quarta-feira, 30 de março de 2016

JOSÉ PÁDUA - O PINTOR - FALECEU ONTEM. O funeral é hoje Ler as indicações, lendo o artigo.



Pouco passa da meia noite do dia 29, dia em que José Pádua, o grande pintor que nasceu na Beira, Moçambique, faleceu. (Fotos de quadros seus neste blogue, procurando pelo nome: José Pádua

O pintor nasceu a 13-05-1934, na cidade da Beira, na época a 2ª. maior cidade de Moçambique.

Conheci José Pádua na Beira, conheci sua esposa e sua sogra.
Tó Cortez (meu marido) eu e José Pádua
Quando eu e meu marido nos voltámos a encontrar com ele, em Portugal, já eramos todos "cocuanas", o que quer dizer, em palavras para suavizar a palavra moçambicana, que já nenhum de nós era jovem.

Nessa altura tirámos uma foto juntos que publiquei no facebook, isto em 2010.

Em 2011, pensei homenagear José Pádua, o artista, mas homenageei o José Pádua POETA, publicando um poema seu. Um poema de saudade. Saudade da sua terra, da sua Beira, terra de Moçambique.


A CASARIA E O ELÉCTRICO
Em Fevereiro deste ano voltei a pensar nele para lhe fazer uma homenagem. Uma homenagem ao homem das Artes, uma homenagem à sua pintura. Fiz o artigo diretamente neste blogue, como é costume. Juntei-lhe algumas fotos dele e algumas fotos de quadros seus. Contactei-o no entanto para lhe pedir não só autorização mas outras fotos suas, e fotos de outras pinturas. E para o propôr para uma Academia de Artes. Foi sua filha que me respondeu dizendo que ele estava hospitalizado, que sorriu quando lhe falou de mim e de meu marido.
          Não o fomos ver. Não sei se fiz bem ou mal, mas achei que não tinha esse direito, ele não estava com saúde para conversar com pessoas que, embora conhecesse, não eram amizades intímas.
Ontem à noite, ao dar uma vista de olhos nas notícias que aparecem no google, vi - apenas vi - o nome de José Pádua para saber que ele tinha partido. Tinha chegado a sua hora.
          Peguei nas fotos que tinha de obras suas de pintura. Analisei-as mais profundamente do que nunca. Tinham um traço leve, pintura leve, mas mais não era nem é preciso para se ver o génio do artista, apesar de eu não pretender, por não saber, falar da sua obra. Ao abrir o google, sem procurar, veio parar debaixo dos meus olhos palavras especiais do seu amigo e grande escritor moçambicano MIA COUTO, como ele nascido na Beira, terra onde vivi precisamente um quarto de século.
          
         Deixo aqui um pequeno extracto das grandes palavras de MIA COUTO na apreciação da pintura do seu conterrâneo e nosso comum amigo grande pintor JOSÉ PÁDUA:
    ..."Pincelada breve, magra, sugerindo apenas a forma e indicando a cor. Nas linhas do pintor moram lugares da minha infância, os subúrbios dessa meninice, a Munhava... Aqui parei. É que também morei neste bairro, embora por menos de um ano, quando tinha os meus 13 anos de idade. Lembranças acorreram. Recordações de saudade. 
          E Mia Couto continua na sua apreciação da pintura do grande JOSÉ PÁDUA ... " os meninos brincando com arcos, os pescadores esguios, as mulheres carregando água como se elas e o cântaro fossem um único desenho.


Não pude deixar de pensar no meu poema "Mãe Preta", que ganhou o 2º. prémio na Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil, na comparação das mulheres carregando o cântaro. Deixo aqui a 4ª.estrofe do poema:  

Madrugada no lamacento caminho com lata d’água à cabeça já vem
Filho com amor aperta, olhos doces sonhando “sonhos de mãe”
Fogueira acende. Panela ao lume dos restos que no pilão havia.
A teta acaricia: Sorri com esperança para o filho que no colo tem.

E Mia Couto, na sua apreciação da pintura do grande José Pádua, termina: "Na pintura de Pádua... E um rio que poderia ter o nome de Punguè. Sim podia, acrescento eu, o nosso famoso Rio Punguè, que qualquer de nós atravessou algumas vezes. 

