quienquiera que desea servir al Señor debe servirlo en espíritu y verdad.
Rogar por favor siempre a lo largo de su vida.
Ponerse en contacto conmigo en mi dirección de correo electrónico privado
Cualquier retraso en su respuesta me dará el sitio en sourcing otra iglesia para este mismo propósito. Si me aseguran que usted actúe en consecuencia como ya he dicho aquí.
Con la esperanza de recibir su respuesta. Permanezca bendito en el Señor. Atentamente en CristoAnn zaky"

SERÁ POR SER DIA DAS BRUXAS????? CREDO. ABRENÚNCIO. 31-10-2011
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domingo, 30 de outubro de 2011

COMO DESTRUÍRAM A VELHA EUROPA, por J. Verdasca

Com a devida vénia, transcrevo um artigo de J. Verdasca, consagrada figura da lusófonia, residente no Brasil,  AMIGO de um AMIGO MEU. O consagrado  J. Verdasca publica todos os domingos um artigo, a que chama: SERMÃO DE DOMINGO.
A maior parte das vezes, é um artigo para meditar. E este? O que acham? Aqui segue:
("Ille nihil dubitat, quem nulla scientia ditat", Nada duvida quem nada sabe. prov. lat.)
Há cerca de meio século, traumatizados com as terríveis consequências da II Grande Guerra Mundial, em que pereceram cerca de 40 milhões de seres humanos, alguns dos poucos grandes políticos da época tentaram encontrar um meio de evitar a repetição do fenômeno. Dessa busca, surgiu a ideia da formação de um BLOCO de países em tudo diferentes, de culturas díspares, interesses por vezes antagônicos, origens opostas, etnias variadas, fases de progresso desencontradas, estágios de riqueza diferenciada. Eram - e são - tantas e tão profundas as diferenças, que a bela e humanista ideia recomendava muito cuidado e bom senso, muita ponderação e consenso, muito estudo e ensaio, muita prudência e ciência. Entretanto, talvez porque os pais da idéia desejassem passar à história como mentores e executores, mostrando obra política - esse é sempre o grande erro dos políticos ambiciosos e apressados - a criação da UNIÃO EUROPÉIA não se rodeou dos indispensáveis cuidados e ensaios, tendo sido apressada e mesmo precipitada, sem que se estudassem devida e profundamente as causas e conseqüências do desmoronamento dos grandes impérios Alexandrino, Romano e Muçulmano, ou, o que foi mais grave, sem que buscassem os motivos da auto exclusão da sábia SUIÇA ou da recusa à adoção do €uro da prudente INGLATERRA. 

