domingo, 19 de fevereiro de 2023

NO ENTRUDO VALE TUDO - NO CARNAVAL NÃO SE LEVA A MAL...

 

NO ENTRUDO VALE TUDO. NO CARNAVAL NÃO SE LEVA A MAL. (mas respeitinho é muito lindo, diziam na minha terra).

                                                                    por: Celeste Cortez 2023)




C
omo pré-penitência preparatória para a Páscoa, com jejum e abstinência de carne e renovação interior para toda a Igreja, o carnaval era comemorado pelos cristãos já no Natal, Ano Novo e Festa de Reis. No ano 590 a Igreja Católica autoriza que se realizem festejos de desfiles e espetáculos de caráter cómico.

Os excessos foram tantos que levaram São Cipriano, São Clemente de Alexandria e o Papa Inocêncio II, a contestar fortemente o Carnaval.

Já no século XV, o Papa Paulo II, II contribuiu para a evolução do carnaval, imprimindo uma mudança ao permitir o baile de máscaras, e que em frente ao seu palácio, se realizasse o carnaval romano, com corridas de cavalos, carros alegóricos, corridas de corcundas, lançamento de ovos, água e farinha e outras manifestações populares.

 

Os bailes de máscaras adquiriram força nos séculos XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos VI, de França. Ironicamente, esse rei, já meio demente,  teve, provavelmente, uma tentativa de assassinato em 1393, numa dessas festas fantasiado de urso.

As máscaras também eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como instrumento de sedução.

Na França, o carnaval resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre 1830 e 1850. 
Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século XX.

Em Portugal, antes da importação do Carnaval brasileiro, com a sua nudez do calor que se faz sentir no Brasil nesta época do ano, com as suas danças bamboleando o corpo, as suas cores vibrantes, havia e ainda se conserva em muitos lugares, as comemorações ancestrais, como a “Queima da Comadre”, (Cinfães) e na linda aldeia de Alvarelhos e  a “Dança dos Cús” em Cabanas de Viriato, ambas pertences a Carregal do Sal,   os caretos, facanitos e matrafonas (Trás os Montes), as Máscaras e cantigas de Escárnio (Lazarim-Lamego) e tantas outras associadas a maldades inocentes, porque NO ENTRUDO VALE TUDO. NO CARNAVAL NÃO SE LEVA A MAL.

Desejo: bons dias de diversão, com alegria, com boa disposição, com saúde e paz. Celeste Cortez

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