domingo, 24 de agosto de 2014

POEMA - VENTO MAROTO, de João Coelho dos Santos

João Coelho dos Santos
















VENTO MAROTO - II

Será que o vento
É mesmo bom bailador?
É mais, muito mais...
Incansável corredor.
Vento livre e vagabundo
Corre por todo o Mundo.
Tudo leva à sua frente
Corre,
         Corre,
                    Corre,
                               Corre,
Mete-se com toda a gente!
Depois de tanto correr,
Num instante, de repente,
Resolve desaparecer.
Às vezes é bom bailador
E põe-se a rodopiar,
E se vê mulher gira,
Também sabe assobiar.
Do que o maroto gosta mesmo,
É as saias levantar.
Não tem juízo nem tento.
É doido-varrido, o VENTO!

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