quinta-feira, 29 de agosto de 2013

poema de RUI DE NORONHA




POR AMAR-TE TANTO
 
RUI DE NORONHA (POETA MOÇAMBICANO)

Que culpa terei eu de amar-te assim?
Que culpa terás tu de o não saberes?
Quem adivinha o que se passa em mim?
Como hei-de adivinhar o que tu queres?

Oh! Corações secretos de mulheres!
Oh! Minhas ilusões, mágoas sem fim!
Porque hei-de eu ter só mágoas, não prazeres,
por tanto te querer, doce jasmim?

Tudo, que sob a luz do sol existe,
alegre é num momento e noutro triste,
só eu herdei apenas dor e pranto...

O mais humilde verme, que rasteja,
um outro tem, que o ama, afaga e beija
- e eu nada tenho por amar-te tanto...

António RuI de Noronha (n. Moçambique 28 Out 1909; f. Moçambique 25 Dez 1943).

7 comentários:


  1. Agradeço o seu comentário. Neste blogue tenho mais poemas de Rui de Noronha, faleceu há bastante tempo. Conheço, sou amiga, de uma sua filha, que vive em Portugal e vai fazendo conhecida a poesia dele.
    Querendo ler outros poemas de RUI DE NORONHA, basta procurar em Rui de Noronha, aqui no blogue.
    Volte novamente. Eu voltarei também com outros poemas.
    Há aqui uma rúbrica de poetas africanos, poderiam ou não ter nascido em África, mas a sua poesia foi escrita em África ou pelo menos residiram em África. O título é "POEMAS GERADOS EM ÁFRICA".

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    Respostas
    1. Tenho duas Obras sobre Rui de Noronha: Uma de coletânea de poemas e a outra, coletânea de crónicas.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
  2. Que maneira doce de descrever os sentimentos, quando não se sabe se a outra parte está mergulhada no mesmo poço, poço de amor, cego e surdo. Gosto

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