quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SANTO NATAL - FESTAS FELIZES - NOVO ANO COM SAÚDE E PAZ





            SANTO NATAL – FESTAS FELIZES – NOVO ANO COM SAÚDE E PAZ

NA TERNURA DO PRESÉPIO, Celeste Cortez – no livro  “L. de E”.
  Na ternura do presépio, pequena e rústica manjedoura, o Menino, sua Mãe e José.   Sua Mãe, a jovem Maria de Nazaré, contempla-o com a dor de o ver num berço de palha, mas com o Seu Amor para além de toda a dor. Olhos meigos de ternura, contempla-O enlevada. Sonha sonhos de mãe para aquele filho pequenino que o Senhor Deus lhe confiou.
Sagrada Família pintada em marfinite por Celeste Cortez 
José, embevecido, eleva uma prece a DEUS, prometendo acarinha-lo e guiá-lo na vida, com amor. Ele será o sustento daquele Menino especial. Irá tê-lo nos braços, levá-lo a visitar lugares, ensinar-lhe a sua profissão, E como gostaria de participar dos admiráveis segredos Daquele que tinha sido destinado a ter uma Missão especial no Mundo. Ah!. Como gostaria que Jesus o convidasse a participar dos desígnios misericordiosos na terra…
Jesus dormindo pareceu sorrir. Ali, naquela simples manjedoura, existe paz, a paz de Deus.
 
Olhem! Olhem!  As palhinhas do berço do Menino parecem brilhar,
Maria escuta o seu levíssimo respirar;
Mexe-lhe num dedinho do pé para o acariciar;
Os animais deitam o seu bafo para o aquecer
No deserto de rija terra ouve-se uma fonte a borbulhar;
Dela brotando cristalina água para quem precisar de se saciar;
Vê-se uma flor lentamente a desabrochar, parecendo querer nela o Menino embalar;
De um pequeno arbusto tosco, foram despontando verdes ramos,
Com um passarinho amarelo a baloiçar;
 cantando uma melodia especial para o recém nascido encantar.
Pássaros lá fora voam baixinho
querendo adorar aquele anjinho.
Algum passarinho mais atrevidote dizia no seu gorjear :
Poderei vir todas as manhãs acordar-te cantando? Poderemos juntos brincar?
 Nos rosmaninhos silvestres que nunca tinham florido, passaram a florir botõezinhos da cor do manto de Maria Virgem Mãe. Beleza de encantar!
E Ele  - o Menino de Maria - que mal se ouve respirar…
Preocupada, como qualquer mãe, Maria  pega-lhe docemente 
com aquela ternura de Mãe no olhar…
As estrelas no céu ficaram mais brilhantes.
Ouvem-se Anjos cantando hinos maviosos, não só de adoração a Jesus, mas para chamar os pastores para virem ver o Menino, para O adorar.  
Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos homens de boa vontade.
Mas os homens nem sempre são de boa vontade. Esquecem-se facilmente do seu semelhante. Nem sempre é Natal.
O poema Natal é quando um homem quiser, do saudoso poeta português Ary dos Santos, ilustra como muita gente se esquece do seu semelhante:

Tu que dormes a noite na calçada de relento 
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
Tu que dormes a noite na calçada de relento, numa cama de
chuva com lençóis feitos de vento
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

 Natal é em Dezembro
 Mas em Maio pode ser
 Natal é em Setembro
 É quando um homem quiser

         
                     Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
                     Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

 Natal é em Dezembro
 Mas em Maio pode ser
 Natal é em Setembro
 É quando um homem quiser

                         Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
                         Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Se Natal é sempre quando um homem quiser… vamos fazer para que todos os dias seja Natal. Lembremo-nos da ternura do presépio, do amor de Jesus a todos nós. Então os Anjos cantarão Glória a Deus nas alturas e Paz na terra a todas as criaturas.  

                                                             Celeste Cortez 
autora dos livros: O Meu Pecado, Mãe Preta, Cântico de Palavras, “L. de E”, no prelo, participação no O Livro das Aldravias II e outros. 









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