“A vida é uma
escola onde são mestres as vivências” (Taniguchi).
Uma incómoda ferroada. Mas foi ferroada de formiguinha. e não de abelha. |
Olhei-a
interessado, com a curiosidade de quem descobre um fenómeno novo e deixei-a
deambular livremente sobre o meu braço. Que prodígio! Um ser tão minúsculo e
tão perfeito. Como é apaixonante verificar que aquela “máquina” pequenina
realiza todas as funções vitais. É autónoma, dispensa geradores, fios,
transístores e toda essa “tralha” inventada pelos homens. Havia ali um Universo
de Vida.
Mergulhei
depois numa reflexão sobre a inevitabilidade da natureza divina da Criação.
Tanta beleza, tanta maravilha, meu Deus! Tudo ajustado, tudo perfeito, tudo
belo. Pensei na policromia das flores, na rudeza agreste das montanhas, na
luminosidade resplandecente do Sol, na vasta extensão líquida dos oceanos e na
forma mais acabada que a Natureza atingiu: o Homem.
O Homem esse
privilegiado ser inteligente, tão bem dotado e, apesar disso, tão infinitamente
imperfeito.
Meditei, em
seguida, nas grandes limitações humanas. Julgamos possuir todo o poder do Mundo
e, afinal, não passamos de uns fracos e falíveis mortais. Eu próprio, naquela
altura, aprontava-me para, violentamente, roubar uma vida, E dá-la? Eis a
realidade: temos o poder de a destruir, falta-nos a faculdade de a criar.
Perante esta
evidência a nossa bandeira, o nosso hino devia ser o da preservação.
Infelizmente, não é. Insensatamente vamos destruindo o nosso belo planeta:
poluindo, desertificando, queimando, extinguindo espécies, degradando o
ambiente, matando-nos uns aos outros, sem sequer alcançarmos que estamos
contribuindo para o nosso suicídio. Dizem os irresponsáveis: mesmo neste ritmo
levará séculos! Mentira: o suicídio colectivo já começou há muito,
Ou os homens aprendem a amar-se, a compreender-se, a viver finalmente para o Homem e para a Natureza |
É preciso
parar, dizer basta! Basta de poluir os rios e as ribeiras; de queimar
selvaticamente toda a nossa floresta; de encher a atmosfera de gazes tóxicos;
de contaminar os nossos alimentos; de destruir a Natureza. E urgente deter esta
funesta caminhada para o fim, hoje, imediatamente e para sempre. Ou os homens
aprendem a amar-se, a compreender-se, a viver finalmente para o Homem e para a
Natureza ou os homens desaparecerão, todos, e todos juntos.
É imperioso inverter a marcha demoníaca para
o suicídio. É preciso converter as armas da morte em Obras de Vida. Menos
foguetões e mais hospitais. Menos bombas e mais escolas. Menos metralha e mais
pão. Menos soldados e mais empregos.
Basta, digo
eu!
Carlos Brandão de Almeida
Vale a pena ler isto e, acima de tudo, meditar sobre o seu conteúdo.A Humanidade precisa de ser acordada para uma realidade ignorada ou, pior ainda, menosprezada.
ResponderEliminarObrigado pela visita Este meu amigo escreve muito bem. Há no meu blogue mais artigos dele, sempre com um fundo de verdade.
ResponderEliminarA propósito, porque não escreves também para o blogue? Os artigos ficam com o teu nome, claro.