A JOSÉ PÁDUA, ao pintor, ao homem de bem, aqui presto esta singela homenagem. E um dia voltaremos a encontrar-nos.  À Adelaide sua esposa, que espero estar com ela amanhã, com um grande abraço os meus sentidos pêsames. E a sua filha, com quem falei através de mensagem no facebook em Fevereiro e a sua neta a quem deixei os meus pêsames, aqui lhes deixo um abraço, esperando renová-lo pessoalmente ainda no funeral, que será hoje, 4ª. feira, MISSA àS 15 HORAS NO SALÃO NOBRE DA CÂMARA MUNICIPAL DA AMADORA. A SEGUIR O FUNERAL SERÁ NO CEMITÉRIO DE CARNAXIDE. 

sexta-feira, 25 de março de 2016

poeta - JOÃO COELHO DOS SANTOS - SONHEI COM CRISTO

JOÃO COELHO DOS SANTOS *

SONHEI COM CRISTO
  

Num sonho, muito distante, voei
Para bem longe, no tempo e no espaço.
Com bordão de viagem e cabaça de água
Peregrinei por essas terras além.
Meus passos me levaram até Jerusalém
E pude sentir a frescura
Dos palmares de Betfagé,
Tocar um fresco fio de água
Que jorrava da fonte de Siloé.

Segui às torres Hípica, Mariana e Farsala,
Ao Pátio dos Gentílicos,
Ao Hiéron, a casa de Jeová,
E olhei ao redor, na Torre Antónia.

Mercavam-se brocados da Babilónia
E, no Templo, vi o Messias de varapau,
Zangado deveras, a escorraçar os vendilhões
E vi  mercadorias aos trambolhões.

Enquanto um vento triste visitava ruínas
Ao redor de El- Kurds, da Jerusalém,
Vi a Torre das Fornalhas, a Porta de Efrain
E mesmo o túmulo de Raquel, perto de mim.

Reconheci  Osanias, rico saduceu,
Membro de sanedrim, de joias finas e véu,
E Cláudia, mulher de Poncius,
Que costumava subir, envolta em seu manto,
Ao terraço dessa Torre para ouvir, com espanto
E encanto, pregar o rebelde,
O Rabi Jesuchoa Natzarieh.

Próximas, vi Magdala, Joana, e outra Maria,
Susana e a mulher do poço de Samaria.

Uma praça escaldava ao sol.

Ouvi o povo eufórico a exultar
Porque o Rabi Jesuchoa,
Primo de Iokanan, que antes O batizara,
Fora preso em Betânia.

Vi atarem-Lhe os pulsos com uma corda
E Sareias a acusar que O ouvira dizer
Descendente da Casa de David, ser,
E que destruiria o Templo e a Lei,
Embora deste mundo não fosse Rei.

Nesse meu sonho ainda vi
Que, por ter ficado em silêncio, pasmado,
Também às acusações de Hannan,
Foi violentamente esbofeteado.
O meu reino não é deste Mundo!
“Eu sou a verdade e a vida” – ouvi.
Vertia tédio o magistrado Poncius Pilatos,
Que fora prefeito de Batávia,
Disse não Lhe ter achado culpa
E que não passava de um simplório primário
Cujo crime singelo era o de ser visionário.
Escolhei, clamou, quem quereis que liberte,
Jesuchoa ou Barr – Abbas
Que matou um romano legionário
Nas proximidades de Xistus?

Vendilhões e prostitutas gritavam
Por clemência a Barrabás.
O ansião Rabi Robão solene afirmava:
Antes sofra um homem que um povo!
Pilatos, o sanedrim, as mãos lavou
E, crucificar Jesus, então mandou.

Porque se dizia Rei e os reis são coroados,
A ornar-Lhe a cabeça, por escárnio
Uma coroa de espinhos do nabka,
Instrumento de doloroso martírio,
Lhe colocaram até sangue escorrer,
Como agravo para tão grande ultraje,
E iniciou o longo e sangrento Calvário.
Foi de sangue o suor de Cristo e seu sofrer.

Numa fenda da rocha se ergueu
A cruz do nazareno.
Ladeiam o “perigoso” Jesus, no momento fatal,
Outros condenados ao martírio da cruz:
Um ladrão de Betebara, estrada de Siquém
E um temível assassino de Emath.
Saciaram os judeus um ódio sacerdotal.

No erguer da cruz mais se rasgaram
Suas inocentes e divinas carnes.
Terá sido a suprema dor do meu Senhor.
Cristo recusou o vinho de Tharses,
O vinho da misericórdia,
Que O poria inconsciente, sem dor.

