domingo, 17 de dezembro de 2017

AMÉRICA - A Independência

Declaração da Independência dos
Estados Unidos da América
     Guerra de Independência dos Estados Unidos, ou Guerra Revolucionária Americana (1775–1783) ou ainda Guerra Americana da Independência, foi um conflito armado entre o Reino da Grã-Bretanha (Inglaterra) as Treze colónias que tinham na América do Norte. 
     O Dia da Independência dos Estados Unidos (em inglês: Independence Day of The Fourth of July), pela Declaração de Independência em 1776, celebra-se a 4 de julho nos Estados Unidos. 
     É o feriado mais festejado e tem forte influência no país americano, sendo considerado o dia Nacional dos Estados Unidos. 
       Na verdade, segundo reza a História, a separação legal das colónias do Reino Unido da Grã Bretanha (Inglaterra) ocorreu a 2 de Julho de 1776, quando o Segundo Congresso Continental aprovou a declaração da independência proposta por Richard Henry Lee, (do Estado da Virgínia). A partir daí o Congresso elaborou, debateu, revisou a DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA, que foi aprovada no dia 4 de Julho. 
Parece-nos muito importante transcrever aqui, retirada com a devida vénia da wikipédia,  uma carta que John Adams, que veio a ser o 2º. Presidente dos Estados Unidos da América, de 4 de Março de 1797 a 3 de Março de 1801, escreveu a sua esposa de seu nome ABIGAIL:
  ..." o 2º. dia de Julho de 1776 será o mais memorável da história da América. Acredito que será celebrado nas gerações vindouras como o maior  festival comemorativa. Esta data será celebrada como o dia da libertação através dos atos seles de devoção a Deus Todo-Poderoso. Deverá ser solenizada com pompa e paradas, com demonstrações, jogos, salvas, sinos, fogareiros e fogos, de um lado a outro deste continente, de agora para sempre"...


     Sabemos que se equivocou por pouco. O dia nacional é celebrado a 4 de julho.
     Estudiosos têm debatido sobre a publicação da Declaração de Independência, apesar de Thomas Jefferson (3º.Presidente, John Adams  (2º.Presidente  e Benjamin Fraklin terem escrito posteriormente sobre a data original. A maioria dos historiadores concluem e aceita que a Declaração teria sido assinada cerca de um mês após a sua aprovação, em 2 de agosto de 1776, e não em 4 de julho como comumente é acreditado. Mas que interessa? 

domingo, 26 de novembro de 2017

OS FOGOS E AS CHUVAS, por Celeste Cortez


OS FOGOS E AS CHUVAS


          Os fogos queimaram florestas, casas, estábulos, animais que pastavam nos verdes prados ou que apanhavam umas ervas secas para se alimentarem. Morreram carbonizadas pela ação do fogo pessoas e animais, cujo prazo de vida poderia ser muito mais longo. O ser humano, o homem, por norma deseja prolongar a sua vida. Mas o fogo que o homem inventou por necessidade para cozinhar, para se aquecer, também pode ser devorador. E foi-o, mais uma vez, nos grandes fogos que têm consumido a nossa floresta, ano após ano, e piorou neste ano de 2017, tendo morrido mais de uma centenas de pessoas.
          Veio a chuva que todos desejávamos! Chegou a água das chuvas porque todos ansiávamos, para ajudar no combate aos incêndios, para matar a sede ao homem, aos seus animais domésticos, ao gado, sendo também um potencial para a economia do país. Mas chegou tarde, é pouca  e às vezes faz estragos.

sábado, 11 de novembro de 2017

POETA - LUIZ MONIZ BANDEIRA (Brasil, Salvador 30-12-1935- Alemanha, Heidelberg 10-11-2017)

no inverno de 1981/82, como professor visitante no Instituto de Ciência Política da Universidade, o professor doutor Luiz Alberto Vianna de Moniz Bandeira, ali conheceu Margot que veio a ser sua esposa.
Para ela, dedicou coroa de sonetos, dos quais publicamos apenas um: (Luiz Alberto Moniz Bandeira - St. Leon, inverno de 2001/2000)



I



Entre o castelo e a neve na montanha,
vi tua  imagem de manhã madura,
o azul vertendo sobre tua alvura,
à luz do sol que os campos brancos banha.

