Letras à solta
Poesia, Leitura, Livros, Romances, Pensamentos
sábado, 26 de outubro de 2024
terça-feira, 15 de outubro de 2024
Ermelinda Duarte - Somos Livres [1975]
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
ROMANCE "O MEU PECADO"
COMENTÁRIOS DE LEITORES (FÃ CLUB)
Olá Celeste,
ESCRITOR João Anibal
Henriques (ou João Aníbal da Veiga Henriques): Historiador e Geólogo, Foi Vereador na Câmara Municipal de Cascais; Secretário
Geral da Academia de Letras e Artes de Portugal – Livros editados: “História Rural
Cascalense”, “O Plano Director Municipal de Cascais”, “A Montanha”,
“O Estoril e a Paróquia de Santo António”, “Uma Intervenção
Psicopedagógica nas Minas da Panasqueira”, “Assumir o Fim-do-Mundo”,
“Levantamento Exaustivo do Património Cascalense”, “A Saúde de Cascais”,
“Comércio & Turismo”, “Turismo do Estoril”, “História da Pedagogia” e
“Cascais – Estratégia de Futuro”.
(ª) Romance da autora Celeste Cortez , de Portugal. 1ª. e 2ª. edição em português. Em breve edição em espanhol.
GRANDES HOMENS QUE FAZEM PARTE DA HISTÓRIA DE CASCAIS E DE PORTUGAL
Homenagem a José Dias Valente e Helena Quina || 20 Setembro || 17h30 | | JF de Cascais
Caros Amigos e Confrades,
A História mostra-nos que a vida é feita de ciclos que, ao sabor das vicissitudes da história particular de cada um,
se repetem inexoravelmente, dando corpo e forma à História maior de todos nós.
Aqui e ali, por determinação do destino e dos acasos que o compõem, alguns ousam destacar-se da medianidade,
oferecendo a todos os outros a genialidade do seu pensamento, a coragem da sua determinação e a capacidade
incomum de com o contributo da sua própria vida contribuírem decisivamente para que vida da comunidade avance
, ganhando novas perspectivas de felicidade.
Foi o que aconteceu no Monte Estoril em 1936 quando, por um acaso fortuito que o destino impôs, o meu avô (avô do
Dr. João Anibal Henriques), convidou o seu amigo de há muitos anos, o Dr. José Dias Valente, para vir fundar
e dirigir o Colégio João de Deus, nascido para homenagear o seu Mestre Comum e também amigo João de
Deus Ramos, depois do desaire que determinou o encerramento do Bairro Escolar do Monte Estoril que este
dirigia numa sociedade com João Soares.
José Dias Valente chegou aos Estoris com o capital que permitiu a criação do Colégio João de Deus mas trouxe
consigo igualmente a genialidade do seu pensamento, a mestria pedagógica que ousava professar e sobretudo
os traços de um humanismo que o faziam brilhar.
Fez a diferença na vida de milhares de alunos que até 1973 ali se fizeram homens e que marcaram eles próprios os desígnios da Portugalidade. Como o comprova, aliás, a identidade arreigada e sentida que os antigos alunos, tantas décadas depois de saírem do João de Deus, conseguem preservar.
Em 1973, já depois da morte do meu avô e abatido por problemas de saúde e pela idade, José Dias Valente
decidiu encerrar o Colégio João de Deus. Na festa de despedida, que os antigos alunos organizaram no antigo
Hotel Estoril-Sol, recebeu da pintora Helena Quina, mulher do antigo médico do colégio e ilustre estorilense
Dr. Mário Quina, um magnífico retrato seu que desde aí ficou exposto com grande destaque na sua sala de jantar.
51 anos depois, no próximo dia 20 de Setembro, às 17h30, a União das Freguesias de Cascais e Estoril e
a Associação dos Antigos Alunos do Colégio João de Deus vão homenagear o Dr. José Dias Valente e a
Pintora Helena Quina descerrando solenemente esse retrato na Galeria Permanente da Junta de Freguesia de
Cascais. Lá estarão os familiares e amigos de ambos os homenageados, as entidades oficiais do município
de Cascais e os seus antigos alunos, de forma a garantir que o exemplo de vida, a genialidade e a capacidade
pedagógica e artística dos homenageados se perpectue nas memórias destes estoris que tanto lhes devem.
De maneira a sublinhar a importância que efectivamente ainda têm nos alicerces da Identidade de Cascais.
Tenho, desta maneira, a grata oportunidade de vir replicar junto de vós este convite para que estejam connosco
no dia 20 de Setembro, às 17h30 na sede da Junta de Freguesia de Cascais, no Largo Cidade de Vitória,
em Cascais (atrás do edifício da lota), e para que connosco evoquem as suas memórias e também a de todos
aqueles que os acompanharam no feito extraordinário de terem conseguido furar os ciclos da vida e de se
terem destacado mudando positivamente a vida dos que tiveram a sorte de passar pelo Colégio João de Deus.
Em Cascais no estio sereno de 2024…
João Aníbal Henriques
quarta-feira, 11 de setembro de 2024
ROMANCE "O MEU PECADO"
Celeste, Li já MÃE PRETA. Estou terminando de ler O MEU PECADO. Gostei imenso de ambos
(do segundo, até onde cheguei). O vocabulário de Mãe Preta, muito bem explicado
no glossário, o seu texto agradaria a Machado de Assis e sua cobrança pela “cor
local”... A trama e o drama da protagonista são tocantes.
