SANTO NATAL
– FESTAS FELIZES – NOVO ANO COM SAÚDE E PAZ
NA TERNURA DO PRESÉPIO, Celeste Cortez – no livro “L. de E”.
Na ternura do presépio, pequena e
rústica manjedoura, o Menino, sua Mãe e José.
Sua Mãe, a jovem Maria de Nazaré, contempla-o com a dor de o ver num
berço de palha, mas com o Seu Amor para além de toda a dor. Olhos meigos de
ternura, contempla-O enlevada. Sonha sonhos
de mãe para aquele filho pequenino que o Senhor Deus lhe confiou.
Sagrada Família pintada em marfinite por Celeste Cortez |
Jesus dormindo pareceu sorrir.
Ali, naquela simples manjedoura, existe paz, a paz de Deus.
Olhem! Olhem! As palhinhas do berço do Menino parecem
brilhar,
Maria escuta o seu levíssimo respirar;
Mexe-lhe num dedinho do pé para o acariciar;
Os animais deitam o seu bafo para o aquecer
No deserto de rija terra ouve-se uma fonte a
borbulhar;
Dela brotando cristalina água para quem
precisar de se saciar;
Vê-se uma flor lentamente a desabrochar,
parecendo querer nela o Menino embalar;
De um pequeno arbusto tosco, foram
despontando verdes ramos,
Com um passarinho amarelo a baloiçar;
cantando uma melodia especial para o recém
nascido encantar.
Pássaros lá fora voam baixinho
querendo adorar aquele anjinho.
Algum passarinho mais atrevidote dizia no seu
gorjear :
Poderei vir todas as manhãs acordar-te
cantando? Poderemos juntos brincar?
Nos
rosmaninhos silvestres que nunca tinham florido, passaram a florir botõezinhos
da cor do manto de Maria Virgem Mãe. Beleza de encantar!
E Ele - o Menino de Maria - que mal se ouve
respirar…
Preocupada, como qualquer mãe, Maria pega-lhe docemente
com aquela ternura de Mãe no olhar…
As estrelas no céu ficaram mais brilhantes.
Ouvem-se Anjos cantando hinos maviosos, não
só de adoração a Jesus, mas para chamar os pastores para virem ver o Menino,
para O adorar.
Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos
homens de boa vontade.
Mas os homens nem sempre são de boa vontade.
Esquecem-se facilmente do seu semelhante. Nem sempre é Natal.
O poema Natal é quando um homem quiser, do
saudoso poeta português Ary dos Santos, ilustra como muita gente se esquece do
seu semelhante:
Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
Tu que dormes a noite na calçada de relento, numa cama de chuva com lençóis feitos de vento |
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Se Natal é sempre quando um homem
quiser… vamos fazer para que todos os dias seja Natal. Lembremo-nos da ternura
do presépio, do amor de Jesus a todos nós. Então os Anjos cantarão Glória
a Deus nas alturas e Paz na terra a todas as criaturas.
Celeste Cortez
autora dos livros: O Meu Pecado, Mãe Preta, Cântico de Palavras, “L. de E”, no prelo, participação no O Livro das Aldravias II e outros.
autora dos livros: O Meu Pecado, Mãe Preta, Cântico de Palavras, “L. de E”, no prelo, participação no O Livro das Aldravias II e outros.
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