NO ENTRUDO VALE TUDO. NO
CARNAVAL NÃO SE LEVA A MAL. (mas respeitinho é muito lindo, diziam na minha
terra).
por: Celeste Cortez 2023)
Como pré-penitência preparatória para a Páscoa, com jejum e abstinência de carne e renovação interior para toda a Igreja, o carnaval era comemorado pelos cristãos já no Natal, Ano Novo e Festa de Reis. No ano 590 a Igreja Católica autoriza que se realizem festejos de desfiles e espetáculos de caráter cómico.
Os excessos foram tantos que levaram São Cipriano,
São Clemente de Alexandria e o Papa Inocêncio II, a contestar fortemente o
Carnaval.
Já no século XV, o Papa Paulo II, II contribuiu para a evolução do
carnaval, imprimindo uma mudança ao permitir o baile de máscaras, e que em
frente ao seu palácio, se realizasse o carnaval romano, com corridas de
cavalos, carros alegóricos, corridas de corcundas, lançamento de ovos, água e
farinha e outras manifestações populares.
Os bailes de máscaras adquiriram força nos séculos
XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso
na Corte de Carlos VI, de França. Ironicamente, esse rei, já meio demente, teve, provavelmente, uma tentativa de
assassinato em 1393, numa dessas festas fantasiado de urso.
As máscaras também eram
confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em
Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na
como instrumento de sedução.
Na França, o carnaval resistiu até mesmo à
Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre
1830 e 1850.
Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e
desfiles alegóricos, o carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa,
em fins do século XIX e começo do século XX.
Em Portugal, antes da importação do Carnaval
brasileiro, com a sua nudez do calor que se faz sentir no Brasil nesta época do
ano, com as suas danças bamboleando o corpo, as suas cores vibrantes, havia e
ainda se conserva em muitos lugares, as comemorações ancestrais, como a “Queima
da Comadre”, (Cinfães) e na linda aldeia de Alvarelhos e a “Dança dos Cús” em Cabanas de Viriato, ambas
pertences a Carregal do Sal, os caretos, facanitos e matrafonas (Trás os
Montes), as Máscaras e cantigas de Escárnio (Lazarim-Lamego) e tantas outras
associadas a maldades inocentes, porque NO ENTRUDO VALE TUDO. NO CARNAVAL NÃO
SE LEVA A MAL.
Desejo: bons dias de diversão, com alegria, com boa
disposição, com saúde e paz. Celeste Cortez
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