domingo, 31 de agosto de 2014

SÓ QUEM AMA PODE ENTENDER AS ESTRELAS...

Foto da internet, com a devida vénia
Não recordo o nome do blogue desta foto. Se por acaso for você, por favor me avisa, pedirei seu consentimento.
Antecipadamente obrigada pela compreensão.Achei a foto linda para ilustrar este poema de Olavo Bilac.
Que outra foto poderia colocar para ilustrar "...só quem ama pode ser CAPAZ de ouvir e entender as estrelas".


POETA – OLAVO BILAC

Do soneto XII do poema Via Láctea


"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
 
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
 
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
 
E abro as janelas, pálido de espanto...
 

E conversamos toda a noite, enquanto
 
A Via Láctea, como um pálio aberto,
 
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
 
Inda as procuro pelo céu deserto.
 

Direis agora: "Tresloucado amigo!
 
Que conversas com elas? Que sentido
 
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
 

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
 
Pois só quem ama pode ter ouvido
 
Capaz
de ouvir e entender estrelas

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Poesia aldravista - IDA à LUA - em espanhol e português por Celeste Cortez

Poesia aldravista - em português.
Autora: Celeste Cortez 

foto da internet com a devida vénia
grande
passo
para
humanidade
ida
lua



pegadas
na 
lua
grandes
passos
humanidade

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Poesia aldravista em português e em espanhol, de Celeste Cortez


PENSAMENTO DA ESCRITORA CELESTE CORTEZ


NAIL POLISH - BE CAREFUL

BE CAREFUL, ALWAYS

                               
                                             How to Tell if Your Nail Polish is Toxic


I received recently this article about nail polish 

How pretty and how toxic it can be!

I don't know if it belongs to some blog or so...

of so... I apologize and say thanks for the article because it can help a lot of people, specially ladies. 

Only for the health I copy this. I don't need the compliments for myself. 

                     - o - o - o - 


Nail polish is pretty – pretty toxic, that is.
Why? Because many commercially-made polishes, base coats, laquers, nail art, thinners, and top coat-base coat combinations contain chemicals that have been linked to birth defects and developmental problems in children of pregnant women who have been exposed over an extended period of time. Salon workers are particularly at risk, but so is anyone who applies polish frequently.
Yes, the chemicals are present in very small amounts. But think about HOW you polish – you hover over your fingers and toes, probably focusing intently but also breathing in deeply. Because those chemicals are so volatile, you could be inhaling them with every breath.
Scientists and doctors are particularly concerned about three chemicals – dibutyl phthalate, toluene, and formaldehyde – commonly called the “toxic trio” by organizations trying to rid polish and other personal care products of these compounds.
Dibutyl phthalate is added to nail polish to prevent it from becoming brittle. However, it is classified by the European Union as a “suspected endocrine disruptor,” which means it upsets our hormonal balance and could be toxic to reproduction. DBP is also associated with liver and kidney failure in young children who have sucked on toys containing the ingredient.
Formaldehyde helps polish harden. It also causes cancer, plain and simple.
Toluene irritates the skin. Worse, it’s believed to cause developmental disorders. Inhaling toluene vapor can affect the central nervous system. I know it gives me a headache and sometimes makes me feel like I have the flu.
In addition, some manufacturers concerned about health and safety also exclude camphor and formaldehyde resin.
What can you do?
·         Read the label. Cosmetic products are required to have their ingredients posted on the label. Granted, you may need a magnifying glass to decipher the fine print, but take the time to do so. Look for those that say “three-free” (meaning free of the toxic trio) or “five-free” (meaning they also exclude camphor and formaldehyde resin) when you shop.
·         Polish less often. Use more neutral colors that complement more outfits so you don’t need to do your nails every few days.
·         Keep the windows open or polish outside. Polish your nails in a well-aerated place or outside, where fresh air will help reduce the vapors you inhale.
·         Choose a healthy, safe salon. If you can barely breathe when you walk into a salon, turn around and walk right out again. The salon should keep fresh air circulating and offer patrons nail polishes that are safe for them and the salon staff, too.
·         Find a safe nail polish and stick to it. There are several water-based polishes on the market and online. Once you find a brand that produces polish free of the toxic trio, stick with it. Take it to the salon with you, and tell your friends about it so they can be safer, too.




domingo, 24 de agosto de 2014

Poema de Óscar Flórez Támara - Candidato ao Prémio Nobel da Literatura 2014)

Maria Madalena - Pintura de Pietro Perugino - copiado com a devida vénia
da Wikipédia. 



































LA INFIDELIDAD DEL SER HUMANO

A: María Magdalena
Quien se entrega al instante de la vida,
con la diversidad de brazos y de pechos
y alza las palabras en préstamos de voces pasajeras,
no es infiel.
Infiel es quien practica la indiferencia
sabiendo que hace daño,
quien desplaza el saludo de sus manos
con gestos practicados en el vacío de la conciencia,
quien tuerce el destino de la aurora
en la inocencia de la flor.
Quien naufraga la decencia
y no detiene el odio que lo mueve
es infiel al destino del humano.
Óscar Flórez Támara (Candidato ao Prémio Nobel da Literatura 2014)

POEMA - VENTO MAROTO, de João Coelho dos Santos

João Coelho dos Santos
















VENTO MAROTO - II

Será que o vento
É mesmo bom bailador?
É mais, muito mais...
Incansável corredor.
Vento livre e vagabundo
Corre por todo o Mundo.
Tudo leva à sua frente
Corre,
         Corre,
                    Corre,
                               Corre,
Mete-se com toda a gente!
Depois de tanto correr,
Num instante, de repente,
Resolve desaparecer.
Às vezes é bom bailador
E põe-se a rodopiar,
E se vê mulher gira,
Também sabe assobiar.
Do que o maroto gosta mesmo,
É as saias levantar.
Não tem juízo nem tento.
É doido-varrido, o VENTO!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

SORRINDO


Poemas aldravistas de Celeste Cortez traduzidos para espanhol:

      


         concha:
         escucha
         sonido
         de
         mar
         distante






                                                  



                                                     búzio
                                                     escuta
                                                     som
                                                     de
                                                     mar
                                                     longínquo.

O MUNDO DOS MEUS SONHOS, poesia de Celeste Cortez

O mundo dos meus sonhos
Eu quero
que o chão da minha rua
seja pintado de lilás,
Que as árvores frondosas
espalhem nos passeios
flores de Jacarandás
 


Eu quero
que as telhas da minha casa,
sejam de variegadas cores,
que combinem no todo,
com a rua e as flores
Eu quero
ser feliz e que toda a gente
o seja também,
que não haja menino a faltar-lhe
o amor de Mãe,
nem de Pai,
nem de ninguém
Eu quero
que os passarinhos venham
comer na minha varanda aberta,
De manhã,
com o seu chilrear ser desperta,
seus filhotes saiam do ninho
feito no meu beiral,
e venham esvoaçando
para o meu quintal
Eu quero,
que não haja guerra no mundo,
que toda a gente tenha
o necessário sustento,
que não haja orfãos,
nem gente em sofrimento,
Eu quero
que a agua não seja esbanjada,
cada vez há menos no Mundo,
tem de ser poupad
a




               Eu quero,
               viver rodeada de quem amo,
                mas se a vida nos separar
                que nossos corações
                estejam em sintonia de amar

         Eu quero que o Mundo,
         seja assim de verdade,
         que este meu sonho,
         se transforme em realidade 



2003 - Do livro "L. de E." Celeste Cortez  

terça-feira, 19 de agosto de 2014

LENÇO DE BOLSO E O SEU USO




LENÇO DE BOLSO  
          O lenço de bolso funcionou sempre como medida de higiene, dentro do bolso da calça do homem ou da saía da mulher, para limpar o suor do rosto provocado pelo sol e calor, pelo trabalho de sachar ou apanhar azeitona ou uva. Os trabalhadores utilizavam o lenço de cinco pontas para limpar o nariz, para puxar o "monco". 
          Ele foi também usado como proteção do colar da camisa do homem, mais uma vez contra o suor.
Naturalmente que se usava o lenço para assoar em alturas "mais finas" que não nos trabalhos de campo. Nesse caso lenços com monograma bordado (iniciais do nome da pessoa), normalmente em tecido branco com o bordado em cores suaves ou mesmo em cor branca.
          .
  

