sexta-feira, 28 de novembro de 2014

AMÁLIA RODRIGUES - "Vi o Menino Jesus"

     E porque nos aproximamos do Natal, começo a publicação de poemas alusivos à quadra. Não poderia deixar de publicar, em primeiro lugar, este lindo poema da nossa cantora e poeta AMÁLIA RODRIGUES

Vi o Menino Jesus
   Que bonito que ele vinha
   Trazia estrelas de luz
   Ou eram brincos que tinha

   Cabelos de seda tinha  
   Deu -lhos Nossa Senhora  
   Com pezinhos de andorinha
   Andava pelo céu fora

        Nossa Senhora
       Meu roseiral 
       Enchei de rosas
      Este Natal

   Dois passarinhos azuis
   Nos seus olhos lhe vi eu
  Voando descendo à terra
  Cantando voando ao céu

  Lá vai uma lá vão duas
  Três estrelinhas brilhando
  Anda o Menino Jesus
  À roda delas brincando
                                                                                                   Vi o Menino Jesus
                                                                              Seus olhos são estrelinhas
                                                                          Suas mãos sinal da cruz
                                                                                 Seus pezinhos de andorinhas

                                                                           Andam as nuvens ligeiras
                                                                E as estrelas no céu
                                                                   A dizer umas às outras
                                                                 O meu menino é meu

                                       


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ROBBIE P. - A história de uma vida

A HISTÓRIA DE UMA JOVEM VIDA... OU A HISTÓRIA DE UMA VIDA JOVEM



Estou janota? Às vezes é preciso vestir bem, principalmente
para ir ao meu baile de finalista
Esta é a história de um rapaz já crescidote. Faz hoje anos. Em sua homenagem, porque merece todas as homenagens, aqui ficam algumas fotos, com legendas que sua avó - que sou eu - imaginou e pôs na sua boca. Óh, se ainda estivesse entre nós, mesmo que residisse no Brasil, o primo Jayme Cortez, ele transformaria esta história em banda desenhada, como só ele era capaz. Mas... 



Meus avós maternos, minhas primas e meu irmão 
 
Com o sol, é conveniente proteger os olhos
Adicionar legenda


Dizem que as crianças não pensam! Que tolice. Pensam em
coisas boas: dar beijinhos à mamã e ao papá, comer sorvete...
sorrir para a fotografia... Coisas destas fazem as delícias dos mais pequenos, posso assegurá-lo, porque sempre fui um rapaz feliz.


Dizem que quem tem um irmão, fica mais rico
Não me importam as riquezas, mas o meu irmão é um rico irmão,
protegemo-nos mutuamente

Era uma vez... um menino que decidiu sair de casa e viajar, viajar por países bonitos: Ir até Portugal
visitar a família materna, ir até à Grecia visitar a família paterna.
Pôs na mala todos os seus pertences, pediu uma bengala
emprestada para o amparar na viagem. Comprou o jornal para
quando quisesse ler notícias sobre a sua viagem.
Acabou por se sentir tão só, tão só!  Sem o papá, sem a mamã... não valia a pena viajar.
 Quem sabe um dia, quando fosse maior!




A minha mamã e o meu papá, são as pessoas mais maravilhosas do mundo.
Se os seus pais também são, então os nossos pais ficam empatados.
O.K. Eureka! Quero dizer "achei", ficam no mesmo lugar "ex-aequo"



Eu era um miúdo bonito, não acham?
E os meus dentes? Ainda hoje me preocupo com a higiene dos dentes,
afinal quero que eles me acompanhem pela vida fora... E o sorriso
com dentes bem tratados, é um sorriso mais bonito. 