Legionários descansaram, ao sol-poente,
Lanças de pontas faiscantes.
Pareceu-me ver uma mágoa
Misericordiosa no olhar de Cristo.

“Pai, porque me abandonaste?
Perdoai-lhes, que não sabem o que fazem!”

Um cão abriu a goela e ganiu.
Um grito varou o ar, tremeram astros no céu!
Choros e lágrimas de Maria morriam no pôr-do-sol
Palpitaram estrelas e lua…
Soltaram-se gemidos de contrição
Que fizeram gelar meu coração!
Na cruz arrefecia o maior amigo do homem
E o povo divertia-se, ria e aplaudia,
Enquanto se apagava a mais pura voz do amor.

O Rei dos judeus e de todos os pobres,
Morreu no madeiro dos condenados,
Enquanto impávidos, os legionários
Jogavam as vestes do Santo aos dados!
Na hora do desmaio empalidecido das estrelas
José de Ramata reclamou o corpo para o sepultar.
Ao terceiro dia, Jesus ressuscitou.

Uns O escutaram e O seguiram,
Outros O perseguiram e assassinaram.
O Emanuel pagou com a vida a sua rebeldia
E o mundo não mais foi igual a partir desse dia.
Ateou-se o fogo nas searas servis,
Adormecidas e escravas
Dividiram-se pai e mãe, filho e filha,
Na liberdade de O aceitar ou rejeitar.
E, mais do que nunca, não se entendem
Saduceus, soforins, escribas e fariseus.

Perdido no tumulto dos meus pensamentos,
Estremunhado e cansado, acordei.
No meu sonho, testemunhei
A Páscoa da Paixão do meu Senhor.
Por nos amar de mais, Jesus
Foi morto, como ladrão, na cruz
E nós, não O sabemos amar
Como Ele nos amou!
Na clareira luminosa da minha Fé
Sonhei e mais um horizonte se projetou.

do livro
70 - SETENTA - 70
 lançado dia 23 de junho de 2014 
nos Paços do Concelho de Lisboa
(reprodução do poema autorizada, desde que referido o nome do autor)



 * o Poeta João Coelho dos Santos,  foi proposto por mim e aceite como membro da 

ALA - ACADEMIA DE LETRAS E ARTES, PORTUGAL.

tem mais de 40 livros de poesia e teatro publicados. 

POESIA - LIVRO III - FELIZ PÁSCOA 2016

 VOTOS DE FELIZ PÁSCOA
PARA SI E SEUS FAMILIARES NESTA PÁSCOA DE 2016:

Páscoa, ressurreição
como forma de renascimento
em tempo de mudança,
para que a humanidade
se entenda
numa comunhão fraterna.

Abraão, - patriarca dos judeus –
seguindo a chamada divina,
abandonou a sua terra
em busca de Canaã,
a terra prometida
 aos que seguissem o único
e verdadeiro Deus.

Que como Abraão,
 ouçamos a chamada do
Deus verdadeiro,
 para a transformação do mundo
 em que cada um do outro se sinta irmão 
sem ódios, rancores e vinganças,
sem invejas, sem maldade no coração.

Então sim, estaremos prontos
para a mesa da refeição
Com as iguarias que fazem parte
De uma mesa farta,
sabendo que os nossos irmãos,
todos filhos do mesmo Deus
- do Deus do Amor,
Também têm a mesa repleta
De iguarias e calor humano. 






UMA HISTÓRIA QUE SE PASSOU PELA PÁSCOA...

