O dia
em que caiu granizo nas terras belas do
meu
país (20-01-2008), por coincidência dia do aniversário
do casamento de meus saudosos pais
Através
do vidro transparente da cortina que existe na minha imaginação, vejo cair o
granizo no negro asfalto, pintando-o de branco, com brilhantes redondos a
saltitar e diamantes a cintilar. É um espectáculo maravilhoso e incrível, olhar
o céu cinzento e pesado, deixando cair diamantes leves, cintilantes, e
brilhantes redondos saltitantes, que nos foram oferecidos, sem peso nem medida.
Apetece-me
correr para os apanhar. Mas há que esperar, não me precipitar. Aprendi que
nem tudo que luz é ouro. Não se deve correr atrás de uma quimera.
Digo
à minha mente para retroceder. E recomeçar.
Olho de novo: Através
do vidro transparente da cortina que existe na minha imaginação, vejo cair o
granizo. É um espectáculo horroroso olhar o céu cinzento e pesado, deixando
cair pedras que não são diamantes cintilantes nem brilhantes redondos
saltitantes. O som, faz doer a minha alma e sangrar o meu coração, ao ouvi-las
cair na laje de mármore da campa dos meus mais remotos antepassados, dos meus saudosos avós, dos meus pais e do meu irmão Fernando…
… Logo hoje que meus
pais faziam anos de casados, e os Anjos da terra, não puderam voar até ao céu
por que este estava cinzento e pesado, para lhes levarem um bolo feito por mim,
com pedaços de ternura e de amor, salpicado de brilhantes saídos do meu coração
e enfeitado com diamantes que irromperam dos meus olhos.
Mas os Anjos do Céu tinham-lhes preparado uma festa especial.
Consegui ver a mesa
enfeitada através do vidro transparente da cortina que existe na minha
imaginação.
Celeste Cortez –
20-01-2008
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