domingo, 11 de dezembro de 2011

O presépio

Nos apartamentos de peaquena dimensão,
poderá colocar-se uma imagem da Sagrada Família
em cima de um móvel, rodeando-a de pinheiro natural
ou imitação do pinheiro da árvore de Natal.
Imagem em marfinite pintada por mim (se tivesse
um banho de tinta dourada (ouro-velho) antes
da pintura das cores, teria imitado imagens sacro
(como nas igrejas).
                       O PRESÉPIO


          O presépio parece ter sido inspirado nas esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis.
          A tradição católica diz que em 1223, S. Francisco de Assis, quis celebrar mais realisticamente, tendo pedido permissão ao Papa.
Montou um presépio em palha, com imagens do Menino, da Virgem e de José, provavelmente as maiores imagens que tinha na sua igreja.
Para lhe dar a maior realidade colocou-lhe o burro, as ovelhas  e outros animais vivos.
           E ali, em frente à Virgem com o Menino e  S. José, protegidos do frio com o bafo dos animais, Francisco de Assis, mais tarde santo, celebrou a missa de Natal.
     
            Digam se não era um santo cheio de  imaginação!

          Começou então no mundo católico a copiar-se o presépio, dando-lhe um lugar de destaque em casa, pelo que, não sendo possível levar para dentro de casa o burro e outros animais vivos, estes foram substituídos por imagens de barro e de outros materiais. 
          O presépio deve ter começado nas casas nobres, porque mais endinheiradas e maiores, com possibilidade para ter um lugar especial para o presépio. Passou pelas casas ricas e destas foi sendo copiado, com o tempo, nas casas mais pobres.
          Mas o ser humano tem muitas possibilidades sendo uma delas a imaginação. Assim, com a tal imaginação, foi fazendo presépios com outros elementos circundantes. Foi a imaginação que copiou o presépio para o desenho, para a fotografia, para o papel, para os cartões de Natal que se enviam tradicionalmente, mas,  parece estar a perder-se esta tradição.
          Na casa de meus pais, recordo-me que a mesa de jantar, bastante grande, se encostava ao canto da sala e dali, com caixotes e cartões, dava-se-lhe o prolongamento e a inclinação necessária, revestindo-se tudo de papel pardo que se tinha pintado antecipadamente imitando a verdura da serra, dos campos, dos vales. Até pequenos regatos, ribeiros e lagos havia, que se faziam com espelhos rodeados de musgo e areia. Viam-se plantas reflectidas na água dos lagos - eram vasos com plantas vivas, revestidos do papel que imitava perfeitamente as encostas dos lagos naturais. 
          A árvore de Natal enquadrava-se na paisagem. Num vaso grande no chão, também ele coberto do tal papel pintado, a árvore verdadeira, ia iluminando o caminho por onde iam caminhando os reis magos e mais abaixo os pastores.  
          E não ficávamos sem mesa de jantar, não. O Natal não é no tempo frio em todo o globo. Ali, era calor. Sabia tão bem comer numa varanda aberta. 
         
          Aproveito a oportunidade para desejar que cada menino saiba o que é um presépio, uma tradição que se está a perder em favor da, também já tradicional árvore de Natal, que não deixa de ser bonita, principalmente quando reune toda a família para a enfeitar ... e depois da época para arrumar os seus enfeites ... mas a árvore cooabita perfeitamente com o presépio. Nos apartamentos com dimensões pequenas, não se podendo fazer um presépio grande, poderá ao menos haver uma Virgem com o Seu Filho e S.José, como a gravura.  
  

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