A cicatriz dos tempos lá perdura
e tua imagem a paisagem entranha,
contrastando a beleza morta e estranha
que o castelo arruinado configura.

Sobre ti resvalei e assim, depois,
o intenso amor, que mesmo ao frio se ergue,
desvaneceu o espaço entre nós dois.

Que meu corpo, que sobre o teu se vergue,
viva em teu ventre para sempre, pois
perdi meu coração em Heidelberg.



ALBERTO VASCONCELOS DA COSTA E SILVA - POETA BRASILEIRO

Alberto vasconcelos da Costa e Silva, é um conhecido diplomata (embaixador), autor, historiador e membro da Academia Brasileira de Letras. Recentemente recebeu o Prêmio Camões 2014.
 É descendente de portugueses, seu pai ANTONIO FRANCISCO DA COSTA E SILVA, era natural de .
Um grande poeta que conquistou diferentes pessoas com seu jeito harmonioso de ser.. Poemas De sua cidade Amarante- Piaui, Caracterizava uma das suas obras.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Sangue (1908),
  • Elegia dos Olhos,
  • Poema da Natureza,
  • Clepsidra,
  • Zodíaco (1917),
  • Verhaeren (1917),
  • Pandora (1919),
  • Verônica (1927),
  • Alhambra (1925-1933), obra póstuma inacabada,
  • Antologia (coleção de poemas publicada em vida - 1934),

O poeta e embaixador  ALBERTO DE VASCONCELOS COSTA E SILVA, é descendente de português

Copiado da wikipédia:  
  • Antônio Francisco da Costa e Silva (Amarante)  , 28 de novembro de 1885 — Rio de Janeiro29 de junho de 1950) foi um poeta brasileiro.
    Começou a compor versos por volta de 1896, tendo seus primeiros poemas publicados em 1901. Todavia, seu primeiro livro de poesia, Sangue, somente foi lançado em 1908.
    Exerceu função pública na Presidência da República do Brasil, entre 1931 e 1945, a pedido do então presidente Getúlio Vargas. É o autor da letra do hino do Piauí.
    Pertenceu à Academia Piauiense de Letras, Cadeira 21, cujo patrono é o padre Leopoldo Damasceno Ferreira.
    Guilherme Luiz Leite Ribeiro disse que Costa e Silva era pavorosamente feio, o que influiu na sua carreira:
    "Nos tempos do barão do Rio Branco não havia concurso para ingressar na carreira diplomática, e a seleção era feita pessoalmente por ele, que conversava com os candidatos, em geral pessoas de família conhecida, de preferência bonitos e que falassem línguas estrangeiras. Antônio Francisco da Costa e Silva, ilustre poeta e pai do embaixador e acadêmico Alberto Vasconcellos da Costa e Silva, conversou com o barão sobre a possibilidade de ingresso na carreira, porém o chanceler foi taxativo: - Olha, o senhor é um homem inteligente, admiro-o como poeta, contudo não vou nomeá-lo porque o senhor é muito feio e não quero gente feia no Itamaraty..."1
    Poesias Completas
     (1950), coletânea póstuma.

HOMENAGEM PÓSTUMA A LUIZ VIANNA MONIZ BANDEIRA, À SUA PARTIDA DESTE MUNDO -

HOMENAGEM PÓSTUMA AO PROFESSOR DOUTOR LUIZ ALBERTO VIANNA MONIZ BANDEIRA (Brasil - Salvador 30-12-1935 - Heidelberg,Alemanha 10-11-2017





Obras do professor doutor, historiador, cientista político, escritor, poeta, Luiz Alberto Moniz Bandeira, que tem mais de 20 obras publicadas, entre as quais se destacam: 

