sábado, 24 de novembro de 2012

L U S Í A D A S
- CANTO I

ESTROFES 4 E 5  - Invocação:
O poeta invoca as "Tágides" *(ninfas do Tejo).
* "Tágides" , porque do rio Tagus, Tejo.
As caravenas quinhentistas de Portugal
  

Estrofe (ou estância 4)

E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mi um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mi vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo  (*) e corrente,
Por que de vossas águas Febo ordene
Que não tenham enveja às de Hipocrene.


(*) grandíloquo (que tem linguagem nobre, pomposa, eloquente)

Estrofe (ou estância 5)

                       Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
                    E não de agreste avena ou frauta ruda,
                    Mas de tuba canora e belicosa,
                    Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
                    Dai-me igual canto aos feitos da famosa
                    Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
                    Que se espalhe e se cante no universo,
                    Se tão sublime preço cabe em verso
 


                      Blogue: LETRAS À SOLTA - http://celestecortez.blogspot.com

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