O seu conhecimento do passado desta terra somado às exigências
fundamentais para a afirmação e o desenvolvimento estratégico do Concelho e
perspectivas de futuro, principalmente a nível de vocação turística, confirmariam
– se já não estivéssemos certos - de que estamos perante uma verdadeira Mulher
de valor intrínseco, combatente, da maior idoneidade.
Ouvimos depois, pela voz do
historiador Dr. João Anibal Henriques,
uma das melhores lições de História acerca das estórias de
Cascais/Estoris, dos sonhos que a partir de uma certa época fez correr sangue,
suor e lágrimas que deram forma a Cascais, Monte Estoril e ao Estoril, . O Dr.
João Henriques conta-nos estórias profundas e sérias que chegou a comover-nos e,
parecendo que voltamos a ter os nossos encantatórios sete ou oito anitos,
saboreámo-las quase de boca aberta, como o teríamos feito naquela idade.
Partilhou com a assistência memórias e fotografias da época, desde a
chegada da Corte a Cascais, em 1870, com D. Luis I que, praticamente falido vem
viver para Cascais pelo seu amor ao mar e trás atrás de si a corte real, o que não é do agrado nem sequer de sua esposa, D. Maria Pia de Sabóia, que quando ele morre acaba por ficar a viver em Cascais no edifício assinalado abaixo. D. Luis I veio a morrer onde desejava, Cascais, tendo pedido na hora da morte para a sua cama ficar em frente à janela para ver o mar. Foi cognominado O Popular, por ser do gosto do seu povo. Eça de Queirós chamou-lhe O Bom.
Esta paixão do Rei D. Luis I pelo mar veio a ser partilhada pelo seu filho, o penúltimo rei de Portugal D. Carlos I, o rei cientista, oceanógrafo, lavrador,pintor) que viria passar temporadas a Cascais e também aqui desejaria morrer se um tiro traiçoeiro o não tivesse assassinado no Terreiro do Paço, em Lisboa, em Fevereiro de 1908. (A este rei sucedeu seu filho, D. Manuel II que governou apenas de 1908 a 5-10-1910 quando se instala a República. Seguiu para Inglaterra, onde casou, mas faleceu novo, sem descendência.
Continuou o Dr. João Anibal Henriques a referir a aventura e empreendedorismo de José Jorge de Andrade Torrezão,
fundador do Monte Estoril, de Carlos
Anjos (avô da Drª. Isabel Magalhães) e do Conde de Moser, (que mandaram instalar o caminho de ferro até Lisboa (Companhia Mont’Estoril); de Raul Lino e da sua “Casa Portuguesa”; de Manuel
Duarte e do edifício para sua residência que mandou copiar pelo seu jazigo; Mencionou o Colégio João de Deus (edifício que se pode ver no Monte Estoril),
sonho do grande pedagogo João de Deus Ramos, que prosseguiu com José Dias Valente e Aníbal Henriques (avô do
Dr. João Anibal Henriques). Aqui ficam algumas fotos das muitas que foram
passadas esta tarde na sede do Movimento SerCascais. A vontade de não perder
uma pitada do que o Dr. João Anibal Henriques ia dizendo era de tal forma que
nem sempre foi possível lembrar a máquina fotográfica ali à mão.
Casa Palmela, sobranceira ao mar, vendo-se apenas floresta do lado de Cascais, onde hoje estão os caminhos de ferro, estação, frente ao Jumbo, mais ou menos. |
Esta paixão do Rei D. Luis I pelo mar veio a ser partilhada pelo seu filho, o penúltimo rei de Portugal D. Carlos I, o rei cientista, oceanógrafo, lavrador,pintor) que viria passar temporadas a Cascais e também aqui desejaria morrer se um tiro traiçoeiro o não tivesse assassinado no Terreiro do Paço, em Lisboa, em Fevereiro de 1908. (A este rei sucedeu seu filho, D. Manuel II que governou apenas de 1908 a 5-10-1910 quando se instala a República. Seguiu para Inglaterra, onde casou, mas faleceu novo, sem descendência.
Vivenda de D-Maria Pia de Saboia depois da morte de seu marido D. Luis I de PORTUGAL. |
Parabéns ao Movimento Sercascais por nos ajudar desta forma a identificarmo-nos,
a conhecermos mais profundamente as raízes deste concelho maravilhoso que é
Cascais.
Celeste Cortez http://celestecortez.blogspot.com/
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