quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Adeus 2011 - bem-vindo 2012

A foto tirada pelo Tó,publicada nos sites Olhares e Reflexos,  representa o que desejamos para as pessoas em 2012:

Que não vejamos apenas lenha para a fogueira, mas a beleza da paisagem;
Que o silêncio do bosque seja a paz que precisamos; 
Que o musgo e os pequenos arbustos nos transmitam saúde;
Que o caminho seja curto mas consigamos chegar aonde precisarmos;

Que consigamos transformar as pequenas ações em grandes feitos;
Que consigamos ver o sol mesmo quando as árvores parecem fechar a floresta.
Que sejamos felizes qualquer que seja o caminho.

A TODOS UM ANO NOVO CHEIO DE BENÇÃOS



 Celeste Campos Cortez  e António Silvestre Cortez
(Beira 1950-1975) (Em Vila Pery de 1-9-1959 - 01-09-1961)
Sintra 2011

Pensamentos que nos ajudarão no próximo ano e sempre que queiramos ser ajudados.

Pensamentos de Leon Tolstói, russo, um dos maiores romancistas, autor de Guerra e Paz e Anna Karenina:

     
    Foto de Tó Cortez publicada no site OLHARES "Por do sol na baía" 
    
  • Se queres pintar o universo, começa por pintar a tua aldeia;
  • alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira"
  • "Na vida só há um modo de ser feliz: viver para os outros"
  • "Cada um viveu tanto quanto amou"
  • "Os atos de uma pessoa tornam-se na sua vida, no seu destino. Tal é a lei da nossa vida"
  • "Todos pensam em mudar a humanidade e ninguem pensa em mudar-se a si mesmo"

BOAS SAÍDAS - MELHORES ENTRADAS

FELIZ ANO NOVO 2012
Do livro de receitas do povo 

Receita para um Feliz 2012

Tome 12 meses completos.
Se não estiverem limpos de amargura, ódio e inveja, como deveriam, limpe-os com sabão azul, raspe-os bem, tire-lhes a pele. O importante é que fiquem integralmente limpos de qualquer maldade.
Corte cada mês em 28, 30, ou 31 pedaços diferentes, mas não cozinhe todos ao mesmo tempo.

Prepare um dia de cada vez com os seguintes ingredientes:
  • - Uma parte de fé
  • - Uma parte de paciência
  • - Uma parte de coragem
  • - Uma parte de trabalho
Junte a cada dia uma parte de esperança, de felicidade e amabilidade.
Misture bem, com uma parte de oração, se for crente, uma parte de meditação, uma parte de entrega e uma porção generosa de saúde.
Tempere com uma dose de bom espírito, uma pitada de alegria e um pouco de ação, e uma boa medida de humor.
Coloque tudo num recipiente que se chama amor.
Cozinhe bem, ao fogo de uma alegria radiante.


Guarneça com um sorriso e sirva sem reserva.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Assunto: Ah! Vinde todos para a fila Onde está a fila para ver JESUS?
www.http//:fotos do Menino Jesus
Clik no link e deixe-se encantar e interpelar


http://www.youtube.com/watch?v=F8YDK1KyuuE&feature=share


Ao aproximar-se o NATAL!....
Costumamos ver filas para pagar presentes
filas para participar em promoções
filas para ver o ‘pai natal’
E onde está a fila para ver JESUS ?


Os compradores escolhem os seus presentes
Pessoas nas filas dos shopings
Crianças à espera do ‘pai natal’ com emoção e alegria...

Um menino puxou-me pela blusa e perguntou-me:
- “Onde está a fila para ver Jesus?
Ele está aqui na loja ?”
Se no Natal celebramos o Seu Nascimento,
porque não O vemos ?

