sábado, 19 de outubro de 2013

HOMENAGEM PÓSTUMA A VINICIUS DE MORAES, no dia do seu 100º.aniversário natalício


   VINICIUS DE MORAES

Poeta-letrista-compositor-cantor-diplomata-boémio-advogado-músico-critico de cinema, intitulava-se “O branco mais preto do Brasil”.

Nascido no Rio de Janeiro a 19-10-1913, filho e familiar de artistas (músicos e poetas) Vinícius de Moraes Era um homem plural pelas várias atividades que desenvolveu, nos vários amores que teve (dizem os seus biógrafos que teve oficialmente 9 mulheres) na diversidade da forma e estilo dos seus poemas,  desde os primeiros que deu à luz até aos últimos.
A sua obra poética está dividida em 3 partes:
a)- versos longos, tom bíblico-romântico, com espiritualidade católica e visionária;
b)- Formas clássicas respeitando o soneto de tradição camoniana e shakespeariana;
c)- Poesia livre onde inventa palavras, algumas bilíngues e onde faz uso de oralidade maliciosa.
Escreveu poesia como critica social, sendo mais conhecidos os poemas fortes, comoventes: “Balada dos mortos dos campos de concentração” “O operário em construção” e “A rosa de Hiroxima”

 Autor de mais de trezentas músicas,foi lançado postumamente em 1991 o “Livro de Letras”  onde estão mais de 300 letras de músicas de sua autoria, difundidas pelo mundo com o grande acontecimento cultural e musical que foi a bossa nova. Recordam-se de “Garota do Inapema”? Vinicius de Moraes, escreveu letras de fado para a nossa Amália Rodrigues e até fez um soneto, o soneto de fidelidade, no nosso Estoril, em 1939, que escolho para o recordarmos com saudade neste dia em que se celebra o seu 100º. Ano de nascimento.


Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Estoril - Portugal, 10.1939



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