domingo, 30 de outubro de 2011

COMO DESTRUÍRAM A VELHA EUROPA, por J. Verdasca

Com a devida vénia, transcrevo um artigo de J. Verdasca, consagrada figura da lusófonia, residente no Brasil,  AMIGO de um AMIGO MEU. O consagrado  J. Verdasca publica todos os domingos um artigo, a que chama: SERMÃO DE DOMINGO.
A maior parte das vezes, é um artigo para meditar. E este? O que acham? Aqui segue:
("Ille nihil dubitat, quem nulla scientia ditat", Nada duvida quem nada sabe. prov. lat.)
Há cerca de meio século, traumatizados com as terríveis consequências da II Grande Guerra Mundial, em que pereceram cerca de 40 milhões de seres humanos, alguns dos poucos grandes políticos da época tentaram encontrar um meio de evitar a repetição do fenômeno. Dessa busca, surgiu a ideia da formação de um BLOCO de países em tudo diferentes, de culturas díspares, interesses por vezes antagônicos, origens opostas, etnias variadas, fases de progresso desencontradas, estágios de riqueza diferenciada. Eram - e são - tantas e tão profundas as diferenças, que a bela e humanista ideia recomendava muito cuidado e bom senso, muita ponderação e consenso, muito estudo e ensaio, muita prudência e ciência. Entretanto, talvez porque os pais da idéia desejassem passar à história como mentores e executores, mostrando obra política - esse é sempre o grande erro dos políticos ambiciosos e apressados - a criação da UNIÃO EUROPÉIA não se rodeou dos indispensáveis cuidados e ensaios, tendo sido apressada e mesmo precipitada, sem que se estudassem devida e profundamente as causas e conseqüências do desmoronamento dos grandes impérios Alexandrino, Romano e Muçulmano, ou, o que foi mais grave, sem que buscassem os motivos da auto exclusão da sábia SUIÇA ou da recusa à adoção do €uro da prudente INGLATERRA. 

  • A abertura das fronteiras entre os mais pobres e atrasados países tradicionais fornecedores de e-imigrantes e os mais ricos, desenvolvidos e receptores de mão de obra não foi lenta e progressiva como se impunha;
  • a união política começou por criar um monstro burrocrático e despesista muito além das necessidades;
  • inventaram uma capital administrativa em Bruxelas e outra legislativa em Strasbourg por onde se passeiam os "eleitos" que - talvez por apenas se preocuparem com seus interesse pessoais e partidários - foram incapazes de prever o descalabro a que a "UNIÃO" chegou, pois nenhuma medida foi tomada para evitá-lo, antes pelo contrário, pois, para apressar a entrada da sempre relapsa Grécia, fecharam os olhos à adulteração de seus orçamentos de todos conhecida, â falsificação de deficits de todos sabida, à desorganização político-social e administrativa por todos admitida.  
  • E hoje - quando é precisamente a Grécia que coloca em sério risco a própria existência da União Européia - ninguém responsabiliza os dirigentes que "cometeram o crime" de aprovar a sua entrada, que irresponsavelmente puseram em risco a sobrevivência de Portugal e outros países, que não estiveram à altura de suas responsabilidades políticas, nacionais e pessoais e, ainda há dias, GILES LAPOUGE escrevia sobre as nulidades que - de BRUXELAS - "GOVERNAM" A UNIÃO EUROPÉIA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A União Européia está UM CACO, a dívida TOTAL dos Estados, dos bancos, das empresas, das famílias e dos indivíduos S E R Á - talvez - superior à soma dos valores de todos os PIBs, as populações e os governos encontram-se hipotecados aos FANTASMAS a que todos chamam M E R C A D O S = donos de tudo e de todos, "heróis" das taxas de juros como as que já cobram à Grécia de perto de 100% (CEM POR CENTO), e a esmagadora maioria das populações sacrificadas, honestas e trabalhadoras, que nada sabem de política, tudo ignoram de administração e jamais usaram das MALAS ARTES que enricam quem as explora, quem diz que as governa - governando-se - está ou caminha para a miséria, sem subsídios, sem aposentações condignas, sem serviços sociais adequados, talvez mesmo temendo pelo dia em que se veja obrigada a dividir uma sardinha para dois, como uns poucos se queixaram que ocorria há mais de meio século, precisamente em tempo de guerra e de carência de toda ordem.
O Império Romano levou à Luzitânia e às outras nações conquistadas uma Nova Civilização que se sobrepôs à barbárie; impôs naturalmente sua cultura e sua língua, sua técnica e sua arte, suas leis e costumes superiores, sua administração e sua organização, sem nada prometer, sem ninguém violentar, sem nada destruir. Já a União Europeia começou pelas "esmolas" para desmantelar processos e métodos produtivos, para IMPOR o domínio dos fortes aos fracos, para promover as ex-importações dos ricos para os pobres, emfim, consciente ou "inconscientemente" tratou-se de ARRUINAR ainda mais os já depauperados e despreparados "IRMÃOS" do SUL, que acreditaram nos "presentes dos Reis Magos", confiando e iludindo-se com a "RIQUEZA FÁCIL", com os empréstimos a longo prazo, com as taxas de juros BAIXAS, com os SUBSÍDIOS A FUNDO PERDIDO !!!!
Mas - agora - chegada a conta, alguns políticos debandam, os credores apertam o cerco, os governos aumentam os impostos, reduzem os subsídios, cortam os salários, na tentativa de que - UM DIA - tudo volte a ser como dantes no QUARTEL DE ABRANTES.
Até lá, vamos juntar os cacos, produzir para comer, trabalhar para sobreviver!!!
Bom Domingo a todos. Cordialmente, JVerdasca".

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