Enquanto eu estava perplexa, nesta mensagem profunda,
Olhei para lhe agradecer e ... ele já não estava.
O menino do shoping podia muito bem ter asas...
Como os meus olhos se encheram de lágrimas, senti ouvi-lo cantar:
- “Onde está a fila pra ver Jesus ?
Ele está aqui na loja ?!”
Se no Natal celebramos o Seu Nascimento,
porque não O vemos ?
Ele nasceu para mim.
O ‘Pai Natal’ trouxe-me presentes,
Mas Jesus deu a Sua Vida por mim.
Num piscar de olhos,
ao som da Sua trombeta
Todos nós vamos estar na fila diante do Seu Trono,
Todo o joelho se dobrará,
toda a língua confessará
que Jesus Cristo é o Senhor.


Onde está a fila?
Onde está a fila?
Onde está a fila para ver o SENHOR ?!


Clik no link
e deixe-se encantar e interpelar
http://www.youtube.com/watch?v=F8YDK1KyuuE&feature=share

Grande abraço natalício de Paz e Bem,
frei Acílio

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

DIFICULDADES DA NOSSA LÍNGUA (I)

HISTÓRIA DA FILHÓ E DAS FILHÓS DA TIA MARIA


Era uma vez uma senhora a quem chamavam tia Maria que fritou uma filhó. O filho gostou tanto que pediu mais filhós. Vieram os amigos e quiseram experimentar. A senhora teve de fazer mais "filhoses" . Chegaram visitas e também comeram "filhozes".

Chegamos à conclusão que aqui há palavras erradas "filhoses e filhozes"  que nos foram indicadas pelo dicionário que está instalado no computador (não está assinalado quando passa para o blogue, que pena!). Segundo apurei, o Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa diz-nos que a palavra filhó é o singular, enquanto o plural será filhós e não filhoses nem filhozes.
Curioso no entanto, é que temos um ditado popular que diz: "por aí não vai o gato às filhozes" .
Tentei saber as razões desta discordância. Afinal no plural,  pode escrever-se  "filhoses, filhozes"?  
A forminha para as filhós de forma tem um
cabo de metal (não inclui o sino) 
Encontrei um artigo na internet (não sei dizer quem é o autor porque me esqueci de apontar o seu nome) informando que o Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa de Vasco Botelho do Amaral esclarece que o povo diz filhozes por analogia com nozes, vozes, etc. E continua esclarecendo que até já houve tempo em que se escrevia arrozes.

Tenho a certeza que sim, que já se escreveu "arrozes" ou pelo menos, as pessoas mais velhas, quando regressavam de um casamento de gente abastada,  diziam "só arrozes eram três". E não estavam a incluir o famoso "arroz doce". Comidas com massas seriam duas, sem incluirmos a "aletria", nem a sopinha de letras ou de pevide. E a sopinha de massa!

Palavra puxa palavra. As palavras são como as cerejas. Vejam no que deu falar em filhós. 

E quem as tiver em casa nesta quadra festiva, coma-as com moderação. São demasiadamente saborosas para tirarmos apenas uma. E muitas podem fazer mal. E não se riam, as minhas saíram uma bodega. Bom paladar, mas formato muito inferior ao dos anos anteriores. Mas, mesmo assim, não resisto e de vez em quando, digo para mim própria: deixa comer uma filhó, mas acabo por comer duas filhós!  

Celeste Cortez      

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

NATAL - DOÇURAS PARA TODOS

Aproxima-se a noite de Natal em que os cristãos celebram a festa da família. Tradicionalmente, há diversos acepipes e sobremeas  além do apetitoso bacalhau (se apenas cozido não contém colesterol, mas quem se preocupa com o colesterol numa noite tão especial?) Já lá vai o tempo em que o bacalhau era cozido com batatas e apresentado com couve, ovos, por vezes também cenoura, cabeça de nabo e até grão de bico. Hoje, em muitas casas, prepara-se a ceia da noite de Natal com bacalhau sim, (quase sempre), mas cozinhado das mais diversas maneiras.
          Para finalizar a noite, a mesa está composta das mais diversas iguarias, mas as mais usuais são fatias douradas (em algumas regiões chamam-lhe rabanadas), filhós tendidas, filhós de forma, filhós fritas, etc. Aqui ficam algumas delas. Bom apetite. Saboreie essa refeição com todo o prazer, no meio da sua família e/ou amigos, dando e recebendo carinhos, miminhos que nos fazem felizes.

