segunda-feira, 16 de julho de 2012

Políticos - não dou a cara por nenhum

Caros amigos,
          Não é meu hábito enviar emails ou repassar mails sobre política e políticos - precisamente porque NÃO DOU A CARA POR NENHUM.
          Ao passar uma mensagem a dizer mal de um, qualquer que seja o seu partido, dará a impressão que estou satisfeita com os dos outros partidos. E como isso não é verdade, resolvo não intervir neste tão delicado assunto. Já há gente a mais a cortar na casaca dos políticos - criticando aqueles de que não gostam. E aqui volto à mesma ideia: quem fala dos que não gosta, protege os que gosta.
          Sou do tempo - e esta frase por si só revela a minha idade, mas creiam que não atingi ainda a idade de Matusalém (longevo) - como ia a dizer sou do tempo em que se rezava pelos políticos. Isso levava-nos a pensar que um político poderá cometer erros pela sua condição humana. E os políticos iam cometendo os seus erros e nós a rezar por eles mesmo antes de morrerem. E quando morriam, no seu posto ou sentados na sua pequena aposentadoria depois de muitos anos de trabalho (!)- aposentadoria que hoje é do tamanho do mundo para meia dúzia de anos a chatear o próximo - nós rezavamos: Perdoai-lhes Senhor que não sabem o mal que fizeram.
          Hoje, não consigo rezar pelos políticos porque teria de passar o dia e a noite a rezar, tantos eles são e tantos são os seus pecados. Mas preciso do dia para trabalhar e da noite para descansar. E mesmo que rezasse sem cessar as vinte e quatro horas do dia, os pecados não lhes poderiam ser perdoados. Porque são demais os seus pecados. Porque apesar de Deus ser um pai bondoso, caritativo, benevolente e cheio de amor pelo ser que criou, também já deve estar a perder a paciência. A paciência tem limites. Ou será que a de Deus não tem? Só tu Senhor para nos aturares.
          Eu, simples mortal,  já não tenho paciência para aturar os políticos nem para aturar os fanáticos que defendem uns e protegem os outros. Não dou a cara por nenhum: vou repetir, nem pelos políticos nem pelos que defendem uns e protegem outros. Cansei. A política, os políticos e os defensores de uns e os defensores de outros, já me cheiram todos mal. Todos. Todos. Todos.
           Por isso cada vez que me cheira que há politiquice numa qualquer estrada ou caminho, desvio-me para um atalho mesmo que seja estreito, para não entrar na porcaria. Quanto mais se mexe na porcaria mais ela cheira mal. É um ditado antigo. E não se remedeia nada ir-se lá chafurdar.
          Fala-se, fala-se, resmunga-se, resmunga-se, critica-se, critica-se. Fica tudo na mesma, porque pior é impossível. Será porque as vozes não atingem o alvo, ou seja pelo que seja, andamos às voltinhas, talvez por causa do mundo ser redondo! E os políticos lá continuam sentados no seu pedestal, olhando o povo do alto da sua gravata, quer ela seja lisa, às pintas, às bolinhas, às riscas,às pintarolas, com desenhos geométricos ou de outras formas, de toda e qualquer forma e cor. Olham-nos com ar de sabichões, quer os seus cursos tenham sido tirados ao domingo, quer tenham sido tirados ao minuto, parecendo querer dizer-nos: Aqui quem manda sou eu.
          E não é que é verdade? São eles que mandam.
          E se eu ainda tiver paciência e fé para dizer: Perdoai-lhes Senhor que não sabem o que fazem nem o que dizem, parece-me ouvir ao longe, muito ao longe... uma voz vinda do Céu que me diz: Arre! Apre! Bonda! Celeste Cortez, não compreendo como Me podes fazer um pedido destes!!!...
Celeste Cortez
(autora dos romances Mãe Negra, O Meu Pecado 
e N.P. a publicar)(autora de poesia L. de E. e S.F. a publicar)
celeste cortez autora (no facebook)

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