Ermelinda Duarte celebra as conquistas do 25 de Abril neste single, que inclui dois temas de sua autoria e com arranjos de José Cid. As duas músicas fizeram parte da peça «Lisboa 72/74».
"Somos livres" é um dos hinos da Revolução de Abril, particularmente emotivo nos versos «Uma gaivota voava, voava, asas de vento, coração de mar. Como ela, somos livres, somos livres de voar.».
ALINHAMENTO
00:00 Somos livres04:05 Joaquim da Silva
Letras e música: Ermelinda Duarte
Arranjos e Direcção Musical de José Cid
«Qual a expressão de comunicabilidade em cada ser? Como ama a vida? Como protesta, ou aceita ou luta? A forma do grito ou da lágrima, dum alerta ou duma aclamação, varia no ser humano consoante a sua sensibilidade, cultura e participação voluntária no processo evolutivo ou não do mundo exterior. Ermelinda Duarte escolheu a arma da palavra dita ou cantada, feita poema, para sua forma de estar no mundo moderno, do teatro universitário (é formada em Germânicas) transitou para o teatro profissional. Integrada na companhia do Teatro Estúdio de Lisboa há anos, não é a primeira vez que os seus poemas e apontamentos musicais ilustram cenas e realçam momentos sensíveis dos textos representados. Na peça de Luzia Maria Martins «Lisboa 72/74» estreada depois de 25 de Abril, a palavra, o poema, o grito, a arma, floriram na verdade adulta da liberdade alcançada. Eles aí estão em forma de canções. Eis Ermelinda Duarte, actriz culta, jovem, de opções firmes no caminho encetado, de voz igual a si mesma, de expressão definida entre o «sim» da vontade e o «não» à representação... Sem palco.» Etelvina Lopes de Almeida (texto que acompanhou a edição do single em vinil, 1975)
Biografia nasceu a 6-10-1946 em Lourenço Marques - Moçambique. Vem para Lisboa com doze anos, estuda no Liceu e depois na Faculdade licencia-se em Filologia Germânica. É no Grupo Cénico da Faculdade de Letras que tem as suas primeiras experiências teatrais como "O Avejão", de Raul Brandão, e "O Anfitrião", de António José da Silva, fazendo ainda o espetáculo com entremezes de Cervantes que marcou a estreia como encenador de Luís Miguel Cintra, no Grupo de Teatro do Ateneu Cooperativo.Em 1969, ingressa na Companhia Teatro Estúdio de Lisboa, sediada no T. Vasco Santana, onde interpreta alguns dos mais notáveis espetáculos da companhia dirigida por Luzia Maria Martins de que são exemplo "As Mãos de Abraão Zacut", de Luís Sttau Monteiro (1969), "Vítor ou as Crianças no Poder", de Roger Vitrac (1970) ou "A Cozinha", de Arnold Wesker (1971). É de 1971 a sua estreia no cinema.Em 1975, passa para o Adoque e para uma zona de teatro nos antípodas do praticado no TEL, a revista. Quando o Adoque interrompeu a sua atividade, em 1982, Ermelinda Duarte afastou-se dos palcos e não tornou. Dedicou-se, desde então, sobretudo à dobragem. É viuva do actor António Montez, que faleceu em 2014. A filha de ambos, Helena Montez, também é actriz .
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