VENTO NO ROSTO
poema de António Gedeão
À hora em que as tardes descem,
noite aspergindo nos ares,
as coisas familiares
noutras formas acontecem.
As arestas emudecem.
Abrem-se as flores nos olhares.
Em perspetivas lunares
lixo e pedras resplandecem.
Silêncios, perfis de lagos,
escorrem cortinas de afagos,
malhas tecidas de engodos.
Apetece acreditar,
ter esperanças, confiar,
amar a tudo e a todos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada pela visita, deixe o seu comentario aqui:
Thanks for your visit, leave your comment here: