sexta-feira, 4 de abril de 2014

Aristides De Sousa Mendes - 60 anos após a sua morte

Aristides De Sousa Mendes Evocado 60 Anos Após A Sua Morte

          Aristides de Sousa Mendes foi mote para o colóquio/painel realizado ontem à tarde, no Centro Cultural de Carregal do Sal.
             A iniciativa, integrada no projeto “Dever de Memória.- Jovens pelos Direitos Humanos” promovido pelo Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal, surgiu como uma evocação e singela homenagem ao Cônsul, no dia em que passaram 60 anos sobre o aniversário da sua morte.
          Precedido de discursos de abertura proferidos pelo Diretor do Agrupamento de Escolas, Hermínio Cunha Marques, que enalteceu o projeto e o empenhamento dos alunos na sua concretização e informou de que Aristides de Sousa Mendes tinha sido um brilhante aluno do ex-Colégio Nun’Álvares e do Vice-Presidente da Câmara Municipal, José Sousa Batista, que sublinhou a necessidade de memória e o dever para com o gesto do Cônsul, a tarde iniciou com um momento musical em violino, a cargo da aluna Beatriz Queirós, do 9.º ano. Depois seguiu-se a projeção de um filme sobre iniciativas realizadas nos últimos dez anos, para evocar a figura de Aristides de Sousa Mendes, e sobre o atual estado da Casa do Passal, produzido por Josefa Reis, professora do Agrupamento.
          O colóquio/Painel, moderado por Óscar Paiva, começou de imediato com a intervenção de António Moncada, neto de Aristides de Sousa Mendes, que recordou episódios da vida do avô e fotografias antigas, algumas com mais de 90 anos.
Fátima Claudino, da Comissão Nacional da UNESCO, referiu-se aos objetivos, missão e abrangência da Comissão parabenizando o Agrupamento de Escolas por ser mais uma das Escolas associadas da UNESCO procedendo, no final, à entrega do documento oficial.

          António Martins, natural do Concelho de Carregal do Sal e em nome da Memoshoá (Associação para a Memória e o Ensino do Holocausto) sustentou a sua intervenção em imagens de desumanização e carnificina praticada pelas SS recordando que também estes tinham família e na importância da Resistência dos Judeus lembrando que o ato de Aristides de Sousa Mendes, que levou à sua distinção de “Justo Entre as Nações” por Israel, foi totalmente merecida. Aludiu na ocasião ao facto de existir um outro português “Justo Entre as Nações” mas que não tem tido a visibilidade do Cônsul, referindo-se a Sampaio Garrido. A terminar deixou o repto para que situações como a do Holocausto não se repitam.

          Luís Fidalgo, da Fundação Aristides de Sousa Mendes e orador seguinte, reportou-se ao caráter de Aristides de Sousa Mendes que, tal como o seu irmão gémeo, César, foram ótimos alunos também na Universidade de Coimbra onde, inclusive aparecem referenciados em atas como dois alunos que tentaram fazer das praxes algo menos agressivo sugerindo a realização das Festa dos Novatos (referindo-se aos caloiros). A par deixou o que chamou de referendo aos alunos em relação à transladação dos restos de Aristides de Sousa Mendes para o Panteão Nacional e sobre a beatificação do Cônsul, alvitrada por alguns.

          A última intervenção coube a Paula Teles, do Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria. A Técnica incidiu a sua apresentação sobre a Casa do Passal em termos de património cultural e histórico que importa preservar e perenizar.
Seguiu-se um período de debate e logo depois a visita à exposição realizada por alunos de várias turmas do Agrupamento “O Outro Olhar… Aristides de Sousa Mendes – 60 anos de Memória”, patente no Museu Municipal.

Extraído com a devida vénia de email que me foi enviado pela Câmara de Carregal do Sal, o que agradeço. 

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