UMA HISTÓRIA QUE SE PASSOU PELA PÁSCOA, por Celeste Cortez
O Inácio, os padrinhos e as amêndoas da Páscoa
Numa aldeia pertencente a Carregal do Sal, já lá vão muitos e muitos anos, andará à volta dos setenta e tal anos, esta história aconteceu. Estará narrada com jeitinho de escritora, para lhe dar maior autenticidade. Foi o próprio que ma contou há alguns anos:
O Inácio era afilhado de meu tio Inácio, por isso o seu nome, que era irmão de minha mãe. A madrinha era minha mãe, Georgina de nome, na altura desta história já casada, evidentemente com meu pai Artur.
O Inácio, hoje um homem de certa idade, que vive na sede do concelho da sua e minha terra, quando era pequeno não era muito abastado. Os pais tinham vindo trabalhar para Lisboa e deixaram-no na terra com uma avó para que frequentasse a escola e os pais pudessem mais facilmente granjear a sua vida na grande cidade.
Meus pais, uns tempitos antes da Páscoa, mandaram-no chamar. Minha mãe ou meu pai, um deles, pegou numa fita métrica, foi tirando medidas ao seu corpo de menino que frequentava a primeira ou a segunda classe escolar e tirando apontamentos.
Notava-se na sua face de menino já por si corado pelo sol que o ia queimando quando ele andava a ajudar a avó na vindima, ou em outras tarefas na sua propriedade, que o Inácio estava feliz, parecia não caber em si de contente.
Mal os padrinhos lhe disseram: “pronto Inácio já podes ir” ia desatar a correr escadas abaixo, mas minha avó que estava por perto, chamou-o meigamente: “então Inácio, não te despedes dos padrinhos? Esqueceste que tens de lhes pedir a bênção”? (costumes da educação da época).
O Inácio, meio envergonhado, mas sem perder o seu ar gaiato, lá ergueu as mãos pedindo para ser abençoado pelos padrinhos. E logo que minha mãe a sorrir lhe disse: “vai vai, menino”, o Inácio quase que voou pelas escadas. Correu até ao terreiro onde encontrou outros rapazes da sua idade e afogueado disse-lhes com a maior alegria:
- Os meus padrinhos vão-me oferecer um cinto.
- Um cinto? Um cinto a sério?
- Sim, um cinto. O meu padrinho tirou-me as medidas à cintura.
- Daqueles cintos que os homens usam, Inácio?
- Sim um cinto, um cinto de cabedal. O meu padrinho usa um cinto de cabedal.
- Mas o teu padrinho é um senhor, trabalha nas Finanças. Já não é um rapaz como tu.  Para que queres o cinto de cabedal Inácio? Perguntou um que provavelmente segurava as calças sem cinto, mais justas – seriam do irmão a quem deixaram de servir? Ou usaria as calças atadas com um cinto de tecido da cor das calças? Ou até só atadas com um cordel?
- Ora! O meu padrinho também usa cinto. Cinto de cabedal. É porque é bonito usar cinto.

 Suponho que naquela época poucos meninos da escola teriam um cinto de cabedal, pelo que a alegria se justificava. Todos ficaram admirados.
- Os teus padrinhos são ricos, Inácio, disse o Tóino da Eira.
- Tiveste sorte com os padrinhos que tu escolheste, disse o Zé, filho do Joaquim da venda.
- Mas eu não escolhi os padrinhos, foram… foram os meus pais que escolheram, ou os meus avós, sei lá!...
- Pois então quem te escolheu os padrinhos, escolheu muito bem, acrescentou  o Manel.
- Eu também gosto deles, respondeu com voz alegre o Inácio.

No domingo de Páscoa o Inácio galgou os degraus dois a doisda casa da Dona Amabília, mãe dos seus padrinhos, com a pressa e a alegria estampada no rosto, por ir receber o cinto de cabedal. Depois de ter cumprimentado e pedido a bênção aos padrinhos,  recebeu um embrulho com  umas calças de bom tecido.
 Quase a gaguejar apesar de não ser gago, mas como não era o que esperava e não queria passar por mentiroso aos olhos dos seus amigos da escola, atreveu-se a dizer, em voz baixinha que a madrinha mal ouviu:
- Pensei que ia receber um cinto de cabedal. E um pouco esmorecido: Afinal são umas calças.
- E não ficas satisfeito por receberes umas calças. Tens muitas?
- Não senhora madrinha. Mas eu tinha dito “ós” outros rapazes, que ia receber um cinto.
A madrinha, a achar graça à conversa do miúdo, quis prolongá-la, enquanto o padrinho ao lado, não conseguia conter o riso. Retorquiu-lhe:
- Inácio, pelo que disseste, parece que ficavas mais satisfeito se fosse um cinto. Mas podes escolher.
- Escolher, como?
- Volto a receber as calças e dou-te um cinto. É isso que queres? O que preferes?
- Senhora madrinha Georgina, eu, eu preciso mais das calças. Elas são muito bonitas.
- Então leva as calças. E toma lá este outro embrulhito oferta do Padrinho.
O Inácio abriu freneticamente o outro embrulho. E qual não foi o seu espanto quando viu que era um cinto de cabedal. A alegria era tanta, que para dar a novidade aos amigos, virou as costas aos padrinhos sem se despedir. Mas a madrinha chamou-o à atenção que isso não eram boas maneiras…