O que mais me chama a atenção é a fluidez de sua ficção, a linguagem leve e transparente não deixa de construir o entrecho denso e multifacetado – como no caso da discussão filosófica da “diferença”, no questionário a que é submetida a protagonista, no trecho que você destaca – a delicadeza da visão de Lina é mais que tocante. Pena é que o gênero humano tenha seguido trilha de diminuição de valores como esta sensibilidade.
Já a saga do protagonista de O MEU PECADO é contagiante. Aliás, sua ficção prende pela delicadeza e franqueza. Os duelos verbais não fazem sombra na verdade das palavras que brotam da boca das personagens que você cria.
Penso que a literatura guarda uma
herança irrecorrível que muita gente, infelizmente, teima em que querer
execrar: a escrita. Esse mérito, entre todos os demais, seus romances têm. Numa
palavra: gostei.
Ainda que minha opinião pessoal seja
apenas mais uma – e, confesso, com o passar do tempo tenho ficado mais chato, o
quê, de certa forma, me faz sentir-me como um dinossauro, portanto, muito longe
do que poderia ser uma “unanimidade” – e valha muito pouco, não perco
oportunidade de expressá-la, quanto mais quando é para tecer elogios mais que
merecidos. Obrigado por sua
confiança, delicadeza e amizade. Já no aguardo de mais um volume, deixo meus
cumprimentos.
Livros do escritor e professor catedrático (agora jubilado, aposentado da Universidade de Ouro Preto-Brasil) - José Luiz Foureaux de Sousa Júnior:
Literatura e Homoerotismo”- “Você ou a certeza da proximidade das coisas”;- “Makanceva” (romance) - “As cartas não mentem;(estudo da correspondência entre o poeta António Nobre e Alberto de Oliveira, publicado pela Universidade de Coimbra)”
(ª) O s comentários escritos fazem parte do PORTEFÓLIO dos livros, em posse da autora Celeste Cortez, de Portugal.
Letras à solta: Análise da obra "Mãe Preta" de Celeste Cortez, pel...
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
PALAVRAS QUE VALEM A PENA.
Um dia comentei umas palavras no facebook, de um jovem moçambicano, por serem palavras acertadas, capaz de encher o coração de quem aprecia palavras bem escritas. Pelo perfil sabia que era um jovem fora do seu país, à procura de aprender mais.
Começou a tratar-me de "mãe". Que na verdade sou, até avó e até já ultrapassei a fasquia, sou bisavó, com muito orgulho dos 6 bisnetos que tenho. Que coisas lindas! Dizem que sou jovem para bisavó! Por certo ter uma família - embora vivendo em diversos países - mas que nos acarinham todos os dias com os seus telefonemas e mensagens, ajudam a sentirmo-nos jovens e felizes.
Resolvi enviar ao jovem moçambicano, um dos meus romances, o primeiro que publiquei, que nasceu com o nome de O MEU PECADO, o pecado de todos os que se sentiram culpados de certo acontecimento que mudou a vida de duas pessoas que se amavam. O romance situa-se, na primeira fase em Moçambique, onde vivi 25 anos, nem menos um dia, e finaliza em Portugal muitos anos depois, quando Ritinha procura o homem da sua vida e Raquel o pai que deveria ter, como as outras meninas.
E quase uma vez por semana, às vezes mais, o Jone comentava no Messenger, capítulo por capítulo, a sua apreciação. Quantas vezes tentando desculpar uma pessoa faltosa, outras vezes mostrando-se revoltado com os que procediam muito, muito mal! O Jone mostrou um sentido de justiça a toda a prova. E a prova é que está no estrangeiro a fazer um curso que honra a sua consciência e irá ajudar o seu país, pelo menos a sua comunidade, para os lados do Norte Moçambicano.
Depois, durante uns meses, falharam os comentários. Falhou a escrita entre o Jone e a autora deste blogue, autora não só daquele romance... E eu e meu marido, já habituados à leitura dos seus comentários, receei que algo lhe tivesse sucedido. Tentei indagar. E eis que as notícias voltaram, dizendo-me que naqueles 3 meses tinha estado a estudar arduamente para fazer o seu exame à Universidade. Num país estrangeiro, numa língua que teve de aprender. E passou com boas médias. Não regateei os meus parabéns, com aplausos.
Não posso deixar de dizer que um dia recebi dele palavras que me fizeram chorar, chorar de alegria, pelo carinho, pela apreciação da minha escrita. Estes elogios finais - será que os mereço? -, mas não posso deixar de os agradecer de todo o coração!
Continuamos as nossas conversas epistolares, através do facebook e agora por email, para lhe dar coragem. Quem estuda tão longe do seu país, Moçambique, por certo precisa de coragem e incitamento para prosseguir os estudos. Anteontem enviei-lhe o romance "Mãe Preta", desejando que o aprecie tanto quanto apreciou O Meu Pecado.
Obrigada Jone S. E. pelas palavras especiais com que brindou a minha escrita. Obrigada por me chamar mãe, porque só é mãe quem acarinha.
Celeste Cortez (c)