  • A abertura das fronteiras entre os mais pobres e atrasados países tradicionais fornecedores de e-imigrantes e os mais ricos, desenvolvidos e receptores de mão de obra não foi lenta e progressiva como se impunha;
  • a união política começou por criar um monstro burrocrático e despesista muito além das necessidades;
  • inventaram uma capital administrativa em Bruxelas e outra legislativa em Strasbourg por onde se passeiam os "eleitos" que - talvez por apenas se preocuparem com seus interesse pessoais e partidários - foram incapazes de prever o descalabro a que a "UNIÃO" chegou, pois nenhuma medida foi tomada para evitá-lo, antes pelo contrário, pois, para apressar a entrada da sempre relapsa Grécia, fecharam os olhos à adulteração de seus orçamentos de todos conhecida, â falsificação de deficits de todos sabida, à desorganização político-social e administrativa por todos admitida.  
  • E hoje - quando é precisamente a Grécia que coloca em sério risco a própria existência da União Européia - ninguém responsabiliza os dirigentes que "cometeram o crime" de aprovar a sua entrada, que irresponsavelmente puseram em risco a sobrevivência de Portugal e outros países, que não estiveram à altura de suas responsabilidades políticas, nacionais e pessoais e, ainda há dias, GILES LAPOUGE escrevia sobre as nulidades que - de BRUXELAS - "GOVERNAM" A UNIÃO EUROPÉIA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A União Européia está UM CACO, a dívida TOTAL dos Estados, dos bancos, das empresas, das famílias e dos indivíduos S E R Á - talvez - superior à soma dos valores de todos os PIBs, as populações e os governos encontram-se hipotecados aos FANTASMAS a que todos chamam M E R C A D O S = donos de tudo e de todos, "heróis" das taxas de juros como as que já cobram à Grécia de perto de 100% (CEM POR CENTO), e a esmagadora maioria das populações sacrificadas, honestas e trabalhadoras, que nada sabem de política, tudo ignoram de administração e jamais usaram das MALAS ARTES que enricam quem as explora, quem diz que as governa - governando-se - está ou caminha para a miséria, sem subsídios, sem aposentações condignas, sem serviços sociais adequados, talvez mesmo temendo pelo dia em que se veja obrigada a dividir uma sardinha para dois, como uns poucos se queixaram que ocorria há mais de meio século, precisamente em tempo de guerra e de carência de toda ordem.
O Império Romano levou à Luzitânia e às outras nações conquistadas uma Nova Civilização que se sobrepôs à barbárie; impôs naturalmente sua cultura e sua língua, sua técnica e sua arte, suas leis e costumes superiores, sua administração e sua organização, sem nada prometer, sem ninguém violentar, sem nada destruir. Já a União Europeia começou pelas "esmolas" para desmantelar processos e métodos produtivos, para IMPOR o domínio dos fortes aos fracos, para promover as ex-importações dos ricos para os pobres, emfim, consciente ou "inconscientemente" tratou-se de ARRUINAR ainda mais os já depauperados e despreparados "IRMÃOS" do SUL, que acreditaram nos "presentes dos Reis Magos", confiando e iludindo-se com a "RIQUEZA FÁCIL", com os empréstimos a longo prazo, com as taxas de juros BAIXAS, com os SUBSÍDIOS A FUNDO PERDIDO !!!!
Mas - agora - chegada a conta, alguns políticos debandam, os credores apertam o cerco, os governos aumentam os impostos, reduzem os subsídios, cortam os salários, na tentativa de que - UM DIA - tudo volte a ser como dantes no QUARTEL DE ABRANTES.
Até lá, vamos juntar os cacos, produzir para comer, trabalhar para sobreviver!!!
Bom Domingo a todos. Cordialmente, JVerdasca".

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

COPIEI DE UM BLOGUE. PLAGIATO?

SÓ UM ROUBO CIENTÍFICO OU LITERÁRIO se considera plagiato. O que copiei do blogue FAROL DA NOSSA TERRA, (sem lhes ter pedido autorização), é público. Plagiar? Não é permitido (mas tanta gente o faz. Quando copiar parte de um trabalho, terá de mencionar o nome do autor.   
Não será bonito copiar um artigo que me diz respeito,que fala de mim, só por que me agrada. Mas o ser humano tem necessidade de ser alimentado para ser feliz. As palavras escritas no blogue acima referido, veem dar-me animo, porque, tendo acabado de publicar um romance, estou, como qualquer pessoa que escreve, preocupada em saber se agradou ou não aos seus leitores. 
     Do primeiro livro que publiquei (não foi o primeiro que escrevi) só respirei fundo quando comecei a receber emails (tenho alguns guardados) cartas (tenho algumas guardadas), e telefonemas a comentarem o manuscrito. 
     Pelos motivos que refiro atrás, perdoem-me publicar os ECOS... das vozes dos outros, que ressoam e me ajudam a alimentar o ego. Não é vaidade, não. Sou humilde suficiente para, se os comentários à minha escrita forem menos agradáveis, aceitar e tentar fazer melhor numa proxima. Se o conseguir.   
               AO FAROL DA NOSSA TERRA, agradeço as palavras que publicaram, e, como disse no facebook, elas trazem-me uma responsabilidade acrescida. A continuar a escrever (tenho mais três romances começados, um a finalizar para o ano) não devo ficar aquém do que já publiquei. 
       A minha obra tem com certeza imperfeições, erros, defeitos. De que me penitencio. Consolo-me por sempre ter ouvido dizer que todas as obras os têm. 
       Com a devida vénia, transcrevo o texto do blogue: FAROL DA NOSSA TERRA:    
   