 - Ainda não te demos as amêndoas da Páscoa e para isso é que cá vieste, para receberes o folar da Páscoa. Ora o folar, o ano passado foi…
E o Inácio não se contendo atalhou rapidamente:
- Foi o casaco, porque ia para a escola.
- Receber o casaco e agora as calças e o cinto, é porque és um bom rapaz que ajudas a tua avó e és educado e bom estudante. Assim os padrinhos gostam muito de ti. E toda a gente gosta de ti por seres um bom rapaz. Mas as amêndoas e o bolo, é que são o Folar da Páscoa. 
Aqui neste saquito tens as am êndoas e o bolo, ofertas dos padrinhos, que é a tradição receberem-se na Páscoa. 
            E o Inácio, um pouco atrapalhado, sem saber o que dizer, lá conseguiu articular “a sua benção minha madrinha”, “a sua bênção meu padrinho”.
E foi vê-lo a saltar as escadas duas a duas com a alegria, e os padrinhos preocupados não fosse ele cair e magoar-se. O Inácio era ainda uma criança. 


Espero que os meus leitores tenham gostado desta pequena história. Porque não me contam uma história passada convosco? Deixam no lugar dos comentários. Eu irei lê-la com certeza. Se me deixarem o vosso email, responderei. Valeu? Combinado? Fico à espera. 
Aproveito para vos desejar, assim como à vossa família UMA PÁSCOA MUITO FELIZ.  Abraço da Celeste Cortez 

Celeste Cortez, escritora de romances, literatura infantil e poesia. (Portugal). 

        
 


terça-feira, 8 de março de 2016

KARINA, NOSSA NETA, FAZ ANOS NO DIA DA MULHER

Karina, a bebé ao colo dos avós, em Joanesburgo 
A nossa neta Karina, faz anos hoje, 8 de Março,  DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
Vive longe de nós, em outro país da Europa. 






Amiga da família e dos amigos, simpática para toda a gente. As crianças adoram-na.
Querida neta, que conserves sempre o teu belo sorriso e os teus olhos brilhem de  entusiasmo pela vida.
Que tenhas um dia maravilhoso e sejas sempre feliz. 

Um abraço cheio de ternura e saudade dos avós Celeste e Tó Cortez
Karina e a avó Celeste, em PARIS. 
Karina com o irmão Michael, na Austrália

quarta-feira, 2 de março de 2016

PARABÉNS SAMI - FELIZ ANIVERSÁRIO (2-03-2016)

                                                                   
" S A M I " 


"    S  A  M  I  "

Parabéns, felicidades, desejam os teus pais


SAMI 13 MESES (N/terraço frente ao Hotel Embaixador
Sami, bailarina, Centro Cultural da Beira 




Sami, foto para entrada no Liceu Pero de Anaia








Sami, 18 anos, Joanesburgo, Berea Road-Hillbrow/Berea

Sami, Luisinha, Bézinha, Mamã, Adriano (pai da Josete) Lita, mãe do João e ? Ramos
Sami, Mamã da Karina e do Michael (com mamã Celeste), na Alemanha


Sami, a rosa que mereces por todo o bem que fazes. 







terça-feira, 1 de março de 2016

POETA RUI DE NORONHA - 1909 Moçambique - JASMINS

jasmins

Que culpa terei eu de amar-te assim?
Que culpa terás tu de o não saberes?
Quem adivinha o que se passa em mim?
Como hei-de adivinhar o que tu queres?

Oh! Corações secretos de mulheres!
Oh! Minhas ilusões, mágoas sem fim!
Porque hei-de eu ter só mágoas, não prazeres,
por tanto te querer, doce jasmim?

Tudo, que sob a luz do sol existe,
alegre é num momento e noutro triste,
só eu herdei apenas dor e pranto...

O mais humilde verme, que rasteja,
um outro tem, que o ama, afaga e beija
- e eu nada tenho por amar-te tanto...

António
Ruy de Noronha (n. Moçambique 28 Out 1909; m. Moçambique 25 Dez 1943).

in A Circulatura do Quadrado - Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa - Edição UNICEPE - Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL - 2004 
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