Que dizer desta foto? Que fui um bebé bonito? Não é o mais importante... a foto que testemunha os meus pais, de mãos dadas
a segurar-me, como se fosse a promessa de me ampararem sempre, sempre, até eu precisar.
 E neste dia do meu décimo novo aniversário (19th), em que estou a finalizar o meu primeiro ano universitário, é certo que pus de lado a possibilidade de ser um grande jogador de futebol, mas na vida tem de se fazer opções. E estou a fazer ciência do desporto... poderei continuar ligado ao futebol, desejem-me sorte, como eu desejo a todos vós.

E PARABÉNS À MALTA JOVEM, QUE FAZ HOJE 19 ANOS COMO EU.



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

NUM DIA LINDO EM ÁFRICA, POEMA DE CELESTE CORTEZ




Celeste Cortez



NUM DIA LINDO EM ÁFRICA
Celeste Cortez

Num dia lindo, em África
Mergulharam-me a cabeça, o corpo, na água do mar,
Naquele Indico quente que me sufocou
E me deu a coragem que eu não tinha
Embora continue a não saber nadar

O medo. O medo de falhar, o medo de escutar
As ondas que rebentam barulhentas na praia
Naquela praia bela onde as pessoas passeiam
Alheias às outras que por vezes se afogam, no mar,
No mar da imensidão do mundo

Foi num dia lindo, em África
Que se tornou azul e branco,
de onde saiu um arco iris de maviosas cores
Com a espuma das ondas a escorrer-me
Da cabeça, dos seios pequeninos
Acabados de nascer.
Foi num dia lindo, em África
Como em África são lindos todos os dias
Com o sol a brilhar
Mesmo ao anoitecer.

Celeste Cortez
Cascais - Portugal
http://celestecortez.blogspot.com
http://sabiosmestres.blogspot.com/2007_09_16_archive.html


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O PRIMADO DA BOA ACÇÃO; por Carlos Brandão de Almeida

O PRIMADO DA BOA ACÇÃO

N
os meus descuidados tempos da adolescência, fui um dia convidado a integrar um agrupamento de escuteiros sediado na paróquia de S. Domingos de Benfica, em Lisboa.
Recordo, vagamente, que a inicial motivação se firmou na ocupação lúdica que era proporcionada aos escutas. Porém, com o decorrer do tempo, fui constatando que, a par do entretenimento, os ensinamentos que nos eram ministrados tinham um alcance pedagógico mais profundo e que, pouco a pouco, íamos absorvendo conceitos e valores de alto sentido moral enriquecedorde uma correcta formação cívica e humanista.
Tenho ainda bem presente a máxima que nos era constantemente leccionada: o primado da boa acção. O escuteiro deveria ser o exemplo do bom cidadão. Diariamente, o nó do lenço cingido ao pescoço só era feito depois da prática de um acto de generosidade para com o semelhante necessitado. Que princípio mais sublime e mais cristão poderia ser transmitido ao jovem?
Hoje reconheço o quão valioso foi o contributo das práticas escutistas na minha formação cívica, pelo que é com extremo orgulho que reclamo os meus antecedentes escuteiros.
O Movimento Escutista Mundial foi criado por Baden-Powel há perto de cem anos e tinha como objectivo o desenvolvimento integral dos jovens procurando torná-los Homens conscientes, justos, solidários e activos dentro da Sociedade em que estavam inseridos.
Os ensinamentos que lhes são ministrados e as actividades que lhes são proporcionadas nos seus tempos livres visam a sua harmoniosa formação física, intelectual, social e espiritual.
Reconheçamos que, chegados ao século XXI, nunca esses objectivos se mostraram tão necessários de administrar à actual juventude, superassediada por toda a sorte de tentações nocivas à sua saúde e à sua mente.
Aos pais, aos párocos e outros educadores cabe o dever de proporcionar aos jovens ocupações lúdicas saudáveis e instrutivas. Nada melhor do que o Escutismo para atingir esse fim. Impõe-se um esforço de criação e desenvolvimento de meios atraentes para que a juventude se interesse pela actividade escutista onde impera o saudável contacto com a Mãe Natureza, a sã alegria de viver, a franca solidariedade para com os carentes, o enriquecimento intelectual e outras actividades benéficas para a formação integral do individuo.
É tempo da geração adulta apertar o nó do lenço e praticar a boa acção de ajudar os nossos jovens na manutenção e desenvolvimento das suas organizações juvenis.
Procuremos, como os escuteiros buscam, ser a gota de água que falta no grande oceano, que faz transbordar a humanidade e melhorar a sociedade.
                                Carlos Brandão de Almeida