...."A Academia de Letras e Artes vai proceder à cerimónia de apresentação do romance “Mãe Preta” da autoria da académica Celeste Cortez, que vai decorrer no próximo dia 27 de Outubro, às 19h30, na sede da ALA na Avenida da Castelhana, nº 13, no Monte Estoril.
     Este romance, o segundo que a autora publica em Portugal, apresenta uma perspectiva extraordinária da História e das estórias que se cruzaram ao longo de muitos séculos de presença lusófona no Continente Africano.
     Marcado pelas cores fortes que África imprime, o romance “Mãe Preta” dialoga de forma permanente com os arquétipos mais profundos da humanidade, repescando emoções, sensações e memórias que são transversais à História mais ancestral do Ser Humano. Os tons sépia dos retratos que Celeste Cortez traça de forma magistral na paisagem Africana, envolvem uma estória onde o amor e o humanismo se misturam num quadro onde o castanho da pele de Lina e de Tóti se vão cruzando com o laranja-forte do pôr-do-sol que todos os dias constrange este enredo e esta história excepcional.
     Detentora de uma forma escrita onde a limpidez descritiva é a característica principal, Celeste Cortez apresenta neste “Mãe Preta” uma história que não deixa indiferente quem tiver a sorte de a poder apreciar. Lê-se de um só fôlego e carrega consigo uma memória profunda da presença Portuguesa em África. Será um autêntico regresso no tempo para quem lá esteve, e uma aventura totalmente nova para quem só agora ali pode ir através da pena e das palavras "...
de Celeste Cortez 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

TURISMO DO ESTORIL - lançamento de livro -

Teve lugar esta tarde - 13-10-2011 - no Salão Nobre da Câmara Municipal de Cascais, a apresentação do livro TURISMO DO ESTORIL - apontamentos para uma visita ao Estoril - da autoria de João Anibal Henriques. Com o salão repleto de pessoas, muitas de pé, foi feita a apresentação pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. Carlos Carreiras e pelo Presidente da ALA - Academia de Letras e Artes,  Professor Doutor António de Sousa Lara. Apresentou o escritor a senhora Vereadora da Cultura, passando a palavra ao Dr. João Henriques, que, numa conversa cheia de emoção e sabedoria, foi contagiando a assistência com o seu entusiasmo e amor aos Estoris.

Não resisto a abrir uma página do livro, ao acaso. E leio:
  
"Porque o Estoril é mágico ainda hoje. Carregado de um charme que transborda da sua História, que se compõe nas suas estórias e que nos deixa perfeitamente desconcertados quando temos a possibilidade de conhecer de perto.
   E para o conhecermos precisamos mesmo de nos perder lá dentro. Não é necessário não saber a rua, não ter um GPS à mão ou perder o Norte numa qualquer noite coberta de nevoeiro. Perder-nos no Estoril significa limparmos os sentidos com as ideias pré-concebidas e com os estereótipos daquilo que nos ensinaram ser o correcto"... etc... etc...  

O  Dr.João Henriques continua, numa linguagem cheia de beleza, a atrair-nos para esta leitura tão empolgante. A fazer-nos amar o Estoril, se ainda não o amássemos.

Meia página percorrida deste maravilhoso desfiar de maravilhas linguísticas e, mais uma vez,  não resisto à tentação de deixar aqui para os visitantes do meu blogue, outro ramalhete de palavras deste livro tão extraordinário. 

"Quem visita o Estoril desta forma nunca mais o esquece. Como não esquecerá jamais, as casas, as ruas, os jardins, os hóteis, os restaurantes, os campos de golfe, o casino, o centro de congressos, as praias ou as termas que temos cá dentro. Porque viverá as emoções próprias que só aqui podem nascer e, desta maneira, desejará voltar, trazer amigos e família e regressar ao Estoril num movimento cíclico que lhe garanta a felicidade de o sentir verdadeiramente."

Recomendo vivamente a compra deste livro, para vós e para oferecerem aos vossos amigos. O seu custo €uros 10-00 não é significativo para o livro que é, para o valor das palavras que contém. Pode ser adquirido na ALA - Academia de Letras e Artes. Email da ALA : geral@academialetrasartes.pt
O Dr. João Anibal Henriques está no facebook e no google.   










terça-feira, 11 de outubro de 2011

UMA PRECE POR TI, FLORESTA!....

O poema Uma Prece Por Ti, Floresta!... um poema de Hermínio da Cunha Marques, extraído do seu livro : "Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal - 60 anos de vida", publicado no ano 2000. Num mapa estatístico refere a área ardida (em hectares) de fogos florestais em Portugal, de 1990 a 1999.

