|
Foto da internet - Pode calcular-se a altura e a largura da árvore
pelo tamanho do elefante |
Foi um dia passado com excelente comida feita pela amiga anfitreã, o vinho tinto feito pelo anfitreão, (que é formado em engenharia agrónoma, curso que tirou na sua juventude em Angola).
A comida? Moambada de galinha, com gindungo, acompanhada de papa (finíssima) de mandioca.
(Nas capoeiras tem centenas de galinhas do mato!!!).
Como sobremesa, boa fruta daquela quinta, muita dela lembrando África. Que frutas? Tinha de tudo. Nonas, (ou anonas), uvas, azimina que é uma fruta de origem americana, tabaizo fruto da tabaibeira (nome de Angola) ou seja, fruto da Piteira em Moçambique. E tinha mácua ou mucua (conforme esteja plantado no sul ou norte de Angola o IMBONDEIRO), que também se pode escrever EMBONDEIRO, e que no Brasil se chama BOIÁBAS OU CALABACEIRAS e ainda, em outros países pode chamar-se ADANSONIA.
Explico o que me parece ser mais raro: O MÁCUA OU MUCUA: parece um pepino bem grosso, mas de casca rija de cor castanha clara, (a casca, parece-se um pouco com o côco, na côr e grossura). Abre-se: por dentro tem uns bocados brancos, tipo rebuçados grandes esquinados. Metidos na boca, tira a sede. Assim, a Bendita Natureza oferece água aos viandantes que andam pelas selvas, incluindo, aos próprios animais.
A partir daqui, no regresso do tal almoço, passei a noite a copiar da net, tudo sobre as árvores "baobás". A seguir ficam as explicações que consegui:
..."Os baobás, embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras (Adansonia) são um gênero de árvore com oito espécies, nativas da ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), do continente africano e da Austrália (com uma espécie em cada).
O baobá é a árvore nacional de Madagascar e o emblema nacional do Senegal.
|
Foto da internet, elefante e árvore dão-nos a noção
exata da altura da árvore. |
DescriçãoÉ uma árvore que chega a alcançar alturas de 5 a 25m (excepcionalmente 30m), e até 7m de diâmetro do tronco (excepcionalmente 11m). Destaca-se pela capacidade de armazenamento de água dentro do tronco, que pode alcançar até 120.000 litros. Estas árvores crescem um tanto ou quanto dispersas, como se de indivíduos solitários se tratasse. O seu porte é altivo, distingue-se na savana. Suas flores brancas têm um aroma intenso. Os pesquisadores acreditam que sejam polinizadas por morcegos que gostam da sua fruta. Os frutos são polpa branca, em pedaços que parecem blocos, tipo pão seco. Por isso alguns povos chamam-lhe "fruta pão".
Os baobás desenvolvem-se em zonas sazonalmente áridas, e são árvores de folha caduca, caindo suas folhas durante a estação seca. Alguns têm a fama de terem vários milhares de anos, mas como a sua madeira não produz anéis de crescimento, isso é impossível de ser verificado: poucos botânicos dão crédito a essas reivindicações de idade extrema.
O nome Adansonia foi dado por Bernard de Jussieu em homenagem a Michel Adanson (1727-1806), botânico e explorador francês, quem primeiro descreveu o baobá no Senegal.
EspéciesAdansonia digitata - Baobá Africano (África Central e Austral);
Adansonia grandidieri - Baobá de Grandidier (Madagascar);
Adansonia gregorii (syn. A. gibbosa) - Boab ou Baobá Australiano (Noroeste da Austrália);
Adansonia madagascariensis - Baobá de Madagascar (Madagascar);
Adansonia perrieri - Baobá de Perrier (Madagascar);
Adansonia rubrostipa (syn. A. fony) - Fony Baobab (Madagascar);
Adansonia suarezensis - Baobá Suarez (Madagascar);
Adansonia za - Za Baobab (Madagascar).
FRUTO - O seu fruto Múcua ou mácua, como referi acima, tem no seu interior um miolo seco comestível (não tem sumo), desfaz-se facilmente na boca e o seu sabor é agridoce (adocicado com uma ligeira acidez). Este fruto é rico em vitaminas e minerais.
Ao dissolver-se a mukua (assim se escreve em África) em água a ferver obtém-se o sumo de mukua que, depois de arrefecido, é tomado como uma bebida fresca com um sabor muito apreciado em determinados países.
EM ANGOLA - o lugar onde é mais conhecida a fruta - mukua - é em Benguela
EM MOÇAMBIQUE - O fruto, tem o nome de malambe na língua xi-nyungwe da província de Tete, tem uma polpa branca que seca no próprio fruto e que é utilizada para a alimentação, em tempos de escassez de comida; também é referida como cura para a malária.
Em certas regiões de Moçambique, o tronco desta árvore é escavado por carpinteiros especializados para servir como cisterna comunitária. É mais que provável que se fosse aproveitado podendo ficar guardado por longos períodos, poderia servir para os tempos de fome, tempo das secas ou das chuvas demasiado intensas de África.
