terça-feira, 29 de julho de 2014

Concurso de Poesia pªacadémicos e membros da Ass.de Poetas - Regulamento

REGULAMENTO DO CONCURSO DE POESIA – “CAMÕES 1580 – 2014
A ALA – ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE PORTUGAL, promove o concurso de poesia “CAMÕES 1580/2014”
Artigo 1º. (Objetivo)
Comemorar os 434 anos da data do falecimento do poeta Luís Vaz de Camões.
Artigo 2º. (Género e tema)
O género literário elegível para efeitos deste concurso é a poesia, em língua portuguesa, qualquer que seja a sua forma, sujeita ao seguinte mote:
- “ESTA É A DITOSA PÁTRIA MINHA AMADA” -
Esta é a ditosa pátria minha amada
Artigo 3º. (Critérios de admissibilidade)
·         a) Este concurso destina-se a académicos da ALA – Academia de Letras e Artes de Portugal;
·         b) A membros de todas as academias e instituições com as quais a ALA tenha parcerias, qualquer que seja a sua nacionalidade;
·         c) A instituições escolhidas pela ALA;  
·         d) Não poderão concorrer os membros do júri;
·         e) Cada candidato poderá concorrer apenas com 01 (um) poema;
·         f) Cada poema não poderá ter menos de 14 (catorze), nem mais de 30 (trinta) versos, escritos em folha A/4, de cor branca, em letra Arial 12, a um espaço;   
·         g) Só são admitidos a concurso trabalhos inéditos (não publicados em livros, websites, revistas e afins), escritos em português;
·         h) Ao entrar neste concurso e ao enviar os poemas para o seu promotor, o autor aceita estar ciente e concordar com todas as regras do concurso.
·         i) O concorrente/autor responsabiliza-se pela autoria do poema.
 Artigo 4º. (Direitos autorais)
·         Os poemas, embora sejam pertença dos autores, poderão vir a ser publicados em livro pela ALA – ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE PORTUGAL, ou utilizados em eventos de Poesia ou outros realizados pela ALA ou pelos seus académicos, e ainda inseridos no facebook na página da ALA onde poderão ser utilizados como partilha, e em blogues de académicos ou anónimos, ou por qualquer outro modo difundidos nos mídia ou em websites.
Artigo 5º. (Forma de envio do poema)
a)     Em envelope fechado, endereçado à ALA – ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE PORTUGAL para o endereço abaixo mencionado, com nome completo (e nome literário se usar) e endereço completo do remetente, incluindo código postal (CEP no BRASIL) e País de onde é expedido; Dentro desse envelope:
b)    Envelope mais pequeno, fechado, sem dizeres, contendo dentro apenas a folha A/4 com o poema e título, e ao lado ou por baixo do mesmo o pseudónimo escolhido para identificar o autor. E ainda:
c)     Em nova folha A/4, em letra Arial 12, a um só espaço, breve currículo do autor, no máximo 20 linhas, onde conste:  Nome completo conforme Bilhete de Identidade; Número do B.I ou do Cartão do Cidadão ou de outro documento oficial que o identifique; Obras ou poemas publicados; O título do poema e o pseudónimo escolhido;  Identificação da academia/instituição a que pertence através da qual teve conhecimento deste concurso; Foto (facultativa);

c)1 -  Caso envie o poema através de email, deverá dar cumprimento às  alíneas a), b) e c) deste artigo, juntando ao email folhas A/4 com os dados pedidos (usar o botão INSERIR do email).
   