Hermínio da Cunha Marques, é poeta, prosador, historiador, investigador. Tem quase duas dúzias de livros publicados, escreve para jornais, faz musica para os seus poemas(exemplo: hino de Carregal do Sal), é um homem da literatura... mas, talvez por ser da província, a sua obra, que deveria ser conhecida e reconhecida em Portugal e por esse Mundo fora... quase não tem saído das quatro paredes do seu concelho: Carregal do Sal. Exceptuam-se alguns exemplares carregados pelos emigrantes, que com muito orgulho irão mostrar aos seus amigos e colegas lá na estranja.

No verão quente que tantos fogos trás, aqui deixo o poema Uma Prece Por Ti, Floresta!... um apelo à consciência do homem.

UMA PRECE POR TI, FLORESTA

Eu queria fazer solene apelo,
em defesa duma riqueza imensa,
Das manchas verdes, de beleza intensa,
Que o paraíso tirou por modelo!...

Clamo com vigor! Tenho de fazê-lo,
Em prol da sombra amiga que compensa,
Quem de suor no rosto não dispensa
O ar puro que tem, por merecê-lo!...

Eu suplico, à consciência do Homem,
E grito, nem que por louco me tomem,
Esta mensagem, buscando guarida:

Preservai o verde que ainda resta,
E fazei com que não morra a floresta,
O precioso bem que nos dá vida!...

domingo, 9 de outubro de 2011

ERA UNA VEZ TRES AVIONES

               
                                                                    


As pessoas com quem vamos cruzando pela vida fora, especialmente as que cruzaram o nosso caminho quando eramos muito jovens, deixam sempre alguma marca, mais ou menos agradável. Costumo esquecer - sem dar por isso - as menos boas, mas o meu coração recorda com saudade as agradáveis. Esta que vou narrar, faz parte de uma boa recordação.

          Foi numa cidade onde vivi 25 anos, teria 15/16 anos. As casas estavam com rendas muito caras para quem, como meu pai, tinha um ordenado de funcionário publico e tinha 3 filhos a estudar. Minha mãe não estava nem nunca esteve empregada. A nossa casa tinha bons quartos e estava bem situada, decidiram alugar um quarto, arranjar um hóspede,  só dormida e tratamento de roupas, não me recordo se com pequeno almoço. Talvez.

         Quem veio para o quarto foi: um senhor alto, muito mais alto do que os portugueses, forte, loiro, de olhos claros, muito educado, que fumava cachimbo que empregnava de cheiro toda a casa: HANS M.G.F. (para a história não interessa o nome completo), dinamarquês, na sua profissão de engenheiro, trabalhava, creio que a ampliar o cais ou a reforçar a muralha, na empresa dinamarquesa C.& N. (também aqui o nome completo não faz falta). 

         Contava histórias da sua vida: Tinha feito a ponte de Vila Franca de Xira em Portugal, tinha 3 filhas que estudaram farmácia na Dinamarca...

Anos depois, já em outra casa que alugámos, entre o Colégio das Freiras e o cinema S.Jorge,  o referido hóspede propôs sociedade a meu pai, sem que ele (meu pai) tivesse de entrar com capital porque o não tinha, para fundarem uma empresa para o desassoreamento do porto. Meus pais passaram horas a ponderar prós e contras. Por fim tomaram a decisão de não o fazer, com receio de que não resultasse e meu pai teria perdido o seu emprego como funcionário do estado. Era um pequeno ordenado, mas era certo. Uma ajuda para o sustento familiar.

          Na hora da partida do nosso hóspede (entretanto já tinhamos mais dois hóspedes em outro quarto), o nosso amigo Hans M.G.F. foi de regresso à Dinamarca para se reformar, deixou-nos muitas saudades.  Enquanto meus pais foram vivos falávamos nele e, esta frase, que não me recordo em que conversa foi dita, mas suponho que referida à inauguração da ponte de Vila Franca de Xira (aqui em Portugal) ficou para sempre o recordarmos: "era una vez três aviones" (a sua maneira de falar português).

          Continuamos a recordá-lo - até porque meu marido, que nessa altura nem sequer meu namorado era - veio a conhecer o Sr. Hans M.G.F. numa visita à casa de meus pais.
         Hoje, as filhas, se ainda vivas, andarão pelos 80 anos e teriam todas tido uma farmácia... as netas recordarão o avô de charuto... e terão os seus olhos azuis. Talvez nunca saibam que tanto em África como em Portugal, o nome de seu avô foi recordado com muita saudade, e que há uma frase que o imortalizou na nossa memória: "era una vez três aviones".  

