A VIAGEM DO NICOLAU PELO MUNDO DA FANTASIA, teve primeiramente o título "AVENTURAS DO NICOLAU PELO MUNDO DA FANTASIA".
... porque de 70 páginas as "aventuras" foram reduzidas para 48, por uma questão de conter custos financeiros, a editora propôs e foi concordado com a autora, esta mudança de título.
A publicação de livros meus ou de outros autores tem, no meu ver de autora, um custo exagerado.
Se há editoras que publicam gratuitamente, isso sucede a autores já com nome famoso, e regra geral a autores que trabalham na comunicação social, como na televisão, no teatro, e por aí. É lógico que sendo já conhecidos do público, a editora não precisa de gastar em publicidade. Naturalmente entre todos os livros enviados por autores da comunicação social, a editora escolherá os melhores.
Os outros autores, terão de trabalhar muito, deixar passar anos, até serem reconhecidos como bons, mesmo que recebam dos seus leitores centenas de comentários elogiosos à sua obra.
De vez em quando, um autor ainda jovem, consegue ser publicado em grande editora, naturalmente porque seu trabalho é mesmo bom, mas também há casos de sorte. Parabéns aos sortudos. Esses chegarão ao topo, receberão prémios no seu país e quiçá no estrangeiro.
A escrita dá muito trabalho? Sim dá, só não o sabe quem não escreve, mesmo que seja um artiguinho, uma pequena crónica para o jornal do burgo. Exige compromisso e disciplina, e quando um autor tem uma vida social, profissional e familiar a fazer, o tempo que fica para a escrita é pouco. Até parece que o autor não tem os mesmos direitos que os que não escrevem, porque quase lhe é vedado "gastar o seu tempo" no facebook, no instagram, ir ao ginásio regularmente, ouvir novelas da televisão. Mal do que não passa por cima de uns telefonemas com as amigas e amigos, ou de uma ida diária para tomar um cafézinho lá fora, com pessoas de quem gosta.
Naturalmente, e embora se fale e debata sobre igualdade de direitos (e deveres), o homem escritor que seja casado, tem muito, mas muito mais tempo para a escrita, porque tem, por sorte, (assim o desejo), uma esposa dedicada que faz a comida e quem sabe, até lhe levará um copo de sumo de laranja quando ele está matraqueando até altas horas no computador. O contrário, maridos que preparam refeições também os há, mas terem a delicadeza, a preocupação de fazer um sumo, serão poucos, antes pelo contrário, pensarão: para quê incomodar? "Ela", "a minha amada" se está tão concentrada olhando para o papel e escrevendo, escrevendo sem parar, não devo mesmo interromper, sem sequer para lhe dar um beijo. Deixo isso para depois, pensará!
Há casos em que grandes escritoras são mulheres, mulheres extraordinárias que conseguiram, mesmo tendo uma família constituída. Terão por certo uma capacidade acima do vulgar e também algum dinheiro para pagamento a uma secretária que, após escrever o livro lho passa a limpo, ou após a escritora o revêr, tem quem o formate. Terá dinheiro para uma faxineira, como se diz no Brasil ou uma empregada doméstica a tempo inteiro, como dizemos em Portugal.
Também quem começou mais cedo na vida escrevendo, teve mais tempo para ser reconhecido, porque nesta época que atravessamos, cada vez há mais escritores e, como parece, não tem aumentado o número de leitores.
Hoje os jovens, na sua grande maioria, só olham a escrita através do telemóvel (do celular no Brasil), e não compram livros. Também há mais facilidade para os ler através das Bibliotecas e Clubes de Leitura que há nos Colégios, estabelecimentos de ensino, na Universidade, etc.
Quem de jovem, ou de adulto, como é o meu caso, teve outro tipo de emprego, como empresária durante tantos anos, foi protelando a escrita e hoje tem, como é lógico, mais dificuldade de se inserir na lista de escritores do seu país e muito mais difícil na lista dos escritores mundiais, porque essas listas estão cada vez mais extensas. Leia-se sobre este assunto Gabriel Zaid, "Livros de mais - publicar na era da abundância", traduzido e prefaciado pelo também escritor e maestro Miguel Graça-Moura.
A escrita é paixão, é amor, quem lhe resiste? Não eu, que já publiquei alguns livros, embora só quatro tenham o ISBN, porque há seis livros que não pedi ISBN, por inexperiência. Eles são de co-autoria com alunos meus, idealizados e formatados por mim, em alguns todas as fotos são minhas. Esses livros são dos temas que se abordam nas aulas, nas disciplinas de Estudos Africanos ou de Cultura Geral, de Poesia, de História, que leciono, gratuitamente em Universidades Sénior, DESDE 1998, por sentir que é um dever passar aos outros aquilo que me foi dado.
Parabéns pela publicação do livro para crianças. De certeza que terás muita sorte com as vendas e outros serão publicados.
ResponderEliminarObrigada pelo comentário Sami, mas o preço que paguei foi exorbitante, se tiver em atenção que além do que paguei para a publicação ainda terei de comprar cada livro para revenda a €uros5-00, portanto o meu lucro será mínimo e mal dá para os que irei oferecer (que também comprei!) E fiz um contrato de 2 anos, o que não foi de minha vontade, mas por insistência e estava a aproximar-se o prazo para os vender nesta época do ano. Mas é como dizes, a partir daqui, haverá mais visibilidade para a minha escrita, talvez.
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