HISTÓRIA: Em 1445, navegantes portugueses conduzidos por Gomes Pires chegaram à ilha de Gorée, no Senegal; eles descobriram o brasão do Infante D. Henrique gravado em árvores. O cronista Gomes Eanes de Zurara assim descreveu a árvore: Árvores muito grandes e de aparência estranha; entre elas, algumas tinham desenvolvido um cinturão de 108 palmos a seu pé (ao redor 25 metros). O tronco de um baobá não mais alto do que o tronco de uma árvore de noz; rende uma fibra forte usada para cordas e pano; queima da mesma maneira como linho. Tem um grande fruta lenhosa como abóbora cujas sementes são do tamanho de avelãs; pessoas locais comem a fruta quando verde, secam as sementes e armazenam uma grande quantidade delas.
NA LITERATURA: Na história O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, o menino narra que o solo de seu pequeno asteróide era infestado de sementes de baobá. Preocupado com os possíveis danos que estas plantas pudessem causar quando adultas, após completar a sua toilete matinal, dedicava-se à toilete do asteróide, arrancando regularmente os seus pequenos brotos.
Por coincidência, quando escrevi meu romance "Mãe Preta", referi o Imbondeiro ou Embondeiro, explicando no decorrer da história o máximo que consegui. (Nota da autora do blog e do romance)
No BRASIL - Existem árvores de Baobá. Foram trazidas pelos sacerdotes africanos e foram plantadas em locais específicos para o culto das religiões africanas.
Vou fazer-lhe uma descrição de Baobás ou Imbondeiros ou Embondeiros ou Adansonia, que estão catalogados no Brasil, segundo a internet. Neste país, são conhecidos pelo povo apenas como Baobá.
Baobá em Nísia Floresta, Rio Grande do Norte, Brasil.
Baobá da Praça da República, Recife, Brasil.
Baobá no Passeio Público, Rio de Janeiro, Brasil.
Baobá no Engenho Poço Comprido, Vicência, Brasil.
Pernambuco: Essas árvores concentram-se principalmente no estado de Pernambuco (onde há 16 catalogados) e, nesse estado, na sua capital, Recife.
No Recife, o baobá da Praça da República é a possível fonte de inspiração de Saint Exupéry, quando por ali passou, ao escrever O pequeno príncipe.[4] Há um na Faculdade de Direito do Recife e outro na Cidade Universitária. Existem outros espalhados pela cidade, como em Ponte d'Uchoa, Poço da Panela e na Praça de Dois Irmãos próximo a UFRPE.
Existem três plantadas na Estância Rica Flora, em Aldeia, Camaragibe.
No Sitio de Pai Adão existe um Baobá com mais de cem anos com um tronco de mais de 10 metros de circunferência.
Na vila de Nossa Senhora do Ó, Ipojuca, há um Baobá com mais de 350 anos e 15 metros de circunferência.
No Engenho Poço Comprido (Vicência) há dois espécimes.
Em Araripina existe um exemplar com aproximadamente 30 anos de idade.
Rio Grande do Norte - Neste estado brasileiro há grande quantidade de baobás.
Há exemplares em Natal , Nísia Floresta e nas ruinas de Pedro Velho.
Em Assú no Rio Grande do Norte existem 11 baobás de aproximadamente quatrocentos anos e atualmente estão em processo de tombamento histórico.
No estado do Rio de Janeiro existem cinco exempares de baobá: um no Passeio Público, um no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas (altura da Av. Borges de Medeiros 3000), pátio do Museu Histório de Quissamã, na antiga Fazenda Quissamã e o ultimo na Ilha de Paquetá.
Baobá em Maceió. Alagoas Em Alagoas existe um exemplar na Praça do Skate, em Maceió.
Baobá no Passeio Público, em Fortaleza.
No Ceará, existem 3 (três) exemplares: um na praça do Passeio Público, na cidade de Fortaleza, onde foram fuzilados alguns revolucionários da Confederação do Equador. Um no campus da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e o outro no SESI da Barra do Ceará.
Goiás - Em Goiânia existem três Imbondeiros, todos em residências particulares, sendo um na residência do Sr.Jorge Rassi e duas no condomínio particular Aldeia do Vale.
Mato grossoO Doutor Édio Lotufo possui em sua fazenda , nas proximidades de Cuiabá, um exemplar de Imbondeiro derivado de um exemplar existente na Praça da República do Rio de Janeiro.
No candomblé (religião praticada no Brasil) esta árvore é considerada sagrada (ossê, em iorubá e akpassatin, em fon), e nunca deve ser cortada ou arrancada.
MADAGASCAR. Há a Avenida dos Baobás.
NA AUSTRÁLIA OCIDENTAL, em Kimberleys, na Austrália ocidental, prisioneiros foram confinados dentro de seu tronco oco. Os aborígenes comem a sua fruta e usam as folhas como planta medicinal.