  • 2005 - Formação do Império Americano (Da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque).
  • 2004 - As Relações Perigosas: Brasil-Estados Unidos (De Collor a Lula).
  • 2003 - Brasil, Argentina e Estados Unidos (Da Tríplice Aliança ao Mercosul), também traduzida e publicada na Argentina.
  • 2000 – O Feudo – A Casa da Torre de Garcia d’Ávila: da conquista dos sertões à independência do Brasil, Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 601 pp.
  • 1999 – Brasil – Estados Unidos no Contexto da Globalização, vol. II (2ª. revista, aumentada e atualizada de Brasil-Estados Unidos: A Rivalidade Emergente, São Paulo, Editora SENAC, 224 pp.
  • 1998 – De Martí a Fidel – A Revolução Cubana e a América Latina, Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 687 pp.
  • Brasil – Estados Unidos no Contexto da Globalização, vol. I (Terceira edição revista de Presença dos Estados Unidos no Brasil – Dois Século de História e Brasil, São Paulo, Editora SENAC, 391 pp.
  • 1995 - Brasil e Alemanha: A Construção do Futuro - Brasília, Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais / Fundação Alexandre de Gusmão, 1995 , 697 pp.
  • 1994 - O “Milagre Alemão” e o Desenvolvimento do Brasil - As Relações da Alemanha com o Brasil e a América Latina (1949-1994) - Editora Ensaio, São Paulo, 246 pp. Traduzida para o alemão: Das Deustche Wirtschaftswunder und die Brasilien Entwicklung, Frankfurt, Vervuert Verlag, 1995.
  • 1993 - Estado Nacional e Política Internacional na América Latina - O Continente nas Relações Argentina- Brasil - São Paulo, Editora Ensaio, 304 pp; 2ª. ed., 1995, 336 pp. 1995.
  • 1992 - A Reunificação da Alemanha - Do Ideal Socialista ao Socialismo Real - São Paulo, Editora Ensaio, 182 pp. 2ª. ed. revista, aumentada e atualizada, 2001, Editora Global/Editora da Universidade de Brasília, 256 pp.
  • 1989 – Brasil - Estados Unidos : A Rivalidade Emergente - 1955-1980 - Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 328 pp; 2ª. ed., São Paulo, Editora SENAC, 1999, 224 pp.
  • 1987 - O Eixo Argentina-Brasil (O Processo de Integração da América Latina) – Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 118 pp.
  • 1985 - O Expansionismo Brasileiro (A Formação dos Estados na Bacia do Prata – Argentina, Uruguai e Paraguai - Da Colonização ao Império) - Rio de Janeiro, Editora Philobiblion, 291 pp. – 2ª . ed., 1995, Editora Ensaio /Editora da Universidade de Brasília, São Paulo, 246 pp. 3ª ed., 1998, Editora Revan/Editora da Universidade de Brasília, Rio de Janeiro, 254.pp.
  • _____ Trabalhismo e Socialismo no Brasil - A Internacional Socialista e a América Latina - São Paulo, Editora Global, 56 pp;
  • 1979 - Brizola e o Trabalhismo - Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1ª e 2ª edições, 204 pp.
  • _____ A Renúncia de Jânio Quadros e a Crise Pré-64 - São Paulo, Editora Brasiliense, 180 pp.
  • 1975 - Cartéis e Desnacionalização (A Experiência Brasileira - 1964-1974) - Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 207 pp.; 2ª ,1975; 3ª ed., 1979
  • 1977 ‑ O Governo João Goulart - As Lutas Sociais no Brasil (1961-1964) - Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 186 pp.; 2ª ed. dezembro de 1977, 3ª, 4ª e 5ª ediçõe 1978; 6ª ed. 1983; 7ª ed. revista e aumentada, 320 pp. 2001.
  • 1973 - Presença dos Estados Unidos no Brasil (Dois Séculos de História) - Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 470 pp. 2ª ed., 1979; 3ª ed. São Paulo, Editora SENAC 1998, 391 pp.
  • 1967 - O Ano Vermelho - A Revolução Russa e seus Reflexos no Brasil - Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 418 pp.; 2ª ed., Editora Brasiliense, 1980.
  • 1963 - O Caminho da Revolução Brasileira - Rio de Janeiro, Editora Melso, 187 pp.
  • 1961 - O 24 de Agosto de Jânio Quadros - Rio de Janeiro, Editora Melso, 78 pp.
  • 1960 - Retrato e Tempo (poemas) - Salvador, Livraria e Editora Progresso, 57 pp.
  • 1956 - Verticais (poemas) - Rio de Janeiro, Serviço de Documentação do Ministério de Educação e Cultura, 44 pp.
  • A Desordem Mundial, O Espectro da Total Dominação, de Luíz Alberto Moniz Bandeira, foi lançado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, foto abaixo. 
     