EVENTOS CULTURAIS - SETEMBRO

PORTUGAL - LISBOA 

DOMINGO - 14 DE SETEMBRO DE 2014: 
Depois da sessão de autógrafos, 2, 3 ou 4 canções por dois artistas escolhidos. 

Segue-se o ATELIER DE POESIA ALDRAVISTA, onde serão lidos por poetas alguns poemas aldravistas de outros poetas. E vocês, se estiver presente, subirá ao palco para ler o seu poema feito na hora. 

Pelo meio, o sorteio de alguns livros.

Para despedida, um chá ou café quente. 

NÃO FALTE. NÃO FALTE. NÃO FALTE. NÃO FALTE. 

Saúde pela natureza - Imbondeiro,Embondeiro-Baobá

Foto da internet - Pode calcular-se a altura e a largura da árvore 
pelo tamanho do elefante  
Foi um dia passado com excelente comida feita pela amiga anfitreã, o vinho tinto feito pelo anfitreão, (que é formado em engenharia agrónoma, curso que tirou na sua juventude em Angola). 

A comida? Moambada de galinha, com gindungo, acompanhada de papa (finíssima)  de mandioca.
(Nas capoeiras tem centenas de galinhas do mato!!!). 

Como sobremesa, boa fruta daquela quinta, muita dela lembrando África.  Que frutas? Tinha de tudo. Nonas, (ou anonas), uvas, azimina que é uma fruta de origem americana, tabaizo fruto da tabaibeira (nome de Angola) ou seja, fruto da Piteira em Moçambique. E tinha mácua ou mucua (conforme esteja plantado no sul ou norte de Angola o IMBONDEIRO), que também se pode escrever EMBONDEIRO, e que no Brasil se chama BOIÁBAS OU CALABACEIRAS e ainda, em outros países pode chamar-se ADANSONIA.  

Explico o que me parece ser mais raro: O MÁCUA OU MUCUA: parece um pepino bem grosso, mas de casca rija de cor castanha clara, (a casca, parece-se um pouco com o côco, na côr e grossura). Abre-se: por dentro tem uns bocados brancos, tipo rebuçados grandes esquinados. Metidos na boca, tira a sede. Assim, a Bendita Natureza oferece água aos viandantes que andam pelas selvas, incluindo, aos próprios animais.

A partir daqui, no regresso do tal almoço, passei a noite a copiar da net, tudo sobre as árvores "baobás". A seguir ficam as explicações que consegui: 

..."Os baobás, embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras (Adansonia) são um gênero de árvore com oito espécies, nativas da ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), do continente africano e da Austrália (com uma espécie em cada).


O baobá é a árvore nacional de Madagascar e o emblema nacional do Senegal.

Foto da internet, elefante e árvore dão-nos a noção
 exata da altura da árvore. 
DescriçãoÉ uma árvore que chega a alcançar alturas de 5 a 25m (excepcionalmente 30m), e até 7m de diâmetro do tronco (excepcionalmente 11m). Destaca-se pela capacidade de armazenamento de água dentro do tronco, que pode alcançar até 120.000 litros. Estas árvores crescem um tanto ou quanto dispersas, como se de indivíduos solitários se tratasse. O seu porte é altivo, distingue-se na savana. Suas flores brancas têm um aroma intenso. Os pesquisadores acreditam que sejam polinizadas por morcegos que gostam da sua fruta. Os frutos são polpa branca, em pedaços que parecem blocos, tipo pão seco. Por isso alguns povos chamam-lhe "fruta pão". 
Os baobás desenvolvem-se em zonas sazonalmente áridas, e são árvores de folha caduca, caindo suas folhas durante a estação seca. Alguns têm a fama de terem vários milhares de anos, mas como a sua madeira não produz anéis de crescimento, isso é impossível de ser verificado: poucos botânicos dão crédito a essas reivindicações de idade extrema.
O nome Adansonia foi dado por Bernard de Jussieu em homenagem a Michel Adanson (1727-1806), botânico e explorador francês, quem primeiro descreveu o baobá no Senegal.
EspéciesAdansonia digitata - Baobá Africano (África Central e Austral);
Adansonia grandidieri - Baobá de Grandidier (Madagascar);
Adansonia gregorii (syn. A. gibbosa) - Boab ou Baobá Australiano (Noroeste da Austrália);
Adansonia madagascariensis - Baobá de Madagascar (Madagascar);
Adansonia perrieri - Baobá de Perrier (Madagascar);
Adansonia rubrostipa (syn. A. fony) - Fony Baobab (Madagascar);
Adansonia suarezensis - Baobá Suarez (Madagascar);
Adansonia za - Za Baobab (Madagascar).

