terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

FALTAM NESTE MUNDO AS PONTES - por CELESTE CORTEZ



Ponte sobre o rio Chiveve, na Beira - 1920

FALTAM NESTE MUNDO AS PONTES, de Celeste Cortez

                                      do livro "Lentes de Emoção" 

Ao amigo poeta moçambicano Jorge Viegas  


Faltam neste mundo as pontes
Do diálogo, da tolerância, da ternura,
As pontes fortes do amor, da compreensão              
Para nos estimarmos como bons irmãos

Faltam neste mundo as pontes
 Em correntes entrançadas de fraternidade
Que liguem o presente e o passado
Sem ninguém fique em desigualdade 

Faltam neste mundo as pontes
Para que não haja ricos nem pobres
Que todos tenham o suficiente para viver
E as palavras entre todos sejam nobres

Faltam neste mundo as pontes
Onde a ajuda mútua não seja palavra vã
Poetas! Ajudem a construí-las de mãos dadas
 E a escrita será abundante de glória sã

Faltam neste mundo as pontes
                       Vamos construí-las todos nós, poetas irmãos
Serão pontes de convergência, lealdade e paz,
Construídas com toda a nossa alma e coração.

3 comentários:

  1. Maravilhoso poema, Celeste Cortez. Que essas pontes sejam engenhadas e construídas pelas mãos habilidosas dos poetas, irmanados na corrente santa da igualdade pela paz.

    Abraços.

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  2. Poema da Comum União.
    Amélia Luz - Pirapetinga - Minas Gerais - Brasil.

    O dia é comum, como a vida...
    As rosas que colhi em braçadas
    Não seriam assim, tão belas,
    Se não houvesse a perfeita união
    Entre as suas pétalas desiguais...
    Apesar das manhãs de chumbo
    Dos rigores dos campos de batalha,
    Solitário, o homem continua clamando
    Neste mundo de profundos contrastes...
    Poderosos e fracos
    Ricos e pobres
    Negros e brancos
    Vencedores e fracassados
    Num mesmo caminho de destinos desiguais.
    No cume da mais alta montanha
    Há uma mesa posta
    Com toalha de renda branca
    E flores azuis em jarra de cristal.
    Há lugares vazios e sombrios
    Esperando pelos homens
    Para tratarem verdades
    Sobre o destino da humanidade.
    Como entender a fome, o analfabetismo,
    Os marginalizados e excluídos
    Se a Lei Divina, maior, prega a igualdade?
    Sem trabalho...
    Sem teto...
    Sem terra...
    Sem escola...
    Sem nome, sem esdereço ou identidade...
    Por quê? Porquê?
    Investir na cidadania plena
    Fotografar o mundo de outra janela
    Numa política de justiça social
    Que garanta a união e o bem-estar dos povos,
    A harmonia e o equilíbro entre as nações...
    Que desenvolvidos possam, conscientemente,
    Estender suas mãos aos subdesenvolvidos
    Obedecendo aos princípios básicos
    De união e respeito ao próximo.
    Que, nos bancos escolares,
    Possam ser preservados os direitos civis,
    Os direitos políticos, sociais,
    Econômicos, culturais, religiosos e ambientais...
    Investir na educação para garantir
    Na vida o Desenvolvimento Humano
    Na clareza dos ideais de paz,
    De solidariedade e de trocas...
    Só assim poderemos entoar juntos
    E em alta voz: Como é bom viver em união!

    Para a amiga Celeste Cortez.

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