Celeste Cortez












quinta-feira, 6 de outubro de 2011

José Pádua - Pintor Moçambicano, com o poema Quero esquecer.


Antonio Cortez, Celeste Cortez e José Pádua, Setembro 2010

QUERO ESQUECER

Quero esquecer-te:
cidade que do pântano
cresceste!

Quero esquecer-vos:
terra onde nasci,
luz do sol que me aqueceu,
som de batuque,
céu que me cobriu
e já foi meu! 
Quero esquecer-vos:
bairros da Munhava,
Matacuane, Esturro,
Macúti, Ponta Gêa,
Maquinino, Manga,
Palmeiras, Chipangara
- E estou a ver-vos!

Quero esquecer-te:
negra de capulana,
apanhadora de amêijoas,
mapira, amendoim,
arroz e mandioca,
às costas carregando
o teu mufana!

Quero esquecer:
o EU-criança,
o EU-adolescente,
o EU dono da ilusão
e da esperança!

Mas, para quando
Este esquecer?

- Talvez um dia,
Quando eu, enfim, morrer...

José Pádua (poema copiado do blogue: Moka Kultural.

Como eu, muitos dos que passaram ou nasceram em Moçambique, não terão conhecimento deste poema do grande pintor JOSÉ PÁDUA. Deve ter sido publicado no facebook pelo Blogue: Moka Kultural, de quem, com a devida vénia faço a transcrição. Para mim é novidade. E se for publicado duas ou mais vezes - que importa! - o que é belo pode copiar-se, desde que se mencionem os seus autores e a sua proveniência. Foi o que fiz. Obrigada ao Moka Kultural.
Adorei o poema, cheio de significado, disse o que muitos de nós dizemos.
Celeste Cortez

Outros artigos neste blogue sobre o Mestre Pintor JOSÉ PÁDUA:
Procurar se f.f. em:

"Pintor José Pádua - Homenagem a si e sua obra;
"José Pádua - O Pintor - faleceu ..."   

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Palavras do romance Mãe Preta

O romance MÃE PRETA tem ido uma enorme aceitação por parte dos leitores. Estou feliz por isso.

É um romance onde impera o amor humano, de mãos dadas com a cultura de um povo. Onde se fala nos batuques, nas marimbas, nos tambores, no lobolo, na arte de um povo, nas danças e ritos tribais. Nos embondeiros, nas acácias rúbras, nas mangas verdes com sal, nos caminhos de matope, nos mosquitos e nas pessoas que vivem nas aldeias sem luz. Nas palhotas, nos mineiros, nas noites de lua cheia quando os cocuanas e as mamanas contam histórias de macacos roubadores e de jacarés que vêm à margem para...
Onde se fala das barulhentas trovoadas de África, nas chuvas que estragam as colheitas e a vida do povo africano.E muito mais: No amor de uma preta que "tem de estar à altura" da civilização branca.

A autora: Celeste Cortez

PORTUGAL - O SEU ANIVERSÁRIO

O aniversário de Portugal, assenta na assinatura do Tratado de Zamora em 1143. Celebrado há 868 anos, Portugal celebra  o seu 868º.aniversário. 
O Tratado de Zamora foi um diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela. Celebrado a 5 de Outubro de 1143, esta é considerada como a data da independência de Portugal e o início da dinastia afonsina.

Em Zamora, revogou-se o anterior Tratado de Tui datado de 1137.Vitorioso na batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo Reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, Dom João Peculiar. Este procurara conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143 na presença do cardeal Guido de Vico.
           Pelos termos do tratado, Afonso VII concordou em que o Condado Portucalense passasse a ser Reino, tendo D. Afonso Henriques como seu "rex" (rei). Embora reconhecesse a independência, D. Afonso Henriques continuava a ser vassalo, pois D. Afonso VII para além de ser rei de Leão e Castela era Imperador de toda a Hispânia. Contudo nunca D. Afonso Henriques prestou vassalagem ao Imperador, sendo caso único de entre todos os reis existentes na península Ibérica.
          A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, só veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III em 1179, mas o título de "rex", que D. Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.(Este artigo teve ajuda da Wikipédia). 