FRUTO - O seu fruto Múcua ou mácua, como referi acima, tem no seu interior um miolo seco comestível (não tem sumo), desfaz-se facilmente na boca e o seu sabor é agridoce (adocicado com uma ligeira acidez). Este fruto é rico em vitaminas e minerais.
Ao dissolver-se a mukua (assim se escreve em África) em água a ferver obtém-se o sumo de mukua que, depois de arrefecido, é tomado como uma bebida fresca com um sabor muito apreciado em determinados países.
EM ANGOLA - o lugar onde é mais conhecida a fruta - mukua - é em Benguela
EM MOÇAMBIQUE - O fruto, tem o nome de malambe na língua xi-nyungwe da província de Tete, tem uma polpa branca que seca no próprio fruto e que é utilizada para a alimentação, em tempos de escassez de comida; também é referida como cura para a malária.
Em certas regiões de Moçambique, o tronco desta árvore é escavado por carpinteiros especializados para servir como cisterna comunitária. É mais que provável que se fosse aproveitado podendo ficar guardado por longos períodos, poderia servir para os tempos de fome, tempo das secas ou das chuvas demasiado intensas de África.  

HISTÓRIA: Em 1445, navegantes portugueses conduzidos por Gomes Pires chegaram à ilha de Gorée, no Senegal; eles descobriram o brasão do Infante D. Henrique gravado em árvores. O cronista Gomes Eanes de Zurara assim descreveu a árvore: Árvores muito grandes e de aparência estranha; entre elas, algumas tinham desenvolvido um cinturão de 108 palmos a seu pé (ao redor 25 metros). O tronco de um baobá não mais alto do que o tronco de uma árvore de noz; rende uma fibra forte usada para cordas e pano; queima da mesma maneira como linho. Tem um grande fruta lenhosa como abóbora cujas sementes são do tamanho de avelãs; pessoas locais comem a fruta quando verde, secam as sementes e armazenam uma grande quantidade delas.




NA LITERATURA: Na história O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, o menino narra que o solo de seu pequeno asteróide era infestado de sementes de baobá. Preocupado com os possíveis danos que estas plantas pudessem causar quando adultas, após completar a sua toilete matinal, dedicava-se à toilete do asteróide, arrancando regularmente os seus pequenos brotos.
Por coincidência, quando escrevi meu romance "Mãe Preta", referi o Imbondeiro ou Embondeiro, explicando no decorrer da história o máximo que consegui. (Nota da autora do blog e do romance)

No BRASIL - Existem árvores de Baobá. Foram trazidas pelos sacerdotes africanos e foram plantadas em locais específicos para o culto das religiões africanas.

Vou fazer-lhe uma descrição de Baobás ou Imbondeiros ou Embondeiros ou Adansonia, que estão catalogados no Brasil, segundo a internet. Neste país, são conhecidos pelo povo apenas como Baobá. 

