quarta-feira, 13 de março de 2013

Experiências maravilhosas - INATEL

PONTE DE LIMA - Rio Lima em dia de regata
Artigo publicado na revista TEMPO LIVRE,
Nº.245 - Fevereiro de 2013

 EXPERIENCIAS MARAVILHOSAS: (por Celeste Cortez)
          Desde o ano 1999 que acompanhada de meu marido, tenho viajado com o Inatel, em viagens de Turismo e Termalismo Sénior. Também tive a felicidade de ter estado nos seus centros de férias Piodão e Vila Ruiva, que recomendo vivamente. 
          Ao longo desta dúzia de anos, o Inatel tem-nos proporcionado experiências maravilhosas, além do bom tratamento gastronómico, da diversidade cultural que nos proporciona, a um preço inferior a todas as agências que procuramos.  No primeiro ano, pensámos que férias com tanta gente, “filhos de tantas mães”, seria uma confusão. Provou que, ao contrário, era uma maneira especial de conhecermos pessoas, contactos que nos foram enriquecendo humanamente.  

No Funchal, ao lado de uma animadora
dizendo uma poesia de minha autoria   
Estou certa que nunca conheceria as belezas mais recônditas deste nosso maravilhoso Portugal, por acharmos que seria demasiado cansativo. Com o Inatel tudo está programado ao pormenor. Cada pessoa entra no autocarro no local combinado, consoante as cidades de onde provém, tendo um ou uma guia do Inatel a dar as boas vindas indicando o lugar, um motorista de confiança que tem feito aquelas viagens muitas e muitas vezes. Ao princípio na ida nota-se que algumas pessoas menos extrovertidas estão com um olhar sério, no regresso o sorriso é notável, alegre, saudável e por vezes a viagem faz-se a cantar.
          Não é raro suceder entramos no autocarro e vermos uma ou mais mãos a acenar-nos, uma palavra amiga de quem nos reconhece de outro passeio, um sorriso de satisfação. Neste momento recordo-me que ao chegarmos à recepção do Inatel de Albufeira, um sénior de um grupo de outra cidade que já ali se encontrava, alto e bom som gritar em tom eufórico: Olha o Portela, olha o Portela. “Ó Portela vem à janela”.  Portela! ripostou outro: É o Canário Bracarense. “Canário lindo canário, ai canário lindo meu bem, quem me dera ter as penas ai que o lindo canário tem” E os dois de braços abertos dirigiram-se a nós. Isto porque uns anos antes, tínhamos estado juntos e meu marido, como sempre faz, tem conseguido ensaiar um grupo coral, com canções regionais ou conhecidas de todos.

PIODÃO - Uma das maravilhas que vale a pena ver, bem como lugares próximos.
É extraordinário como as animadoras do Inatel conseguem motivar cerca de 50 pessoas a visitarem os lugares mais importantes, museus, igrejas, castelos, nas tardes a isso destinadas. Como conseguem proporcionar-nos actividades culturais e recreativas, momentos de lazer importantíssimos para a saúde e bem estar, quer seja a fazer palavras cruzadas, a costurar em papel para nos apresentarmos disfarçados em noites de bailarico. E nestas quase todos dançam e divertem-se com respeito e alegria. Enfatizo a camaradagem que reina e as boas recordações que trazemos no regresso.
          Houve um ano em que em Alcobaça, convidámos todos os colegas da nossa mesa para uma cerimónia de casamento que pareceu real. Uns foram vestidos de padrinhos, damas de honor a rigor segurando o véu da noiva. A menina das alianças esperneou-se no chão quando “teve” de entregar as alianças, como o faria qualquer criança! Esperem, tenham paciência: Eu conto, eu conto: Pois, é isso mesmo, voltei a casar com o homem da minha vida, toda vestida de branco, com véu e grinalda. Não faltaram os arranjos florais tanto para a noiva como para as damas de honor, de flores silvestres que eu e outra colega andámos a apanhar num terreno baldio. O cestinho das alianças lindamente enfeitado. Não se preocupem, o vestido ficou barato: Blusa branca a fazer complemento a uma saia comprida, feita de papel branco, crespo, na tarde em que nos juntámos a costurar. Um cachecol branco, de seda,  a que se juntaram umas flores, fez de véu de noiva. O noivo também ia caprichosamente vestido a rigor. Pois então! E o Padre? Claro o Padre estava com um colarinho de padre, feito de papel e a estola era vermelha – um cachecol. Houve bênção das alianças e tudo como manda o ritual do casamento. 
          Mas não acabou aqui a história. Naturalmente que a animadora tinha sido previamente inteirada da brincadeira e pediu à “banda” que tocasse a marcha nupcial quando os noivos e a sua comitiva entraram! No momento em que o Padre pergunta à assistência: “Se algum dos presentes souber de algum impedimento a este casamento…… um dos seniores, por graça, foi dizer, alto e bom som: então e o casamento que me prometeste? Nós até temos um filho, esta mulher é uma farsante. Valeu-me o “padrinho” que sem estar preparado para o insólito, se lembrou de dizer que ele era um bêbado, que era conhecido por fazer cenas daquelas e jurou a pés juntos que a noiva era a pessoa mais pura que existia ao cimo da terra. E já a noite dava a mão à madrugada quando o conjunto musical disse: está tudo muito animado, agradecemos muito, mas por hoje já chega.
     Depois disto e de muito mais que fica por dizer a favor dos dias que os séniores passam com o Inatel, em Turismo ou Termalismo, só nos resta dizer: Obrigada Inatel pelos belos e grandes momentos, pelos fantásticos e memoráveis dias de férias, por nos proporcionarem conhecer os lindos tesouros da nossa História e os mais belos e ignotos recantos do nosso lindo Portugal. 
Celeste Cortez - http://www.celestecortez.blogspot.com     
 

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