09.10.2014

sábado, 8 de novembro de 2014

HEROIS DEPOIS DA MORTE

ENCONTREI ESTE ARTIGO QUE UM DIA, SEI LÁ QUANDO, UMA AMIGA ME ENVIOU. NÃO ME PARECE QUE SEJA PROIBIDO PUBLICÁ-LO, NÃO É PLAGIO PORQUE ESTOU DESDE JÁ A AFIRMAR QUE NÃO É DE MINHA AUTORIA. E ACREDITO QUE ELA NUNCA O ESCREVEU, NÃO É O SEU GÉNERO.

Na Ucrânia, os jogadores do FC Start (nome clandestino do Dínamo de Kiev), hoje, são heróis da pátria e o seu exemplo de coragem é ensinado nos colégios. Os possuidores de entradas daquela fatídica partida têm direito a assento gratuito no estádio do Dínamo de Kiev

A história do futebol mundial inclui milhares de episódios emocionantes e comoventes, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40.
Os jogadores jogaram um partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e, no entanto, decidiram ganhar. Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, pelo seu dramatismo, outro caso similar no mundo.
Para compreender a sua decisão, é necessário conhecer como chegaram a jogar aquela decisiva partida, e porque um simples encontro de futebol apresentou para eles o momento crucial das suas vidas.