d)    O participante disponibilizará, se solicitado, uma cópia do documento de identidade à ALA – Academia de Letras e Artes de Portugal.
Artigo 6º. (Entrega)
·         Os poemas poderão ser entregues até à data limite fixada, em mão, em dias úteis das 15 às 17,30 horas na sede da ALA – Academia de Letras e Artes de Portugal, endereço abaixo ou enviados por correio eletrónico (email) ou através dos C.T.T.
Artigo 7º.  (En
dereço para envio ou entrega): ALA – Academia de Letras e Artes de Portugal - Avenida da Castelhana nº.13 - Monte Estoril  - Código postal 2765-405 – ESTORIL - PORTUGAL
Artigo8º. (Endereço para envio através de email):
geral@academialetrasartes.pt. Proceder de acordo com o artigo 5º. tendo em especial atenção a alínea c)1.  
Artigo 9º. Constituição do júri
O júri do “Concurso de Poesia Camões – 1580-2014” será constituído por 5 académicos da Ala – área de Letras e será presidido pelo Presidente da Direção da ALA , Senhor Professor Doutor António de Sousa Lara.
Artigo 10º.  (Decisão do júri): O júri decidirá de forma soberana e irrevogável até ao final da primeira quinzena de Outubro. Os resultados serão publicitados na página da ALA no facebook e no blog http://letras-à-solta-celestecortez.blogspot.com    
Artigo 11º.  (Forma de aviso aos vencedores)  Os vencedores serão avisados pela ALA, por email, telefone ou carta;
Artigo 12º. (Forma de entrega dos prémios)
a)     A entrega de prémios far-se-á num evento a realizar na ALA – Academia de Letras e Artes de Portugal, em data a anunciar posteriormente.
b)    O prémio, caso o concorrente não possa estar presente no evento da entrega, ser-lhe-á enviado para a morada que tiver sido indicada;
 Artigo 13º. (Prémios)
a)     - 1º. Prémio 3 livros e Diploma de Mérito;
b)      - 2º. Prémio 2 livros e Diploma de Mérito;
c)      -  3º. Prémio 1 livro e Diploma de Mérito;
d)      -  Do 4º. ao 20º. Prémio, terão Diploma Menção Honrosa;
e)      Diploma de participação para os restantes concorrentes, à exceção de autores de poemas que tenham sido desclassificados pelo júri;
Artigo 14º. (Condicionamentos do concurso) -  Os trabalhos não serão devolvidos aos concorrentes;
Artigo 15º. (Omissões)
Qualquer omissão a este regulamento será resolvida pela entidade promotora – ALA – Academia de Letras e Artes de Portugal;
Artigo 16º.( Prazos)
A receção dos poemas terá início a partir do dia 11 de junho e encerrará no dia 30 de julho de 2014. 

Artigo 17º. (Coordenação do concurso)
Este concurso será coordenado pela académica Celeste Cortez, encarregada do regulamento e de dar andamento ao processo e continuidade do mesmo até sua finalização.   
Artigo 18º.- Entrada em vigor
Este Regulamento entra em vigor no dia 9 de junho de 2014.

                                               Celeste Cortez, Secretária da direção da Ala 

ESTA É A DITOSA PÁTRIA MINHA AMADA "Camões" - CANTO III - estâncias 17,20,21

A ALA - ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE PORTUGAL, abriu um concurso de Poesia. subordinado ao mote "Esta é a ditosa Pátria minha amada". Este concurso está aberto para académicos da Ala e de outras Academias nacionais ou estrangeiras e membros da Associação de Poetas. Obedece a um regulamento que está publicado neste blogue, no site da Ala e na página do facebook da Ala e na minha página de autora no facebook "Celeste Cortez Autora". Concorra se se enquadrar nas exigências do concurso. Brevemente será lançado outro concurso para pessoas que não pertençam a academias e associações de poetas. 

Como toda a gente sabe, "mote", segundo o dicionário da Texto Editora,  é um conceito expresso em um ou mais versos, para ser glosado.
O concurso pretende homenagear Luís de Camões e por isso se escolheu um verso de uma estrofe de "Os Lusíadas". .A escolha recaíu na estrofe (ou estância) 21, do Canto III:  "Esta é a ditosa Pátria minha amada". Nas bandeiras militares (marinha e exército) há uma fita colorida com a inscrição, de que deixamos foto que com a devida vénia retiramos da internet.

Deixamos aqui as estrofes 17, 20 e 21, para facilitar a percepção do verso "Esta é a ditosa Pátria minha amada".
Nestas estrofes o navegador VASCO DA GAMA, está a fazer a descrição da geografia da Europa ao rei de Melinde:   

 17- "Eis aqui se descobre a nobre Espanha,
como cabeça ali da Europa toda,
em cujo senhorio e glória estranha
muitas voltas tem dado a fatal roda;
mas nunca poderá, com força ou manha,
a Fortuna inquieta pôr-lhe noda (nódoa)
que lha não tire o esforço e ousadia
dos belicosos peitos que em si cria." 


20- . "Eis aqui, quase cume da cabeça

da Europa toda, o Reino Lusitano,

onde a terra se acaba e o Mar começa
e onde Febo repousa no Oceano.
Este quis o Céu justo que floreça
nas armas contra o torpe Mauritano,
deitando-o de si fora; e lá na ardente
África estar quieto o não consente." 



 21 - "Esta é a ditosa pátria minha amada,

à qual se o Céu me dá que eu sem perigo

torne, com esta empresa já acabada,

acabe-se esta luz ali comigo.