sábado, 4 de novembro de 2017

CANÇÃO GRÃO DE ARROZ, por AMÁLIA RODRIGUES

Amalia Rodrigues | LETRAS:

Amália Rodrigues - Grão De Arroz

AMÁLIA NA SUA SALA 

O meu amor é pequenino como um grão de arroz, É tão discreto que ninguém sabe onde mora. Tem um palácio de oiro fino onde Deus o pôs, E onde eu vou falar de amor a toda hora! Cabe no meu dedal, tão pequenino é, E tem o sonho ideal expresso em fé É descendente de um sultão, talvez do rei Saul, Vive na casa do botão do meu vestido azul!
O meu amor é pequenino como um grão de arroz Tem um palácio que o amor aos pés lhe pôs!
Quarto que foi de AMÁLIA RODRIGUES 









Ai, quando o amor vier, Seja o que Deus quiser!



O meu amor tem um perfume que saiu da flor, É devolvido no meu lenço de cambraia. E vem falar ao meu ouvido com tamanho ardor, Que tenho medo que da orelha me caia! Soeu segredos e pôs-se a pensar, Só recebi, sorri o meu olhar! O meu amor tem um apelo que é paixão, depois, É tão pequeno como um pequenino grão de arroz!
Ai, quando o amor vierSeja o que Deus quiser!

terça-feira, 12 de setembro de 2017

LENDAS - LENDA DO PENEDO DA VÍBORA - lugar do AMEAL - OLIVEIRA DO CONDE - CONCELHO DE CARREGAL DO SAL

Lenda do penedo da víbora

lugar do Ameal - Oliveira do Conde - CARREGAL DO SAL .
A rocha insculturada apresenta um valor simbólica salientado por diversas lendas relacionadas com moiras, histórias de antigos templos e povoados. 



APL 286
Diz a lenda que outrora
Perto desta povoação [Oliveira do Conde]
Houve um castelo habitado
Por uma princesa moura
E um príncipe cristão.
Vindos não se sabe de onde
Ali se refugiaram,
Da sua grande nobreza
Egoístas e orgulhosos
Escondiam se de todos
Quantos por ali passavam,
Não pensando em mais ninguém
Só consigo se ocupavam.
Assim se passaram anos
Ate que um certo dia
Passou lá uma velhinha
Pobrezinha e mal trajada,
Que avistando o castelo
A ele se dirigiu
E aos príncipes pediu
Que lá lhe dessem pousada.
Os príncipes orgulhosos
Responderam em alta voz
O castelo é só para nós
Vai-te velha impertinente
Não te queremos aqui,
Quem foi que te disse a ti
Que aqui habita gente?”
A velhinha era uma fada
Que logo lhes respondeu:
- “Quem sois vos e quem sou eu?
Eu vou mostrar vos quem sois.
Por serdes tão orgulhosos
Vou castigar vos aos dois,
com esta vara que tenho
Nesta minha mão direita
Toda a vossa soberania
Será agora desfeita.
Muda-te em enorme víbora
- Disse para a princesa, -
E ao príncipe com dureza:
- “Muda-te num rouxinol,
Cantar as de noite e dia
Quer chova quer brilhe o sol
Em cima do arvoredo,
E o castelo que habitais
Transforme-se num penedo.”
Mal acabou de falar
Ouviu-se um grande ruído
Eles foram transformados
E o castelo demolido
No local do castelo
Logo se ergueu um penedo
Onde a víbora atava a cauda
Indo beber ao MondegoPara ouvir o seu amor
A cantar no arvoredo.
Passavam as tecedeiras
Que iam para o Mondego,
Com novelos lhe atiravam
Novelos que ela apanhava
E punha num açafate
Que tinha sobre o penedo,
Enquanto as tecedeiras
Fugiam cheias de medo.
Mas certo dia porém
Foram tantos os novelos
Que a víbora não podendo
No açafate contê-los
Começou a devorá-los
Enchendo o ventre demais
E dando um grande estoiro
Faleceu dando ais.
Assim, tudo acabou
Só o penedo ficou.
Fonte BiblioALVES, Maria da Piedade Lopes Memória e TradiçõesCarregal do Sal, DREC - CAEV coord. concelhia de Carregal do Sal, 1995 , p.26-28
Place of collectionOliveira Do CondeCARREGAL DO SAL, VISEU
Narrativa