Tudo começou em 19 de Setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada pelo exército nazista, e os homens de Hitler aplicaram um regime de castigo impiedoso e arrasaram tudo.
A cidade converteu-se num inferno controlado pelos nazistas, e durante os meses seguintes chegaram centenas de prisioneiros de guerra, que não tinham permissão para trabalhar nem viver nas casas, assim todos vagavam pelas ruas na mais absoluta indigência. Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, que tinha sido guarda-redes do Dinamo.
Josef Kordik, um padeiro alemão a quem os nazistas não perseguiam, precisamente pela sua origem, era torcedor fanático do Dinamo. Um dia caminhava pela rua quando, surpreso, olhou para um mendigo e de imediato se deu conta de que era o seu ídolo: o gigante Trusevich.
Ainda que fosse ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazistas e contratou o guarda redes para que trabalhasse na sua padaria. A sua ânsia por ajudá-lo foi valorizado pelo jogador, que agradecia a possibilidade de se alimentar e dormir debaixo de um tecto. Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela da sua equipa.
Na convivência, as conversas sempre giravam em torno do futebol e do Dinamo, até que o padeiro teve uma ideia genial: encomendou a Trusevich que em lugar de trabalhar como ele, amassando pães, se dedicasse a buscar o resto dos seus colegas. Não só continuaria pagando-lhe, como juntos podiam salvar os outros jogadores.
Percorreu o que restara da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, os seus amigos do Dinamo. Kordik deu trabalho a todos, esforçando-se para que ninguém descobrisse a manobra. Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três jogadores da Lokomotiv, e também os resgatou. Em poucas semanas, a padaria escondia entre os seus empregados uma equipa completa.
Reunidos pelo padeiro, os jogadores não demoraram em dar o seguinte passo, e decidiram, alentados pelo seu protector, voltar a jogar. Era, além de escapar dos nazistas, a única que bem sabiam fazer. Muitos tinham perdido as suas famílias nas mãos do exército de Hitler, e o futebol era a última sombra mantida das suas vidas anteriores.
Como o Dinamo estava enclausurado e proibido, deram um novo nome para aquela equipa. Assim nasceu o FC Start, que através de contactos alemães começou a desafiar a equipas de soldados inimigos e selecções formadas no III Reich.
Em 7 de Junho de 1942, jogaram a sua primeira partida. Apesar de estarem famintos e cansados por terem trabalhado toda a noite, venceram por 7 a 2. O seu rival seguinte foi a equipa de uma guarnição húngara, ganharam de 6 a 2. Depois meteram 11 golos a uma equipa romena.
A coisa ficou séria quando em 17 de Julho enfrentaram uma equipa do exército alemão e golearam por 6 a 2. Muitos nazistas começaram a ficar chateados pela crescente fama do grupo de empregados da padaria e buscaram uma equipa melhor para ganhar a eles. Trouxeram da Hungria o MSG com a missão de derrotá-los, mas o FC Start goleou mais uma vez por 5 a 1, e mais tarde, ganhou de 3 a 2 na revanche.
Em 6 de Agosto, convencidos da sua superioridade, os alemães prepararam uma equipa com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era uma grande equipa, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler.
Os nazistas tinham resolvido buscar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já gozava de enorme popularidade entre o sofrido povo refém dos nazistas. A surpresa foi grande, porque apesar da violência e falta de desportivismo dos alemães, o Start venceu por 5 a 1.
Depois desta escandalosa queda da equipa de Hitler, os alemães descobriram a manobra do padeiro. Assim, de Berlim chegou uma ordem de acabar com todos eles, inclusive com o padeiro, mas os hierarcas nazistas locais não se contentaram com isso. Não queriam que a última imagem dos russos fosse uma vitória, porque acreditavam que se fossem simplesmente assassinados não fariam nada mais que perpetuar a derrota alemã.
A superioridade da raça ariana, em particular no desporto, era uma obsessão para Hitler e os altos comandos. Por essa razão, antes de fuzilá-los, queriam derrotar a equipa num jogo.
Com um clima tremendo de pressão e ameaças por todas as partes, anunciou-se a revanche para 9 de Agosto, no repleto estádio Zenit. Antes do jogo, um oficial da SS entrou no vestiário e disse em russo: -"Vou ser o juiz do jogo, respeitem as regras e saúdem com o braço levantado", exigindo que eles fizessem a saudação nazista.
Já no campo, os jogadores do Start (camisa vermelha e calção branco) levantaram o braço, mas no momento da saudação, levaram a mão ao peito e no lugar de dizer: -"Heil Hitler !", gritaram - "Fizculthura !", uma expressão soviética que proclamava a cultura física.


Os alemães (camisa branca e calção negro) marcaram o primeiro golo, mas o Start chegou ao intervalo do segundo tempo ganhando por 2 a 1.
Receberam novas visitas ao vestiário, desta vez com armas e advertências claras e concretas:
-"Se vocês ganharem, não sai ninguém vivo". Ameaçou um outro oficial da SS. Os jogadores ficaram com muito medo e até propuseram-se a não voltar para o segundo tempo. Mas pensaram nas suas famílias, nos crimes que foram cometidos, na gente sofrida que nas arquibancadas gritava desesperadamente por eles e decidiram, sim, jogar.
Deram um verdadeiro baile nos nazistas. E no final da partida, quando ganhavam por 5 a 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o arqueiro alemão. Deu-lhe um drible deixando o coitado estatelado no chão e ao ficar em frente a trave, quando todos esperavam o golo, deu meia volta e chutou a bola para o centro do campo. Foi um gesto de desprezo, de deboche, de superioridade total. O estádio veio abaixo.
Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazistas deixaram que saíssem do campo como se nada tivesse ocorrido. Inclusive o Start jogou dias depois e goleou o Rukh por 8 a 0. Mas o final já estava traçado: depois desta última partida, a Gestapo visitou a padaria.
O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro. Os demais presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz. Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o Trusevich, que morreu vestido com a camiseta do FC Start. Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, foram os únicos que sobreviveram, escondidos, até a libertação de Kiev em Novembro de 1943. O resto da equipa foi torturado até a morte.
Ainda hoje, os possuidores de entradas daquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dinamo de Kiev. Nas escadarias do clube, custodiado em forma permanente, conserva-se actualmente um monumento que saúda e recorda aqueles heróis do FC Start, os indomáveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos quais ninguém pôde derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942.
Foram todos mortos entre torturas e fuzilamentos, mas há uma lembrança, uma fotografia que, para os torcedores do Dinamo, vale mais que todas as jóias em conjunto do Kremlin. Ali figuram os nomes dos jogadores. Abaixo a única foto que se conserva da heróica equipa do Dinamo e o nome dos seus jogadores. Goncharenko e Sviridovsky, os únicos sobreviventes, junto ao monumento que recorda os seus colegas.

