          Com o intuito de promover a Portugalidade e de contribuir para a consolidação da nossa Identidade Nacional, vai a ALA - ACADEMIA DE LETRAS E ARTES, com sede no Monte Estoril-Portugal, desenvolver um conjunto de iniciativas culturais no município Alentejano de Ourique, no próximo dia 6 de Outubro. 
          Será marcada a data com a exposição “Intempérie dos Sonhos” do pintor Luís Athouguia e pela apresentação pública do livro “Os Guerreiros da Comarca de Ourique” da autoria de Luís Soveral Varella.
          A decorrer às 18h00 na Biblioteca Jorge Sampaio, na Vila de Ourique, os dois actos consolidam a aposta da ALA na descentralização cultural Portuguesa, dando a conhecer as paisagens, os recantos, os aromas, as estórias e as memórias mais impactantes deste nosso extraordinário Portugal. (A 2ª. parte deste artigo é (quase) cópia de um convite da Ala - Academia de Letras e Artes, para honrarmos estas comemorações com a nossa presença.)  

Email- geral@academialetrasartes.pt
Website – www.academialetrasartes.pt
Tel. + 351 21 468 56 04
Vídeos ALA: http://www.youtube.com/user/academialetrasartes
Página da ALA no Facebook:http://www.facebook.com/pages/ALA-Academia-de-Letras-e-Artes/120766207955968

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

MÂE PRETA 
Revelações de 40 anos de vida. Um amor incondicional que resistiu a tudo: doenças, intrigas, milandos, maldades, problemas circunstânciais... 
Glossário de linguas e dialectos (moçambicanismos).

DA CAPA- SINOPSE
Deus, Chicuembo, Cuxe-cuxe, trilogia que não correspondeu aos pedidos de Lina para ser mãe.
Destroçada após anos de violência conjugal, tendo apanhado com "chambôco" por não ter conseguido ser mãe- apesar dos pedidos a Deus e a Chicuembo e das idas ao cuxe-cuxe - Lina sente-se muito só.
Numa visita à casa dos seus ricos ex-patrões, constata que, como de costume, cada um foi passar o fim-de-semana habitual - jogos de canasta, bridge, corridas de cavalos, bailes.
Seguindo o som de choro, encontra num quarto com a janela aberta uma criança branca, recém nascida, sem agasalhos.
No instinto de a salvar, num delírio do momento, leva-a para a aldeia indígena, com todas as consequências que isso lhe possa vir a causar.
Culpada ou inocente? 

Páginas ............................................................................................ 448;
Medida do livro........................................ 15 cms largura x 230 de altura;  
Capa......................................................................................... a 4 cores;
Capa com relevo     ................................................................... .............;
Brilho nas letras Mãe Preta e Celeste Cortez.............................................;
Com MARCADOR de página ................................................................ ;

Custo de cada exemplar, com Iva incluído............................... 14,99 €uros;
Para Portugal: Envio pelos correios, em envelope especial,
sob registo (portes a dividir entre o requerente e a autora) ....................................................   16.99€uros

No email não se esqueça de referir o seu endereço postal.
Ofereça um exemplar de MÃE PRETA à sua irmã, a qualquer familiar, a um amigo, amiga. Ao seu chefe, à sua professora,ao Padre da sua Igreja, porque o romance Mãe Preta é conhecimento para uns e recordação para outros: de usos, costumes, linguagem, (moçambicanismos).

A autora: Celeste Cortez

domingo, 2 de outubro de 2011

ROMANCE MÃE PRETA PUBLICADO ONTEM - 01-10-2011

SAIU ONTEM, DIA 30-09-2011 sexta-feira, 
O ROMANCE "MÃE PRETA" 
Edição de Autor.

Páginas .................................................................. 448;
Medida do livro.............. 15 cms largura x 230 de altura;
capa............................................................... a 4 cores;
com relevo, na capa........................................ .............;
com brilho nas letras Mãe Preta e Celeste Cortez..........;
com separador ............................................................ ;
CUSTO DE CADA EXEMPLAR..... COM IVA INCLUÍDO.......................... 14,99 €UROS

PARA PORTUGAL:Envio pelos correios, à cobrança, em
envelope especial, sob registo.
Custos a dividir entre o requerente e a autora.............................................. 16,99 €uros

Envie previamente o seu endereço e contato de email.




Peça o seu exemplar e mais um para oferecer a uma amiga.
através do email: celeste.cortez@hotmail.com




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