terça-feira, 28 de setembro de 2010

D. CARLOS I - REI DE PORTUGAL E A BAÍA DE CASCAIS

D. CARLOS I - REI DE PORTUGAL
E A BAÍA DE CASCAIS, DE ONDE
SAIU O SEU 1º. CRUZEIRO.

Faz hoje, dia 28 de Setembro de 2010, 147 anos que nasceu o nosso Rei D. Carlos I.
O facto de ter estado bastante ocupada ultimamente, com o III ENCONTRO DE ESCRITORES e ontem com a sessão solene da ACADEMIA DE LETRAS, não me permitiu escrever atempadamente sobre o assunto.
Não notei que no noticiário de hoje, este facto tenha sido referido. Mas porque moro nesta terra maravilhosa, que tem uma belíssima Baía de onde saiu o seu 1º. cruzeiro, no verão de 1896, não quero deixar passar esta efeméride sem a ela me referir. E porque gosto de Reis, de Principes, de Rainhas, Princesas, Marqueses, Duques, Condes, etc. (e talvez não só), e, porque gosto de elogiar quem o merece, aqui deixo estas linhas escritas à pressa, em preito de homenagem simples, mas sincera, ao Monarca sábio, como lhe chamou o Principe de Mónaco.

Reinou D. Carlos entre 1889 e 1908, e mais poderia ter reinado, se um tiro traiçoeiro lhe não tivesse tirado a vida, a 01-02-1908, com apenas 45 anos de idade.

Segundo os historiadores, era um homem inteligente, sensível, pintor talentoso, com uma paixão pelo mar.
Esta paixão pelo mar, levou-o a investigações científicas feitas a bordo do iate AMÉLIA, nome de sua esposa D. Amélia de Orleães e Bragança. Teve mais três iates com o mesmo nome.
D. Carlos I, é, sem sombra de dúvida, o pai da oceanografia portuguesa.
Como disse atrás, aqui fica uma homenagem pequena, a um Rei de GRANDES TALENTOS.
CELESTE CORTEZ

sábado, 4 de setembro de 2010

O MEU PERFIL

O MEU PERFIL  - artigo I

Dizem-me que no meu blogue falta o meu perfil.
Aqui vai o perfil de uma brincalhona. Terá a ver comigo? Digam, sim?
Perfil, que nome estranho, se atentarmos no facto de que perfil, à primeira vista, é o "delineamento do rosto de uma pessoa vista de lado", ou a representação de uma figura ou de um objeto visto de um dos seus lados. Deveria pois ser rosto ou figura vistos de lado.
Poderá ser também um pequeno escrito em que se faz, a traços largos, o retrato, físico ou mental (?) de um indivíduo. Acresce aqui perguntar: E eu, sou "uma" indivíduo? Porquê "uma"? Porque... porque me lembrei que a Karina, uma netinha minha quando era pequenita, dizia: um mesa, um cadeira. Não sabendo como lhe explicar o género feminino e masculino, tentei: Olha minha querida, uma cadeira, uma mesa, porque...porque é...menina. A Karina entendeu. Entendeu e passou a dizer: uma mesa, uma cadeira. 
Um ou dois dias depois fomos a uma sapataria, calçaram-lhe "um sapato branco". Eu elogiei-a para a entusiasmar a calçar sapatos, já que ela "adorava" andar descalça: Karina, que lindo sapato. A minha fofinha respondeu-me prontamente: "sapato" não vóvó "sapata" porque Karina "é menina".
Mas, minha querida:  diz-se "sapato" e  como é "branco", a Karina dirá: "que lindo sapato branco".
Não vóvó, a Karina é menina diz: "que linda sapata branca".
Não desisti. Não desisto facilmente, é uma característica do meu feitio.
Assim que a moça da sapataria calçou os sapatos nos dois pés da minha netinha (hoje engenheira química) quis ir mais além, explicar bem à minha netinha. Disse-lhe: Karina, que lindos sapatos brancos!... ao que ela no mesmo instante retrucou: Que "lindas sapatas brancas porque Karina é menina

Vou pegar nos cordelinhos soltos do artigo e vou desenvolver o assunto sobre o meu perfil. Eu, a Celeste Cortez, que sou "um indivíduo", apesar de ter sido menina e ser senhora. O que é um indivíduo?
Um "indivíduo" é qualquer ser em relação à sua espécie. Mas indivíduo pode ser alguém que não se quer nomear. E eu quero.
Pode ser um sujeito. E esta, pode ser um sujeito!  Que mania, todos os substantivos que me poderiam identificar, são s.m., quer dizer: substantivos masculinos. Mas eu sou bem feminina. Visto-me com roupas vistosas, adoro saltos altos, cabelos fartos, baton nos lábios, brincos nas orelhas. Orelhas não furadas... não descendo de escravas. Desculpem, é a origem do furo nas orelhas, não é? Será que estou a fazer confusão?
Mas actualmente quase todas as meninas e senhoras têm orelhas furadas. E... pára Celeste, estavas a falar sobre o teu perfil!