 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

CECILIA MEIRELES – Rio de Janeiro 7-11-1901 
– Rio Janeiro 9-11-1964 (Neste blogue há mais do que um artigo sobre Cecília Meireles) 

CECILIA MEIRELES nasceu no Rio de Janeiro a 7-11-1906 e faleceu no Rio de Janeiro a 9-11-1964, justamente dois dias depois do seu 63º. Aniversário.

Filha de portugueses de Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel nos Açores, seu pai morre 3 meses antes dela nascer. Sua mãe morre quando ela tinha apenas 3 anos. Viveu com sua avó materna D. Jacinta Garcia Benevides, também açoriana.

Foi, professora primária e mais tarde, depois de diversos estudos,  lecionou em Universidade americana. A sua prioridade era a educação cultural da criança – futuro do seu país, como dizia. Foi activista para mudanças no sistema educacional. Fundou a primeira biblioteca infantil do Brasil. Escreveu poesia desde os 9 anos de idade, sendo bem conhecidos os seus poemas para crianças, bem como outros poemas.

Casou em primeiras núpcias com o artista plástico português Fernando  Correia Dias, de quem teve as suas três filhas, que pintou o seu retrato em Lisboa. Este, sofrendo de depressão aguda, vem a suicidar-se em 1935. Ela volta a casar anos depois com um professor e engenheiro agrónomo brasileiro.

Este um dos poemas dedicados às crianças. Deveria dizer “No tempo em que se podia dar uma palmada bem dada?” O que seria se ela tivesse publicado hoje, passados que são alguns anos. Não se pode dar uma palmada bem dada num menino malcriado – dizem os psicólogos – porque traumatiza. Na nossa geração quem não apanhou uma palmada bem dada? Responsável por quantos traumatismos?  

Uma Palmada Bem Dada, por Cecília Meireles (Rio de Janeiro 7-11-1906-Rio de Janeiro 9-11-1964)

É a menina manhosa
Que não gosta da rosa,
Que não quer A borboleta
Porque é amarela e preta,
Que não quer maçã nem pêra
Porque tem gosto de cera,
Porque não toma leite
Porque lhe parece azeite,
Que mingau não toma
Porque é mesmo goma,
Que não almoça nem janta
porque cansa a garganta,
Que tem medo do gato
E também do rato,
E também do cão
E também do ladrão,
Que não calça meia
Porque dentro tem areia
Que não toma banho frio
Porque sente arrepio,
Que não toma banho quente
Porque calor sente
Que a unha não corta
Porque fica sempre torta,
Que não escova os dentes
Porque ficam dormentes
Que não quer dormir cedo
Porque sente imenso medo,
Que também tarde não dorme
Porque sente um medo enorme,
Que não quer festa nem beijo,
Nem doce nem queijo.
Ó menina levada,
Quer uma palmada?
Uma palmada bem dada
Para quem não quer nada!