Esta foi Lusitânia, derivada
de Luso ou Lisa, que de Baco antigo
filhos foram, parece, ou companheiros,
e nela antão os íncolas primeiros."


 Análise da estrofe (ou estância) 21, do Canto III d’Os Lusíadas:

 "Esta é a ditosa pátria minha amada (Portugal), à qual – se o Céu me ajudar eu hei-de sem perigo voltar (tornar), com esta empresa (descobrimentos) já acabada.
Acabe-se esta luz ali comigo. Se conseguir completar a viagem da descoberta e voltar a Portugal, diz Vasco da Gama, já pode morrer.
Esta foi Lusitânia (Portugal).

Íncolas - habitantes 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

NELSON MANDELA


O MEU TRIBUTO A NELSON MANDELA 

HOJE, É DIA 18 DE JULHO DE 2014 - 

Faz um ano que faleceu NELSON MANDELA.

Escolho a frase que ele escreveu: 

Sonho com o dia em que todos se levantarão e compreenderão que fomos feitos para viver como irmãos. 

Sigamos os seus exemplos e haverá paz no mundo. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

DIA 16 DE JULHO DE 2014 - Hoje a minha filha mais nova faz anos. Nasceu em Moçambique numa manhã bem cedinho. Eu e o pai tínhamos ido ao cinema ver o filme Dr. Jivago e mal me deitei comecei a adivinhar que iria ter um dia muito feliz. E foi realmente, tão feliz como foi o dia de nascimento das irmãs - a mais velha e a do meio. 
Há acontecimentos na nossa vida que nos marcam para sempre. Ser mãe é uma coisa maravilhosa, tanto assim que sem ser mãe, não poderia ser avó e isso é outro facto maravilhoso. Como dizem, ser avó é ser mãe duas vezes mas é também ser mãe com mais açúcar.  Nada há de maior felicidade do que ter netos. 
A Luísa é a 3ª. a contar da esquerda, de vestido vermelho. Ela é mãe do Robbie (a seu lado)
e do Nicholas (à frente do Robbie). 
Mas não me quero afastar do tema: Hoje a Luísa faz anos. E já são umas dezenas, poucas ainda, mas já são dezenas. Já não se podem contar pelos dedos de uma só mão, nem sequer pelas duas. Ultrapassou a dezena, a dúzia e o quarteirão, para quem se lembra ainda do que estas palavras significam. Mas não são ainda dois quarteirões. Algumas dezenas, um lustro e mais dois anos. E como vêem estou a "encher farinheiras", isto é, estou a escrever para fazer um artigo maior mas não a adiantar o que poderia dizer francamente. Isto para não dizer a idade dela. Assim... podem deitar-se a adivinhar. E quem ganhar, se escrever o número
certo no lugar dos comentários, recebe uma prenda. Espere, espere, esta frase está incompleta, leia até ao fim do artigo. 
Para lhe enviar a prenda é preciso que escreva (no lugar dos comentários do blogue)  o seu nome e endereço completo, a fim de remeter a prenda através dos Correios. Continue lendo: 
Se forem dezenas a adivinhar, a prenda será sorteada, mas todos receberão a notícia numa página do blogue (ou blog).
Decida-se e poderá ganhar. Até lá.... aqui fica um abraço. E PODEM CANTAR OS PARABÉNS À LUÍSA.     

sábado, 12 de julho de 2014

PORTUGAL - LISBOA e FERNANDO PESSOA (o poeta)

Os dizeres nos postal acima, fazem parte da poesia de Fernando Pessoa. 

A foto acima:Título;  Celeste Cortez com Fernando Pessoa na Brasileira do Chiado.

Foi tirada em Lisboa, no café-pastelaria "A Brasileira do Chiado". 

A simbologia da estátua de Fernando Pessoa sentado na cadeira em frente ao café "A Brasileira do Chiado" 

(da wikipédia)... " A Brasileira do Chiado mantém uma identidade muito própria, quer pela especificidade da sua decoração, quer pela simbologia que representa por se encontrar ligada a círculos de intelectuais, escritores e artistas de renome comoFernando PessoaAlmada NegreirosSanta Rita PintorJosé Pacheko ou Abel Manta, entre muitos outros. A assiduidade de Fernando Pessoa motivou a inauguração, nos anos 80, da estátua em bronze da autoria de Lagoa Henriques, que representa o escritor sentado à mesa na esplanada do café".