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

POETA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - QUEM NAO TEM NAMORADO

Foto famosa da internet copiada com respeito e carinho
Quem Não Tem Namorado 
 Carlos Drummond de Andrade
          Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim* (*pastel de ovos e açucar), brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte* (*o português usa a palavra inglesa "flirt"), caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado, mesmo, é muito difícil.              Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. 
         Quem não tem namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado.
          Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. 
          Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.
  Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
        Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. 
         Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d’agua, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não  recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado.
       Não tem namorado, quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. 
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. 
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo, e quem tem medo de ser afetivo. 
      Se você não tem namorado, descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis* (*subtis) e palavras de galanteria. 
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.
            Carlos Drummond de Andrade, o poeta brasileiro
 Enfeite-se com 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

MAR MORTO - PORQUE RAZÃO TEM ESTA DESIGNAÇÃO?

 PORQUE RAZÃO O MAR MORTO TEM  ESTA  DESIGNAÇÃO?
1 – Porque morreram lá muitas pessoas?
2 – Porque tem muitos peixes?
3 – Porque tem muito sal e assim não há vida?
4 -  Porque cheira muito mal? 


MAR MORTO – Segundo a Bíblia, o  Mar Morto era lugar de refúgio para o rei David. Já no tempo do Rei Herodes, o Grande, (romano de origem Iduméia - 73 A.c. – a 1.a.C) era um “resort” de saúde. Tornou-se centro de pesquisa e tratamento de saúde, pelo seu conteúdo mineral de água, baixo teor de polén, radiação ultravioleta reduzida e pela pressão atmosférica que tem efeitos benéficos sobre a pele.
O Mar Morto era fornecedor de produtos que eram utilizados para mumificação egípcia e potássio para fertilizantes.
O Mar Morto é 8,6 vezes mais salgado que o Oceano. Esta alta salinidade impede os organismos aquáticos, peixes e plantas de viverem nele. Porque os peixes ficam impossibilitados de procriar, daí o seu nome: MORTO.
O Mar Morto tem 67 quilómetros de comprimento, 18 de largura no ponto mais largo. É alimentado pelo Rio Jordão que banha a Jordânia e Israel.  
Veja a foto acima do Mar Morto. Veja a foto abaixo de uma praia do Oceano Atlântico. Enquanto o Mar Morto não é navegável, no Oceano Atlântico os barcos navegam e as pessoas podem banhar-se nas praias.  

Foto da autora do blogue: Portugal - Vista entre Cascais e Lisboa

quinta-feira, 15 de junho de 2017

BATMAN - ADAM WEST (1928-2017) O HERÓI FALECEU HOJE


BATMAN
(Adam West, 1928-2017)

Foi nossa grande ilusão
da infância que se prolongou
até ao sentir-nos cair as asas
que o morcego abrigava
sobre o homem.
Se os outros nos abandonavam
o Batman chegava
e em nossa imaginação
brilhava sua coragem, como se o triunfo
estivesse ali na esquina...
Agora a imagem se foi, 
com o sonho e esta louca idéia
de que tudo na injustiça
pode se mudar de tom.
As asas do Batman
eram falsas e voltaram
para o pobre animal
escondido no sótão.
           Teresinka Pereira

...............................