                            


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Razoes para beber mais agua


Surprising Reasons to Drink More Water

We hear about importance of drinking enough water constantly. On the flip side, there has been a growing trend in the media lately that the commonly recommended eight cups of water daily is a myth, which is technically accurate, but not the whole story. Whether you need eight cups of water daily, or four or ten, most people are not getting the message that whatever their particular water needs are, they aren’t meeting them.

And even dietitians, nutritionists, and medical professionals are contributing to the problem by informing people that they get enough water in their diet in the form of fruits and vegetables. That might be true for some people, but after assessing the diets of countless people, I assure you that isn’t the case for most people.
Plus, have you ever noticed that when you throw vegetables in a pan and turn on the heat you’ll see liquid in the pan soon afterward, and then shortly after that you’ll see steam rising from them? That’s because you’re literally cooking the water out of the vegetables.
Researchers estimate that half of the world’s population is chronically dehydrated. And in America, that level is even higher at 75 percent of the population.
More than two-thirds of your body weight is water. Without adequate water your body’s biochemical and electrical (yes electrical, read on!) processes begin to break down. The list of reasons your body needs water is as plentiful as the functions in your body, so due to space limitations, here are 10 good reasons to drink more water:
1. Your blood is over 80 percent water and needs water to make healthy new blood cells.
2. Your bones are over 50 percent water and, you guessed it, need water to make healthy new bone cells.
3. Drinking more water actually helps lessen pain in your body by getting your lymphatic system moving. The lymphatic system is a network of nodes, tubes, vessels, and fluid that move waste out of your tissues. It requires water to function properly.
4. Water helps to eliminate wastes and toxins from your body through the lymphatic system, kidneys, and intestines.
5. Water lubricates your joints and helps reduce joint pain and protect against wear and tear.
6. Water regulates your metabolism so if you’re overweight chances are you may need more water.
7. Water balances body temperature.
8. Water helps to ensure adequate electrical functioning so your brain and nervous system function properly.
Your brain and nervous system send out electrical signals to function properly. Researchers estimate that your brain gives off about the same amount of electricity as a 60 watt light bulb. So, there’s some truth to the image of a light bulb going on when someone has a good idea.
9. Water alleviates dehydration (and I’ve already mentioned that most people are chronically dehydrated).
10. Every cell and organ in your body requires adequate water to function properly.
So, one of the quickest and easiest ways to improve your health is to start drinking more pure water every day. Be sure to drink water on an empty stomach or you’ll simply be diluting your digestive enzymes and making your digestion less effective.
And, choose purified water as much as possible (but get yourself a BPA-free water bottle so you won’t pollute the planet with all those plastic water bottles. In wealthy, developed nations with plentiful access to water, we really have no excuses for not drinking enough water.
Adapted with permission of the author from the upcoming book, The Phytozyme Cure. (Wiley, December 2010). Copyright Michelle Schoffro Cook.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

MONUMENTOS DE PORTUGAL


LISBOA - Palácio Galveias



         

O Palácio Galveias, que hoje em dia alberga uma das bibliotecas  municipais  de Lisboa, é um dos mais bonitos palácios nobres de Lisboa do século XVII e um dos melhores exemplos de casa nobre portuguesa seiscentista.

           Está localizado na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, diante da Praça  de Touros do Campo Pequeno e ao lado da sede da Caixa Geral de Depósitos.


          Apesar de hoje em dia, a sua localização ser central em Lisboa, quando  foi  construído, em meados do século XVII, destinou-se a casa de campo dos

Marqueses de Távora, permanecendo na família até 1759, data em que  confiscado pelo Estado no âmbito do célebre processo dos Távoras.
    
           Em 1801 foi adquirido por D. João de Almeida de Melo e Castro, 5.º Conde  das Galveias, recebendo na altura obras de restauro. Uns anos mais tarde 

foi comprado por Braz Simão.  Em 1928, entrou na posse da Câmara Municipal de Lisboa, entidade que aí veio  a instalar a biblioteca municipal.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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