Fatias douradas ou rabanadas
 1 pão cacete ou de forma
     0,5 l de leite
     125 g de açúcar
     1 casquinha de limão
     2 ovos batidos

    Óleo para fritar
    Açúcar e canela para polvilhar
    Papel absorvente
    Confeção:
    Corte o pão em fatias com 1,5 cm de espessura e coloque-as numa travessa ou tabuleiro. Ferva o leite com o açúcar e a casquinha de limão e regue com ele as fatias de pão, de modo a ficarem bem embebidas.   Depois, esprema um pouco as rabanadas, com cuidado para não se partirem, e passe-as pelos ovos batidos, escorrendo o excesso.
Modo de fazer: Leve ao lume um recipiente com bastante óleo, deixe aquecer bem e frite as rabanadas. Vire-as de ambos os lados para fritarem por igual, deixando-as alourar, retire-as, deixe-as escorrer sobre papel absorvente e passe-as, de imediato, por açúcar e canela.
 Outra maneira de fazer: Em vez de as fritar no óleo, poderá fazer como em tempos idos: levar ao lume 4 chavenas de água e duas chávenas de açúcar e deixar apurar um pouco. Ir fritando as rabanas já passadas pelos ovoso batidos, neste molho. Vá retirando com a escumadeira e deixe-as escorrer em papel absorvente.

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FILHÓS * (filhó no singular, filhós no plural. Há um ditado popular que diz: por aí não vai o gato às filhozes. O povo associa filhozes a nozes, vozes.)
Filhós tendidas 
• ½ dl de aguardente branca
• 1 colher (chá) de sal
• 1 dl de água
• 1 dl de azeite
• 1,5 kg de farinha
• 100 grs de manteiga
• 7 ovos grandes
• sumo de 3 laranjas grandes
• calda de mel ou açúcar e canela p/ polvilhar
Confeção:
Peneire a farinha e escalde-a com o azeite a ferver, misturando depois os dois com as mãos, desfazendo os carolos que porventura se tiverem formado. Faça um buraco no centro da farinha, no qual deita o sal e a água tépida para o desfazer, acrescentando depois a aguardente, o sumo das laranjas e 3 ovos. Comece a amassar, juntando os restantes ovos à medida que a massa os for absorvendo. Quando a massa estiver elástica e não se pegar ao alguidar, junte a manteiga e misture bem. Tape a massa com um pano e deixe-a repousar durante 2 horas, pelo o menos.Há diversas receitas, a que costumo fazer não é esta, mas... não a encontrei neste momento.
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 A forminha para fazer estas filhós, são semelhantes a esta. Mas há de diversos feitios. Não me recordo do Natal em que não tenha confecionado filhós destas. Ficam crocantes, são muito saborosas.
 
Uma das minhas forminhas de filhós.

Filhós de forma
130 gr farinha SEM FERMENTO
1 pitada de sal
1 pitada de canela em pó
3 ovos grandes
1,25 dl leite
Aguardente ou Vinho do Porto (menos de meio cálice pequeno) – usei aguardente
1 casca de laranja (sem a parte branca) – usei uma tira com 2 cm x 5 cm
Açúcar e canela para polvilhar depois de fritas


É muito importante não adicionar fermento, pelo que a farinha a utillizar será farinha sem fermento.
 A temperatura da cozedura também é muito importante. Vá tentanto fritar até encontrar a temperatura ideal. O óleo tem de estar quente para a massa agarrar, mas se estiver demasiado quente coze a massa.
O tradicional bolo-rei, que costuma também
colocar-se na mesa de Natal (não apenas no dia de Reis)



domingo, 18 de dezembro de 2011

POLÍTICA = CIêNCIA, ARTE ou TRAPAÇA? (Pelo professor J. Verdasca

REPASSANDO: SERMÃO de DOMINGO, do professor Verdasca
POLÍTICA = CIÊNCIA, ARTE ou TRAPAÇA ?
("Política é a arte de fazer aos outros o que não queremos que nos façam", A.E.Bergerat )