Quando passar por ali, não deixe de visitar Fernando Pessoa e a pouco mais de 300 metros encontrará a estátua de LUIS DE CAMÕES. (Isto muito perto da baixa do Chiado - Rossio, Café Nicola).  

domingo, 6 de julho de 2014

POETA DO NOSSO TEMPO - MARIA ROMANA ROSA

Boa noite queridos leitores - Hoje, 4ª. feira dia 04-02-2015,  reedito estes belos poemas. Tenho a certeza de que gostarão. Por favor, comentem ao fundo deste artigo, no lugar que tem uma espécie de foto de 1 lápis. Abrirá o espaço para os vossos comentários, que, para quem trabalha, são muito importantes.Um abraço a todos. ---------------------------------------

Bom dia leitores,

          Hoje decidi iniciar uma tarefa, - que cumpro com muita alegria - de divulgar uma Poeta (ou poetisa) portuguesa, que tem poemas de muito valor literário. Aqui fica a sua foto e poemas que escolhi para si leitor. Enjoy it, como dizem os ingleses. Leia-o devagarinho, saboreie a musicalidade, o som, o ritmo, a cor. Sim, a cor, porque:
- O crepúsculo do fim da tarde... tem cor.
- O sol, a luz, a noite, têm cor.
E que dizer do vulto que circula sem rumo certo? E, ainda, rematando o poema, alguém que espera algo que nunca chega.  Na sua vida, o leitor não esperou algo que nunca chegou?A quantas pessoas isso sucedeu e sucede? Não se deve perder a esperança, vamos continuar a lutar para que aquilo que tanto desejamos aconteça. Devemos pedir apenas aquilo que na realidade é essencial, é importante para a nossa vida, não pedir impossíveis ou o que só nos venha, de algum modo ou de outro, prejudicar ou prejudicar outras pessoas.  E isto é apenas uma olhadela ao início do poema. Se fossemos analisar todo o poema, com o seu maravilhoso conteúdo, quanto encontraríamos de relevo para uma boa aula de poesia!  Deixo isso para si, amigo leitor. Deliciem-se nesta tarde de domingo, que esperamos não seja chuvosa porque de manhã chuviscou, uma chuva fora da época! 
           Quer deixar aqui, nos comentários,  a sua apreciação ao poema, a sua análise? Se o fizer, amigo leitor, outros leitores aproveitarão disso... E como é bom partilhar o conhecimento. 

MARIA ROMANA C. L. LOPES ROSA, a autora dos poemas abaixo e de muitos mais. É uma grande poeta. 



ALGO QUE NUNCA CHEGA

No crepúsculo do fim de tarde,
O sol aproxima-se do acaso
E a luz, já sem fulgor,
Lentamente se desvanece.
A noite aparece,
Com ela o mistério e a incerteza.
Quantas vezes, no silêncio da noite,
Alguém circula sem rumo certo,
Procurando um bem impossível,
Um “canto” onde possa repousar
O corpo “mal tratado”...
Encontrar
Um companheiro, um amigo,
Para desabafar as penas da solidão...
E, circulando, sem direcção,
O crepúsculo da manhã aproxima-se,
Semelhante ao da tarde;
A alvorada começa a despontar,
O sol surge no horizonte,
Estamos em pleno dia;
Novamente surge a noite.
A cena repete-se.
Os dias e as noites sucedem-se
E alguém espera algo... que nunca chega!...



DESILUSÃO!...

Eu queria ser algo com suporte,
Mas sou humilde rio, deslizando...
Por entre altas vertentes, vou rumando
Nas esp’rança de alcançar inda o meu norte!
Queria a liberdade de um Oceano,
E ser a magnitude, a Terra imensa,
Um sonho sublimado de presença
Num mundo transparente e mais humano!
E não a triste imagem conturbada
Que perdeu robustez, toda a harmonia,
E doces sortilégios de magia...
Agora vejo nada –igual a nada!
Porque sou linfa turva obstruída,
Quando queria ser a claridade
E ser na própria essência, na vontade
O Mar deste universo e a cor da Vida!


O MEU RITUAL


Eu sou humilde rio, descuidado,
Trilhando por vertentes de euforia;
E envolve o meu caudal tão delicado
A esp’rança de encontrar paz e alegria!

Meu vigor para o mar vai ser lançado
A fluir os murmúrios da harmonia
E sorrindo ao porvir que é desejado,
Emerjo nas enchentes... dia a dia!

Faço do meu destino um ritual
Correndo com a força natural
Na plena transparência, da minh’alma!

Por ser a minha essência a própria vida,
Sou água firme, activa na subida,
Descendo p’la corrente que me acalma!



