sábado, 24 de julho de 2010

O QUE ME DÁ ALENTO PARA CONTINUAR - I


O QUE ME DÁ ALENTO PARA CONTINUAR, OU PARA SABER RECONHECER o que está para além do verbo HAVER:




Há os rectos e os falsos.

Há os honestos e os desonestos.

Há os verdadeiros e os mentirosos.

Há os conscientes e os inconscientes.

Há os que falam bem e os que falam mal.

Há os bem intencionados e os mal-intencionados.

Há os que nos olham nos olhos e os que os desviam.

Há os que nos querem bem e os que nos querem mal. (Haverá?)

Há os que dizem bem e os que dizem mal.(maldizentes ou maledicentes, más línguas).

Depois do verbo HAVER, há o verbo RECONHECER. Sei reconhecer (em todos os sentidos), os agradecimentos verdadeiros dos meus leitores. É isto que me dá força para continuar na caminhada que encetei e que não é fácil pelas horas ininterruptas que passo agarrada ao computador.


Dizem que quem corre por gosto não cansa! Cansa. Cansa estar 7, 8 e 9 horas seguidas, com pequenas interrupções para comer, em frente a um ecrã de computador. Cansa deitar muitas vezes, às três, quatro e cinco horas da manhã e, quantas vezes, durante noites seguidas. MAS SABE BEM. DÁ FELICIDADE. DÁ ALEGRIA. Por todos estes momentos, eu agradeço do coração aos meus amigos leitores. Enquanto me for possível, continuarei, porque eu e vocês, merecemos. Para pessoas tão boas, alguns que não conheço, outros que conheço "virtualmente" e outros que são meus amigos na vida, posso dizer sem sombra de dúvida que escrevo e publico para eles. Sem leitores, eu não poderia ser escritora, porque, já dizia Saramago: um escritor é o que escreve, que publica e que vende.



  • Alguém me disse um dia, que amigos contam com o livro grátis. Como? Eu tenho tantos amigos que lhes perdi a conta. Cem? Duzentos? Mil? Se eu quiser gratificar, digamos, 100 amigos a quem deva favores, irei comprar os meus próprios livros, que fiz com amor e carinho mas também com muitas dores nas costas, a quase 20,00 €uros cada um. Terei de imediato que desembolsar quase 2.000,00 mil €uros! As tipografias, as editoras, os armazenistas, as distribuidoras, as livrarias - infelizmente - não trabalham de graça. Iriam à falência. E nós também, se tivessemos de pagar com livros a amizade dos nossos amigos.



  • Não, os amigos verdadeiros não esperam que lhes pague a amizade. A amizade não se paga, dá-se. Damos e recebemos amizade, amor, carinho e até favores. Os meus verdadeiros amigos não esperam que lhes pague os favores, a amizade. Nem eu espero que eles me paguem a amizade que lhes ofertei.


  • E se um dia, por uma razão especial, (que não desejo explicar se não não sairia daqui hoje) ofereço com carinho e amor o meu livro, onde vai agarrado o meu suor, muitas horas sem dormir, muitas lágrimas de tristeza e frustação que fazem envelhecer precocemente - quando as editoras não respondem. Vão também no embrulhinho muitas lágrimas de alegria - quando recebo cartas, telefonemas e emails dos leitores que me dão alento, quando recebo uma boa resposta de uma editora, quando uma livraria requisita mais livros. E no lacinho do embrulho, vai o meu amor, a minha amizade, a minha alegria, a minha felicidade por ter ALGUÉM que escreve por mim, eu só tenho de mover os dedos no teclado. (É essa parte física que cansa).


  • Quando me deito e quando acordo, as articulações, até dos meus dedos, estão doridas, para não falar nas pernas que aqui, penduradas entre a cadeira e o chão, sem irrigação sanguínea, provocam varizes. Escreve menos, segreda-me esse ALGUÉM ao ouvido. Não tenhas pressa. E eu respondo-lhe: Tenho de andar depressa, já não sou jovem, o tempo aqui na terra, voa. E ELE responde-me: A tua hora ainda não chegou. Sê paciente. Sorrio-LHE, peço-LHE compreensão para os meus defeitos humanos. SOU HUMANA.

  • Sei distinguir as frases que podem ser feitas com o verbo HAVER. E sei RECONHECER as palavras dos meus leitores que enchem o meu coração. Que me dão alento para continuar.


  • Do fundo do coração a todos desejo as maiores felicidades. O meu bem-haja.


  • Vou publicando, de vez em quando, cartas e emails de leitores (os telefonemas não se podem partilhar) como penhor do meu grande reconhecimento. Celeste Cortez



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