           O ano de 2011 que agora finda, foi tristemente dominado pelo noticiário, pelas consequências e pelas misérias materiais e morais, da FABRICADA crise financeira da chamada União Econômica Europeia, na realidade CRISE POLÍTICA a revelar - precisamente - a falta de UNIÃO, a ausência da CIÊNCIA, a abundância da incompetência, o exagero do egocentrismo e principalmente a confirmar o que da POLÍTICA DIZIA L. DUMUR : "A política é a arte de nos servirmos dos homens convencendo-os de que OS SERVIMOS".
         Shakespeare dizia que "A política está acima da consciência" , definição perfeita e completa, porquanto assistimos - nos últimos lustros - a uma generalizada destruição dos valores globais, quer se trate de valores morais, quer se trate de culturas, quer se trate, ainda, de velhas civilizações e suas etnias como no Iraque, no Afeganistão e outras, além, claro, da riqueza cultural e material de seus acervos em grande parte destruidos e perdidos. E de quem foram as iniciativas do desencadeamento das guerras, do enfrentamento dos levantes dos povos, da implantação de regimes autoritários e anti-humanistas, senão dos políticos, única classe que não tem cursos de formação e ou especialização; Única "profissão",emprego ou sinecura que não exige concdurso a seus candidatos, que não necessita de habilitações literárias para os mesmos, e, muito mais grave: ocupação que permite auto-nomeações, auto-atribuição de salários, regalias, mordomias e muitas outras "enxovias", após o que não se exige prestação de contas, podendo o ex-político bandear-se para Paris ou Londres, ou qualquer outro paraíso terrestre, onde gasta por mês o que "oficialmente" não ganahava por ano, até porque as dívidas NÃO se pagam" (?).
          Estamos no Periodo Natalino, em que a ESPERANÇA deve morar nos nossos corações; em que a FRATERNIDADE deve dominar as nossas almas; em que o Espírito de compreensão e tolerância deve estar em nossos espíritos; até mesmo em que o sentimento de Perdão deve aflorar em nossos pensamentos, mas não será demais pedirem-nos ou de nós se esperar que perdoemos a quem conduziu Portugal para a beira do abismo ? 
          Não será exagero jogar uma pá de cal sobre a podridão da corrupção, sobre os graves prejuízos à nação e ao Estado, advindos de contratos em que muitos se beneficiaram e ou locupletaram, provocando irresponsáveis dívidas, altos juros e custos sem fim, que penosamente estão agora sendo pagos pelo ingênuo, sugestionável e sofrido povo trabalhador e honesto? É de compreender, aceitar e admitir que a maioria esmagadora dos aposentados e ou pensionaistas receba uma única aposentadoria de duas ou três centenas de €uros, quando os NABABOS priveligiados recebem até meia dúzia de cheques somando cinco, dez e mais milhares de €uros do Estado. O que vale dizer dos impostos de quem trabalha e produz? 
          Circula na internet um artigo AFIRMANDO que o poderoso e portentoso banco GOLDMAN SACHS está conseguindo colocar seus "boys" em postos chave da política europeia e mundial, que dominaram o governo grego e não só, e muito mais, impondo ao Poder Político o seu Poder Econômico, precisamente através da atual crise, que dizem FABRICADA. A ser verdade essa tese, ou hipótese, Giles Lapouge teria razão no que vem afirmando em seus artigos, quando fala das NULIDADES de Bruxelas, das manipulações de governos na U.E., dos interesses particulares de alguns Estados colocados acima do interesse maior da (DES)UNIÃO EUROPEIA, do desinteresse na solução da crise financeira para que se mantenha a supremacia econômica de A ou B, enfim, da balbúrdia que se vem verificando há meses na dita COMUNIDADE, onde duas estrelas ofuscam a CONSTELAÇÃO, domínio que parece repetir filme dramático já visto, que foi o argumento para a criação da atual Torre de Babel dos 27 que - afinal - são apenas 26, após o veto da Inglaterra ao projeto anti-democrático de uma "nova" comunidade de velhas desavenças e antigas preponderâncias, de muitas culturas e ainda mais agruras.
          A Europa e o mundo necessitam - urgentemente - de verdadeiros ESTADISTAS que não deixem de ser homens, e de verdadeiros HOMENS que tenham vocação para ESTADISTAS, mas não de candidatos a empregos de elevadíssimos salários e de escandalosas mordomias, onde os ex falsos idealistas se servem sem servir, "comem" sem produzir, recebem sem ganhar, gastam sem pagar, transformando a comunidade em saco sem fundo, em sorvedouro das economias do pobre Portugal e de outros ainda mais pobres e empobrecidos, levando-nos a acreditar que os políticos inventaram a U.E. para dar abrigo aos desempregados seus colegas.  ASSIM, DEFINITIVAMENTE, N Ã O   D Á !!!!