OH TEJO, MEU RIO FAMOSO! ...

“OLHA, O TEJO VAI TÃO TRISTE”,
Por já não ser o que era
Pois, agora, nele existe
Um mal que o desespera
“A CORRER TÃO VAGAROSO”
Não tem pressa de chegar
Ao ponto mais arenoso
E a vida não encontrar.

“OLHA, O TEJO VAI TÃO TRISTE”,
Vai carregado de mágoa,
Porque o mal, ali, persiste,
Poluindo a sua água.
“A CORRER TÃO VAGAROSO”
Por não ser aquele rio,
Imponente e poderoso
E que, outrora, ali sorriu.

“OLHA, O TEJO VAI TÃO TRISTE”,
E também suas gaivotas;
Algo cruel não desiste...
No escuro das horas mortas!
“A CORRER TÃO VAGAROSO”
Murmuras já, sem alento
Como eu, audacioso
- Chora, agora, o sofrimento.

“OLHA, O TEJO VAI TÃO TRISTE”,
Coberto de chicotadas
A vida ali não resiste
Nas águas tão perturbadas.
“A CORRER TÃO VAGAROSO”
E o coração destroçado,
Oh Tejo, meu rio famoso
Que tormentas tem passado!...


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sexta-feira, 4 de julho de 2014

notícia de uma sexta-feira qualquer




NOTÍCIA DE UMA SEXTA-FEIRA QUALQUER

Artigo encontrado no Blogue Portugalidade, de onde o extraímos com a devida vénia e mil agradecimentos pelas palavras. 


Decorreu ontem, na sede da ALA, no Monte Estoril, a cerimónia pública de lançamento do livro “Mãe Preta”, o segundo romance da autoria da escritora e académica Celeste Cortez.


A apresentação, feita pelo Comendador Joaquim Baraona, Vice-Presidente da ALA, sublinhou o vínculo forte que a obra apresenta relativamente à presença Portuguesa em África, bem como o apelo permanente ao Amor no seu sentido mais puro e fugaz que, sendo de primeira importância para o sustento da humanidade, tanto vai faltando nos dias que correm. Para além destes e doutros aspectos importantes para a compreensão da obra, Joaquim Baraona descreveu ainda a importância deste “Mãe Preta” para a interpretação de alguns dos mais significativos episódios da História de Portugal, com especial relevo para aqueles que acompanharam o relacionamento entre o País e as suas antigas Províncias Ultramarinas. 

Antes do encerramento da sessão o dizedor de poesia Jorge Viegas declamou ainda um poema da autoria de Celeste Cortez que antecedeu a apresentação de um filme sobre África contextualizando a obra agora apresentada.

terça-feira, 1 de julho de 2014

SETENTA *poema de - 
João Coelho dos Santos


Há quanto tempo lancei sementes de sonhos
À espera de colher flores matizadas,
Na certeza de que profunda era
A raiz da minha paixão!
Sei que no silêncio dormem visões longínquas,
Ocultas, distantes, perdidas, envoltas em tranças
De oiro, em tua coroa de princesa primavera.
Fui seduzido por tua magia, num bissexto dia,
E então, contigo sonhei a vez primeira.
O sonho só é irrealizável
Quando a inércia vence o sonhador;
Por isso, se concretiza dia-a-dia
No polir de arestas do cristal.
Muitas vezes procurei envolver-me
Num silêncio azul,
Meditando que lisas são as águas do lago.
No despertar do dia, na sua matinal glória.
Sei que nunca te deixarei. E tu o sabes também…

Na hora presente vivo uma hora de outrora
E outra de agora.
Como quem esquece, aprendi
Que este amor não esmorece.
Estou tão certo de mim!
Nem fadas, nem gnomos
Vivem em tal mundo de encanto!
No extremo das nossas mágoas há sempre
Uma janela aberta de ar e de luz
A receber o amanhã, a esperança.

Minha princesa, minha rainha,
Rainha-mãe, rainha-avó!
As pessoas são o que são, raramente se mudam,
Quase sempre se revelam.
Por vezes parecem morrer alguns sonhos,
Ilusões, devaneios…
Quando assim parecer ser, sossega, não desesperes,
E faz como quando em bebé punhas o dedo na boca
E dele fazias
Improvisada e inseparável, a tua magnífica chupeta.
Como então, agora brincas nos teus setenta!
Gu-gu, da-da, gu-gu, da-da…

* A Angélica, minha mulher
do livro 70 - SETENTA - 70
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