Claro, lembro-me perfeitamente. A falar no "indivíduo". O indivíduo  pode ser "pessoa". Ah! até que enfim, eureka! Encontrei! Agora sim, acertei. Um indivíduo... e eu sou um individuo, e um indivíduo é uma "pessoa". Uma pessoa. Sabe tão bem repetir esta palavra "pessoa", porque, esta sim, é bem feminina. E essa "pessoa" sou eu. A que queria escrever o seu perfil. E ainda quer. Vamos lá... 
Então... então... vistas as coisas por este prisma (não desenvolvas o tema do prisma!!!), um homem não pode ser uma "pessoa". Porque "pessoa" é feminino! Ou então,  eu já não sei distinguir o feminino e o masculino.
Terei de chamar a Karina? Ela aprendeu. Aprendeu depressa e bem. Mas está longe, em França.
          Vou repetir : por este dissecar (mas que seca!!!), o homem não pode ser "pessoa". Ou não poderia se "pessoa" não se aplicasse ao ser feminino e masculino. Têm a certeza que o homem pode ser pessoa? Estranho, a palavra acaba em "a" deveria ser apenas para o sexo feminino. Mas sexo masculino? ????? 

POR QUALQUER MOTIVO FALTOU AQUI CONVERSA. ONDE ESTÁ???

Os anjos também não, mas estes, mesmo masculinos, não são pessoas. São anjos.
E os homens? São homens ou demónios, conforme calha.
"Meninas" e "senhoras", isso sim, são "pessoas".
A continuar a falar no perfil, um destes dias. Em 3 artigos.
Por hoje, adeus amigos. Voltem sempre ao meu blogue para conversarmos. Eu sou uma tagarela (outro  atributo do meu perfil, da minha "pessoa".

Celeste Cortez
























































sexta-feira, 3 de setembro de 2010

ADEUS MENINO, ADEUS










A despedida é sempre triste. Mas a tristeza parece regulável, consoante a quem dizemos adeus.






Fui hoje, pela ultima vez, dizer adeus a alguém que marcou a minha vida positivamente. Nascemos primas, mas com muitos anos de diferença. Quando eu nasci, ela poderia ter sido minha mãe. Era prima direita de meu querido pai. Pela amizade, meus pais convidaram-na e ao seu irmão mais velho (José Silvestre Cortez,que se despediu de nós a 17-04-2000), para meus padrinhos de batismo. Mais tarde, vim a casar com o irmão mais novo.
A Celeste Augusta Cortez Silvestre Portela, passou a ser prima-madrinha de batismo-cunhada. E amiga.
Celeste Portela viveu uma longa vida - 87 anos - É certo que poderia ter vivido mais. E poderia ter vivido os últimos tempos, sem alzheimer. Mas não sucedeu. Dizer adeus é triste. Deixa sempre saudades. Mas é compreensível esta dor, perante alguém que viveu 87 anos.

MAS TU HÉLIO ?
Mas tu Hélio? Menino de 11 anos, que levaste uma bala que não te era destinada, não tinhas o direito de desaparecer tão novo. Teus pais tinham traçado esperanças para o teu futuro. O que querias ser Hélio? Médico, enfermeiro, futebolista, polícia... não, eu sei que não, Hélio.
Regressavas da escola. Teu corpo jaz, inerte, na rua, coberto por uma capulana, que mão anónima te ofereceu - provavelmente Mãe desconhecida, já que a tua mãe não estava ali para te tapar.
Teus olhos fecharam-se para sempre. Não poderás ver os livros que jazem do lado esquerdo do teu cadaver. Nem te queixarás da enorme ferida na cabeça que fez empoçamento de sangue no chão, no lado direito do teu corpo. Não mais jogarás futebol com os teus amigos do bairro. Não subirás às mangueiras, aos cajueiros. Xi, Hélio, parecias um gatinho a trepar. E punhas algumas mangas amarelinhas no bolso das calças. E a tua mãe zangava-se, Hélio, porque muitas vezes rebentavas os bolsos. Isso não se faz, Hélio, dizia-te ela. Mas eram brincadeiras próprias da tua idade. Agora, a mãe vai sentir saudades de dizer: Hélio, não subas às árvores, olha se rebentas os bolsos, as calças ficam velhas. E não tenho dinheiro para outras. Hélio.
Não mais verás o por do sol tão belo.
Não verás o amanhecer com aquele sol que se abraçava a ti e te acompanhava até à escola e esperava por ti para te acompanhar no regresso.
Não sentirás o cheiro da terra molhada, quando a chuva caia e tinhas de correr.
Hélio, não verás o dia de amanhã, com a paz que voltará para todos. Porque todos são irmãos. Tem de haver paz, em teu nome, em nome de todos.
Amanhã virá a paz. E não estarás cá para a viver.

Custa muito dizer adeus a um menino da tua idade. E custa mais quando partiste inglóriamente. Adeus Hélio.
3-09-2010 Celeste Cortez
7-09-2010 - EU NÃO DISSE, HÉLIO? Em Moçambique tudo vai voltar à normalidade, e tu não estás para saboreares o pão que te faria crescer! Beijito Hélio.
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