          Felizes Festas a todos. Cordialmente, JVerdasca











domingo, 11 de dezembro de 2011

O presépio

Nos apartamentos de peaquena dimensão,
poderá colocar-se uma imagem da Sagrada Família
em cima de um móvel, rodeando-a de pinheiro natural
ou imitação do pinheiro da árvore de Natal.
Imagem em marfinite pintada por mim (se tivesse
um banho de tinta dourada (ouro-velho) antes
da pintura das cores, teria imitado imagens sacro
(como nas igrejas).
                       O PRESÉPIO


          O presépio parece ter sido inspirado nas esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis.
          A tradição católica diz que em 1223, S. Francisco de Assis, quis celebrar mais realisticamente, tendo pedido permissão ao Papa.
Montou um presépio em palha, com imagens do Menino, da Virgem e de José, provavelmente as maiores imagens que tinha na sua igreja.
Para lhe dar a maior realidade colocou-lhe o burro, as ovelhas  e outros animais vivos.
           E ali, em frente à Virgem com o Menino e  S. José, protegidos do frio com o bafo dos animais, Francisco de Assis, mais tarde santo, celebrou a missa de Natal.
     
            Digam se não era um santo cheio de  imaginação!

          Começou então no mundo católico a copiar-se o presépio, dando-lhe um lugar de destaque em casa, pelo que, não sendo possível levar para dentro de casa o burro e outros animais vivos, estes foram substituídos por imagens de barro e de outros materiais. 
          O presépio deve ter começado nas casas nobres, porque mais endinheiradas e maiores, com possibilidade para ter um lugar especial para o presépio. Passou pelas casas ricas e destas foi sendo copiado, com o tempo, nas casas mais pobres.
          Mas o ser humano tem muitas possibilidades sendo uma delas a imaginação. Assim, com a tal imaginação, foi fazendo presépios com outros elementos circundantes. Foi a imaginação que copiou o presépio para o desenho, para a fotografia, para o papel, para os cartões de Natal que se enviam tradicionalmente, mas,  parece estar a perder-se esta tradição.
          Na casa de meus pais, recordo-me que a mesa de jantar, bastante grande, se encostava ao canto da sala e dali, com caixotes e cartões, dava-se-lhe o prolongamento e a inclinação necessária, revestindo-se tudo de papel pardo que se tinha pintado antecipadamente imitando a verdura da serra, dos campos, dos vales. Até pequenos regatos, ribeiros e lagos havia, que se faziam com espelhos rodeados de musgo e areia. Viam-se plantas reflectidas na água dos lagos - eram vasos com plantas vivas, revestidos do papel que imitava perfeitamente as encostas dos lagos naturais. 
          A árvore de Natal enquadrava-se na paisagem. Num vaso grande no chão, também ele coberto do tal papel pintado, a árvore verdadeira, ia iluminando o caminho por onde iam caminhando os reis magos e mais abaixo os pastores.  
          E não ficávamos sem mesa de jantar, não. O Natal não é no tempo frio em todo o globo. Ali, era calor. Sabia tão bem comer numa varanda aberta. 
         
