A escritora Celeste Cortez discursando na ALA - ACADEMIA DE LETRAS E ARTES |
Foto da internet |
A Educação dos refugiados é "questão de segurança" e as migrações devem tornar-se numa opção e não em atos de desespero.
António Guterres, referiu que a globalização criou tremendas desigualdades pelo que terá de haver programas de recolocação muito melhor dos que os atuais, havendo necessidade de mais solidariedade entre os diferentes estados.
Com os meus parabéns a ANTÓNIO GUTERRES e votos de muita capacidade e cooperação internacional para resolver estas graves necessidades, publico o meu poema , para que ninguém esqueça o que se tem passado e continua a passar-se...
"QUE NÃO HAJA ESQUECER"
QUE NÃO HAJA
ESQUECER , Celeste Cortez, protegido pelos direitos de autor.
Os humanos, os
culpados
Mais uma vez desiludiram a
esperança
De um mundo
melhor.
Choremos de vergonha:
Pelos
migrantes que sofreram, que foram torturados,
Os que
ficaram pelos caminhos que iam percorrendo
E pelos
mares sepultados
- Quem
assistiu sereno, podendo algo fazer
para
ajudar os migrantes?
Quem?
Quantos?
Quem foi
comparsa?
Quem
assistiu impávido:
À amargura da fome,
À
tortura,
Ao sangue
derramado
Ao
desmoronar das esperanças dos migrantes
Que fugindo da guerra
Queriam a
paz nesta terra que é de todos?
Revoltemo-nos pela impunidade
Dos que
não tiraram a máscara da crueldade
Dos culpados de tamanha desgraça
- Que tirem
a máscara!
Que tirem
a máscara!
Perderam a batalha das
atrocidades,
Que se deem por vencidos.
Quem venceu,
Quem tem direito a uma
coroa de louros a receber no pódio mais alto,
Quem ascenderá a um lugar
cimeiro na terra dos escolhidos
Serão os migrantes que sofreram
Os que foram torturados
Os desgraçados
Os que ficaram sepultados no mar
As
lágrimas tardias dos traidores – se vierem –
Servirão para apagar as cinzas da sua memória de cobardes
Mas que
não se apague a memória da humanidade
Pelas centenas de milhar,
Pelos milhões de almas
Que sofreram a miséria humana dos migrantes
Nem um ramo de mil flores
Nem um cartão tarjado de luto com palavras de pesares
Nem o desespero do resto da humanidade
Poderá repor os que caíram
E faziam parte deste tempo que passa
Deste tempo de viver.
Que não se apague da memória da humanidade
Que não haja esquecer.
Celeste Cortez
Deixe os seus comentários ao poema acima, por favor. Escreva no final desta página com o respeito que ela merece. Antecipadamente grata deixa um abraço de felicidade para todos os leitores.
Deixe os seus comentários ao poema acima, por favor. Escreva no final desta página com o respeito que ela merece. Antecipadamente grata deixa um abraço de felicidade para todos os leitores.
Parabens ao Antonio Guterres, nao sera decerto uma tarefa facil! Cada vez ha mais gente deslocada devido a guerras, pobreza, falta de agua e alimentos...
ResponderEliminarTera que haver mais solidariedade entre as grandes nacoes do mundo!!