EGAS MONIZ - QUAL DELES?
Egas Moniz de Riba Douro, dito «o Aio», nasceu no ano
1080 e faleceu em 1146, (um ano antes da conquista de Lisboa aos mouros) foi um rico-homem
portucalense, da linhagem dos Riba Douro, uma das cinco grandes famílias do
Entre-Douro-e-Minho condal do século XII, a quem Henrique de Borgonha, conde de
Portucale confiou a educação do filho, Afonso Henriques, tarefa essa que lhe
deu o cognome de AIO, pelo qual é conhecido.
O Condado Portucalense era nominalmente dependente de Leão e Castela, então
regidos pela Rainha D.
Urraca. Por morte desta em 1127, sucede-lhe no trono Afonso
VII, o qual adopta o título de imperador de toda a Hispânia, procurando a vassalagem dos demais reinos, incluindo entre
eles também o Condado
Portucalense, que há muito demonstrava
tendências autonomistas.
Segundo tese recente de Armando de Almeida Fernandes D. Afonso
Henriques terá nascido em Viseu em 5 de agosto de 1109 e não em Guimarães como
se disse durante séculos.
Em 1128, Afonso Henriques, foi feito chefe dos Barões, que
temiam a influência galega sobre Portucale e, forçado a batalhar contra as
forças de sua mãe, Teresa
de Leão, vence-as nos campos
de São Mamede e assume a liderança política do condado, desejando
lutar pela independência do Condado e alargar as fronteiras.
Pouco
depois, Afonso VII vai por cerco a Guimarães,
então sede política do condado, e exige um juramento de vassalagem a
seu primo Afonso Henriques; Egas Moniz; o aio de Afonso Henriques, que o criou
desde os 3 anos de idade, dirigiu-se ao
imperador, comunicando-lhe que o primo aceitava a submissão.
C
ontudo, depois de deslocar a sua capital para Coimbra (1131), Afonso Henriques sente-se com força
para destruir os laços que o ligavam a Afonso
VII; faz-lhe guerra e invade a Galiza, travando-se a batalha de Cerneja (1137), da qual saem
vitoriosos os portucalenses.
Como
Afonso Henriques não cumpriu o acordado por seu Aio,
Egas Moniz, segundo reza a lenda, ao saber do sucedido, deslocou-se a Toledo, a capital
imperial, descalço e com um baraço ao pescoço. Acompanhado da sua esposa e
filhos, colocou ao dispor do imperador a sua vida e a dos seus, como penhor
pela manutenção do juramento de fidelidade de nove anos antes. Diz-se que o
imperador, comovido com tanta honra, o perdoou e mandou em paz de volta a
Portucale.
HOUVE
OUTRO FAMOSO EGAS MONIZ EM PORTUGAL; que ganhou o prémio Nobel, homem justo,
competente e bom, um político, cientista e académico (do livro Príncipes da
Medicina, do professor Mário Cordeiro).
História
a contar brevemente.
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