          Aproveito a oportunidade para desejar que cada menino saiba o que é um presépio, uma tradição que se está a perder em favor da, também já tradicional árvore de Natal, que não deixa de ser bonita, principalmente quando reune toda a família para a enfeitar ... e depois da época para arrumar os seus enfeites ... mas a árvore cooabita perfeitamente com o presépio. Nos apartamentos com dimensões pequenas, não se podendo fazer um presépio grande, poderá ao menos haver uma Virgem com o Seu Filho e S.José, como a gravura.  
  

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

NOVAS TECNOLOGIAS - Seu Pendrive tem Blutufe?

História bem contada, mostrando a rapidez da modernidade, difícil, quase impossível, para as madurinhas e os madurinhos acompanharem! Não deixem de ler!
Pendrive
Oswaldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista: 
-
Moça, vocês têm pendrive? 
- Temos, sim.
 
-
O que é pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um. 
- Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador. 
-
Ah, é como uma disquete... 
- Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes. 
A disquete, que nem existe mais, só salva texto. 
- Ah, tá bom. Vou querer. 
- Quantos gigas? 
- Hein? 
- De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive? 
- O que é giga? 
- É o tamanho do pen. 
- Ah, tá. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume. 
- Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar. 
- Ah, tá. E quantos tamanhos têm? 
-
Pode ter 2; 4; 8; 16 gigas...
- Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria. 
-
Neste caso, o melhor é levar o maior. 
- Sim, eu acho que sim. Quanto custa? 
- Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB? 
 Como? 
- É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível.

- USB não é a potência do ar condicionado? 
-
Não, isso é BTU. 
- Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB. 
- USB é assim : com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, o P2, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. O seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB, se for velho é P2.
Disquete (floppy disk)
Acho que o meu tem uns dois anos. - O anterior ainda era com disquete. Lembra da disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. O meu primeiro computador funcionava com aqueles disquetes do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha? Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive. 
Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho.
 

- Quem sabe o senhor liga pra ele? 
Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda nem aprendi a discar. 
- Deixa eu ver. Poxa, um Smarthphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, woofle, brufle, trifle, banda larga, teclado touchpad, câmera fotográfica, flash, filmadora, radio AM/FM, TV digital, dá pra mandar e receber e-mail, torpedo direcional, micro-ondas e conexão wireless....
 
-
Blu... Blu... Blutufe? E micro-ondas? Dá prá cozinhar com ele? 
- Não senhor. Assim o senhor me faz rir. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.
 
-
P'ra que serve esse tal de blutufe? 
- É para um celular comunicar com outro, sem fio.
 
-
Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria... 
- Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo. 

- Ah! E antes precisava de fio? 
- Não, tinha que trocar o chip. Hein? - Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip... 
- Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor. 
- Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip? 
- Momentinho... Deixa ver... Sim, tem chip. 
- E faço o quê, com o chip? 
- Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe. 

-
Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino, então que para ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões... 
- Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Agora é só teclar, um momentinho, e apertar no botão verde... pronto, está chamando. 


Oswaldo segura o celular com a ponta dos dedos, temendo ser levado pelos ares, para um outro planeta:

Oi filho, é o papai. Sim. Diz-me, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura.
 
Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive.

- Que idade tem seu filho? 


- Vai fazer dez em março. 
- Que gracinha... 
- É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB. 
- Certo, senhor. Quer para presente? 


Mais tarde, no escritório, examinou o pendrive, um minúsculo objeto, menor do que um isqueiro, capaz de gravar filmes! Onde iremos parar? Olha, com receio, para o celular sobre a mesa. "Máquina infernal", pensa. Tudo o que ele precisa é um telefone, para discar e receber chamadas. E tem, nas mãos, um equipamento sofisticado, tão complexo que ninguém que não seja especialista saberá compreender. 
Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e na ecrã abre-se uma janela. Em seguida, com o mouse, abre uma página da internet em inglês. Seleciona umas palavras e um 'heavy metal' infernal invade o quarto e os ouvidos de Oswaldo. Um outro clique e a música termina.  O garoto diz: 
-Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.


