domingo, 15 de agosto de 2010

BATALHA DE ALJUBARROTA - 14 DE AGOSTO

BATALHA DE ALJUBARROTA - 14 DE AGOSTO

Lembrei-me da Branquinha que hoje faz anos. Telefonei mas tinha saído para compras. É hospedeira da Tap . Conversei com uma amiga que estava lá em casa a tomar conta da mãe D. Maria Jorge Serra. Como o tempo passa, a senhora lembrou-me que a minha boa e querida amiga D. Maria Jorge, de quem, desde pequenina me lembro, já tem 92 anos. Hoje vejo que é bem parecida com a prima, embora esta com outro tom de pele e cabelo Drª. Maria de Jesus Barroso.
Pequenina a D.Maria Jorge, cabelo muito preto, muito encaracolado, de bata branca, sempre de bata branca. Viviamos paredes meias com ela. Na mesma casa que tinha sido uma vivenda onde murou seu cunhado Armando Nunes, dono da Sociedade de Agências, empresa grande que vendia automóveis, noMaquinino, onde meu pai era guarda-livros. O Sr. Serra trabalhava no escritório, era meio-irmão do Armando Nunes. Também lá trabalhava o filho do Armando, Júlio que veio a casar com a Marlene. (A ultima vez que a vi foi em Dezembro num almoço dos Beirenses, em Oeiras.)

Meus pais e o casal Maria Jorge/Sr.Serra, repartiam a casa, para não custar tanto a pagar. Na Beira, devia ter sido nos anos 1955/1956 as casas eram caríssimas. Por isso a Branquinha pode dizer que minha mãe, velava para que a empregada fizesse tudo correcto. Depois da menina arranjadinha, minha mãe ficava a ver a empregada seguir até entrar na Casa de Saúde, quando esta era próximo da nossa casa, na esquinha do Jardim em frente ao S. Jorge (ao lado do Colégio Luis de Camões), na rua do Campo de Basquetebol do Sporting. Só no ano seguinte, nós arranjámos uma casa maior, também em frente ao mesmo jardim, entre o Colégio das Méres e o S. Jorge. A D.Maria Jorge, Sr. Serra e Branquinha foram viver em frente ao Jardim do Bacalhau, do outro lado da casa do Jeorel de Carvalho, pai do nosso grande amigo João Carvalho das Neves, que foi campeão de Moçambique de tiro aos pratos. Gente que nos deixou saudades.

De toda esta gente, só a D. Maria Jorge, a Branquinha e a Marlene ainda vivem. Filha da Armanda é a Céu Portugal, que encontramos nos almoços dos beirenses.

E aqui fica a minha homenagem, a pessoas da Beira.
-Moçambique.

Como eu disse numa entrevista que foi publicada no Diário de Moçambique, talvez quando eu tinha 15/16 anos, sou beirã (da Beira Alta) por nascimento e pelo coração, sou beirense por amor e gratidão.

Afinal coração e amor, amor e coração, é a mesma coisa.



Pela parte do marido, o Sr. Serra, era tia do Julio Nunes e da Armanda Nunes e de outros. Do saudoso Manel, o mais amável dos primos. Pois. É isso. Tinha de morrer cedo, porquê? Ainda me lembro quando estivemos com ele, na sua casa em Joanesburgo, ao virmo-nos embora disse: até sempre. Manel, tu sabias que tinhas um cancro, será que tinhas esperança de fugir, de escapar àquele monstro? Não conseguiste Manel, como não conseguiram outros. Um dia, um dia, aquele cancro morrerá para sempre, não incomodará mais ninguém. E não virão outras doenças graves, não. Nós vamos viver e alimentarmo-nos, evitar o stress na nossa vida, de maneira que as doenças nem se aproximarão de nós.

Era enfermeira da Casa de Saúde da Beira-Moçambique. Era conhecida em quase toda a Beira, se não em toda a cidade. Depois das horas, era chamada para dar injecções aos meninos de toda a gente, sempre que eles precisavam.
Merecia, sempre mereceu ter mais descanso, mas a vida tem destas coisas.

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