Com a devida vénia transcrevo do jornal "Folha de S.Paulo":
A autora do blogue "Letras à solta" - http:// www.celestecortez.blogspot.com/ dizendo o poema do grande autor Moçambicano - Eduardo White - "Despedida a Malangatana" |
Ler autores clássicos, como Shakespeare, William Wordsworth e T.S. Eliot, estimula a mente e a poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool publicado nesta terça-feira (15) de Julho de 2013.
Especialistas
em ciência, psicologia e literatura inglesa da universidade monitoraram a
atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos
clássicos e depois essas mesmas passagens traduzidas para a "linguagem
coloquial".
Os resultados
da pesquisa, antecipados pelo jornal britânico "Daily Telegraph",
mostram que a atividade do cérebro "dispara" quando o leitor encontra
palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage
quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano.
Esses estímulos se mantêm durante um tempo, potencializando a atenção do
indivíduo, segundo o estudo, que utilizou
textos de autores ingleses como Henry Vaughan, John Donne, Elizabeth Barrett
Browning e Philip Larkin.
Os especialistas descobriram que a poesia "é mais útil que os livros
de autoajuda", já que afeta o lado direito do cérebro, onde são
armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e
entendê-los desde outra perspectiva.
"A poesia
não é só uma questão de estilo. A descrição profunda de experiências acrescenta
elementos emocionais e biográficos ao conhecimento cognitivo que já possuímos
de nossas lembranças", explica o professor David, encarregado de
apresentar o estudo.
Após o
descobrimento, os especialistas buscam agora compreender como afetaram a
atividade cerebral as contínuas revisões de alguns clássicos da literatura para
adaptá-los à linguagem atual, caso das obras de Charles Dickens.