- Teu celular tem entrada USB? 
- É lógico. O teu também tem. 
- É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pen drive e ouvir pelo celular
? 
- Se o senhor não quiser baixar direto da internet... 

Naquela noite, antes de dormir, deu um beijo em Clarinha e disse: 
- Sabe que eu tenho Blutufe? 
- Como é que é? 
- Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é!
 
- Não enche, Oswaldo, deixa eu dormir. 

- Meu bem, lembra como era boa a vida, quando telefone era telefone, gravador era gravador, toca-discos tocava discos e a gente só tinha que carregar num botão, para as coisas funcionarem?
-  Claro que lembro, Oswaldo. Hoje é bem melhor, né? 
- Várias coisas numa só, até Bluetufe você tem. E conexão USB também. 
- Que ótimo, Oswaldo, meus parabéns. 

- Clarinha, com tanta tecnologia a gente envelhece cada vez mais rápido. Fico doente de pensar em quanta coisa existe, por aí, que nunca vou usar.
 
- Por quê? 

- Porque eu  aprendi a usar computador e celular e tudo o que sei já está ultrapassado. 
Por falar nisso temos que trocar nossa televisão. 
- Ué? A nossa estragou? 
- Não. Mas a nossa não tem HD, tecla SAP, slowmotion e reset.
 
- Tudo isso? 

- Tudo.
 
- A nova vai ter blutufe?
Boa noite, Oswaldo, vai dormir que eu não aguento mais... 

(o autor é desconhecido, mas pode ser algum de nós, ou alguém, que nasceu nos anos 40, 50, 60, até nos 70)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

MULHERES E HOMENS DE 60 ANOS


Não resisto à tentação de copiar palavras tão coerentes que dizem respeito a pessoas sexagenárias, que com a devida vénia transcrevo de um email que recebi. Desconheço o autor, mas aqui lhe faço a minha homenagem transcrevendo os seus conhecimentos tão importantes:

          Se estivermos atentos, podemos notar que está a aparecer uma nova franja social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade, os sexalescentes : é a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer. Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica - parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se.

          Este novo grupo humano que hoje ronda os sessenta teve uma vida razoavelmente satisfatória. São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durante décadas ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram há muito a actividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida.
          Talvez seja por isso que se sentem realizados... Alguns nem sonham em reformar-se. E os que já se reformaram gozam plenamente cada dia sem medo do ócio ou da solidão, crescem por dentro quer num, quer na outra. Disfrutam a situação, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, falhanços e sucessos, sabe bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um 5.º andar...
          Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e activas, a mulher tem um papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar.
          Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o feminismo dos anos 60. Naqueles momentos da sua juventude em que eram tantas as mudanças, parou e reflectiu sobre o que na realidade queria.
         Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas... Mas cada uma fez o que quis : reconheçamos que não foi fácil, e no entanto continuam a fazê-lo todos os dias.
Algumas coisas podem dar-se por adquiridas.Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos "sessenta", homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e vêem-se), e até se esquecem do velho telefone para contactar os amigos - mandam e-mails com as suas notícias, ideias e vivências.
          De uma maneira geral estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não estão, não se conformam e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos sentimentais.
          Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflecte, toma nota, e parte para outra...
          Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza ; mas não se sentem em retirada. Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo... Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que ostentam um fato Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de um modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.          
           Hoje, as pessoas na década dos sessenta, como tem sido seu costume ao longo da sua vida, estão a estrear uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos e agora já não o são. Hoje estão de boa saúde, física e mental, recordam a juventude mas sem nostalgias parvas, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas.
          Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios...Talvez por alguma secreta razão que só sabem e saberão os que chegam aos 60 .... no século XXI ...





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