Baobá em Nísia Floresta, Rio Grande do Norte, Brasil.
Baobá da Praça da República, Recife, Brasil.
Baobá no Passeio Público, Rio de Janeiro, Brasil.
Baobá no Engenho Poço Comprido, Vicência, Brasil.
Pernambuco: Essas árvores concentram-se principalmente no estado de Pernambuco (onde há 16 catalogados) e, nesse estado, na sua capital, Recife.
No Recife, o baobá da Praça da República é a possível fonte de inspiração de Saint Exupéry, quando por ali passou, ao escrever O pequeno príncipe.[4] Há um na Faculdade de Direito do Recife e outro na Cidade Universitária. Existem outros espalhados pela cidade, como em Ponte d'Uchoa, Poço da Panela e na Praça de Dois Irmãos próximo a UFRPE.
Existem três plantadas na Estância Rica Flora, em Aldeia, Camaragibe. 
No Sitio de Pai Adão existe um Baobá com mais de cem anos com um tronco de mais de 10 metros de circunferência.
Na vila de Nossa Senhora do Ó, Ipojuca, há um Baobá com mais de 350 anos e 15 metros de circunferência.
No Engenho Poço Comprido (Vicência) há dois espécimes.
Em Araripina existe um exemplar com aproximadamente 30 anos de idade.
Rio Grande do Norte - Neste estado brasileiro há grande quantidade de baobás. 
Há exemplares em Natal , Nísia Floresta e nas ruinas de Pedro Velho.
Em Assú no Rio Grande do Norte existem 11 baobás de aproximadamente quatrocentos anos e atualmente estão em processo de tombamento histórico.
No estado do Rio de Janeiro existem cinco exempares de baobá: um no Passeio Público, um no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas (altura da Av. Borges de Medeiros 3000), pátio do Museu Histório de Quissamã, na antiga Fazenda Quissamã e o ultimo na Ilha de Paquetá.
Baobá em Maceió. Alagoas Em Alagoas existe um exemplar na Praça do Skate, em Maceió.
Baobá no Passeio Público, em Fortaleza. 
No Ceará, existem 3 (três) exemplares: um na praça do Passeio Público, na cidade de Fortaleza, onde foram fuzilados alguns revolucionários da Confederação do Equador. Um no campus da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e o outro no SESI da Barra do Ceará.
Goiás - Em Goiânia existem três Imbondeiros, todos em residências particulares, sendo um na residência do Sr.Jorge Rassi e duas no condomínio particular Aldeia do Vale.
Mato grossoO Doutor Édio Lotufo possui em sua fazenda , nas proximidades de Cuiabá, um exemplar de Imbondeiro derivado de um exemplar existente na Praça da República do Rio de Janeiro. 
No candomblé (religião praticada no Brasil) esta árvore é considerada sagrada (ossê, em iorubá e akpassatin, em fon), e nunca deve ser cortada ou arrancada.
MADAGASCAR. Há a Avenida dos Baobás.
NA AUSTRÁLIA OCIDENTAL, em Kimberleys, na Austrália ocidental, prisioneiros foram confinados dentro de seu tronco oco. Os aborígenes comem a sua fruta e usam as folhas como planta medicinal.






terça-feira, 12 de agosto de 2014

TRÊS GOTAS DE ÁGUA, Afonso Lopes Vieira

Busto de Afonso Lopes Vieira, em Lisboa 
AFONSO LOPES VIEIRA




Três gotas d' água

E como a água escasseia, temos necessidade de a poupar.  









Três irmãs, três gotas d' água
Que o infinito condensa,
Sua mãe nuvem do céu

Lá daquela altura imensa
Desprendeu...


A flor morria à míngua d'água
mas sentindo a gota,  ficou viçosa e a cor reavivou 

           Vem uma cai sobre a flor
           Que à míngua d'água morria
           E mal a gota sentia
           Voltava-lhe o viço e a cor...







A gota de água que caiu perto do ninho, o passarinho bebeu-a




Caiu outra ao pé dum ninho
Que o passarinho bebeu...                                  





                                             Mas, a terceira no mar tombando
A gota de água triste dizia que nas ondas arrogantes desapareceria,
mas a onda do mar, com gratidão, achou que aquela gotinha a fez maior
Dizia chorando:

Nestas ondas arrogantes
Desapareço mesquinha;
Responde a onda marinha
Já sou maior que era dantes...

sábado, 9 de agosto de 2014

VELHAS ÁRVORES





Velhas Árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

Olavo Bilac, in "Poesias"
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...