BATMAN
1928-2017
He was our great illusion
of childhood that lasted
until we had the feeling that
the bat's wings which 
protected the man, fell down.
If the others, abandoned us
in trouble, we could
count on Batman, and in
our imagination,
triumph was right
at the corner.
Now his image is gone
and also this crazy idea
that all injustice can be
changed into justice.
Batman's wings
were fake and returned
to the poor animal
hidden in the attic.
Teresinka Pereira
................




sábado, 22 de abril de 2017

MUROS FLORIDOS

Foto número 1


          Estive uns tempos sem publicar, pela simples razão de que não conseguia abrir a página do blogue.  
Hoje, até que enfim, consegui!


Foto nº.2 
          Tenho alguns artigos para publicar, mas com um dia tão bonito, onde o sol brilhou, andei a passear por diversos lugares, tendo assim tido oportunidade de tirar algumas fotos de lugares especiais, para dedicar aos meus seguidores e aos meus leitores. 
Gostaria que no final do artigo deixassem a vossa opinião sobre as fotos a que pus o título: 
MURAIS FLORIDOS:  
     Na foto nº. 2 - É de um muro enfeitado, onde, nesta época do ano na Europa, se vêem "clívias" em flor. É, como pode verificar, uma flor de cor laranja bem forte. Neste muro, pendurados, alguns vasos com plantas. 
Foto nº 3 - Photo number two
E vamos prosseguir com mais uma foto do título MURAIS FLORIDOS:
Sabe que flor é esta? Em cachos, quase sempre de cor lilás. Mas sei que há também em branco. 
Fico à espera que diga o nome, escrevendo-o abaixo no lugar dos comentários. 
Mas não desespere, voltarei para escrever os nomes destas plantas floridas, tão lindas, que enfeitam alguns muros do local onde vivo. Gosta? 
Acha que escolhi demasiadas plantas com flores da cor lilás? E não são jacarandas. 
Despeço-me por hoje. Até breve. 

   

sexta-feira, 24 de março de 2017

BLACK MOTHER - NOVEL- AUTHOR CELESTE CORTEZ


"BLACK MOTHER" in the culture of Mozambique

The author reveals through the writing, a deep knowledge of Mozambique, its people, traditions, their language and dialects, folklore, their songs and dances, customs and practices in the life of the natives, the tribe, the family and in everyday life.
It is the work of one who thoroughly understands the "spirit" of the black men and women born in Mozambique, and that leads to interesting situations as the evolution of youth, the relationship with the "boss", the love intrigues, their belief in God or in their "gods".
In every page and in every chapter, this book puts us in the presence of the people of the tribe, with their traditions, their relationship with the "whites" - including military - primitive art, the meaning of the drumming drums, the marimba and traditional dances in times of joy or sadness.
The author Celeste Cortez, a member of the Academy of Arts and Letters, poet, writer, lecturer, currently Senior Professor at the University of Sintra, succeeded, with great art and ingenuity, to translate her deep knowledge of the natives, the culture of Mozambique and its evolution, in this excellent work that is "Black Mother", in which every chapter, excites us, sharpens our curiosity, because this is a live picture of a culture closely tied to Portugal,  to our language and to people with whom we co-existed, we exchanged knowledge with and were strongly bound to.
"Black Mother" is more than a romance, which contains the analytical study of the civilization of a people to whom we will be forever linked.


domingo, 19 de março de 2017

DIA DO PAI - 19-03-2017


AO PAI: ARTUR CORTEZ SOARES DE ALBERGARIA DE CAMPOS SILVA. 
AO PAI: ANTÓNIO SILVESTRE DOS SANTOS AMARAL: 

O seu coração foi firme 
e compreensivo
a orientar-nos nos longos caminhos cheios de ciladas,
As suas mãos foram serenas e
doces a amparar-nos 
na vastidão das metas
conquistadas,
Os seus exemplos fizeram crescer
as qualidades dos seus filhos;
Com amor viu os seus defeitos
que ajudou a corrigir com
carinho. 
Que o nosso coração seja bom,
 benévolo, compreensivo como
foi o seu
E que do Céu continue a abençoar-nos.
Aquele abraço dos filhos Celeste, Nelson e Tó


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